Tenzin Dhondup imigrou do Tibete para os EUA junto com os pais, em 1997. A família saiu da região do leste asiático onde quase quatro em cada cinco moradores se identificam como budistas.
Eles tinham pouco dinheiro e bens materiais, razão pela qual saíram de sua terra natal. Ao chegar em solo americano, a família se estabeleceu em um subúrbio predominantemente branco a sudoeste de Minneapolis.
Estabelecidos nos EUA, o pai de Tenzin foi trabalhar como chef em um hotel e sua mãe como zeladora em um hospital infantil na própria cidade. Tenzin foi matriculado em uma escola pública, e conta que se sentiu excluído e intimidado.
“Eu não tinha todos os brinquedos e roupas legais”, lembra Tenzin, que atualmente tem 22 anos. Essa condição o fazia se sentir diferente e distanciado das demais crianças.
Em um esforço para parecer legal, ele começou a fumar maconha e a ter relações sexuais.
Mesmo após se formar no ensino médio, o mau comportamento do jovem continuou até a Universidade de Dakota do Norte (UND) em Grand Forks, onde ingressou.
Tenzin se tornou o primeiro de sua família a frequentar a faculdade, com a expectativa de deixar seus pais orgulhosos. No entanto, os rigores da academia misturados com a frequência nas festas da fraternidade resultaram em péssimas notas em seu primeiro semestre – exceto um A na aula de ginástica.
Voz de Deus
Naquela fase, Tenzin diz que chegou a pensar em suicídio. Ele não via nenhum propósito em continuar a viver e se perguntava se alguém se importaria se ele não mais existisse.
“Eu me sentia realmente sozinho e não conseguia suportar o peso”, lembra o rapaz. “Mas no meu dormitório ouvi uma voz clara como o dia dizendo: ‘Não desista!’”
Tenzin conta que não reconheceu que a mensagem vinha de Deus. Ele começou a explorar outras tradições religiosas – hinduísmo, islamismo, judaísmo. Mas resistiu ao cristianismo, acreditando que muitos seguidores de Cristo eram distantes.
Mas outra aluna começou a compartilhar sua fé com ele, respondendo pacientemente às perguntas difíceis que Tenzin levantou. Ela o convidou para participar de uma conferência ministerial no campus durante as férias de inverno de seu primeiro ano. A reunião mudou sua vida.
“Vi a autenticidade e a vulnerabilidade das pessoas”, lembra o rapaz. Ele se rendeu a Cristo no dia de Ano Novo de 2019. Sua fé recém-descoberta também melhorou sua atitude. No segundo semestre, ele teve uma média de 3,4 pontos.
Chamado missionário
Chi Alfao funcionário Josiah Anthony Negron conheceu Tenzin jogando futebol na universidade. Após a salvação de Tenzin, Negron começou a se encontrar com ele para tomar café a cada uma ou duas semanas para falarem da Bíblia. Durante seu primeiro ano, ele começou a frequentar um pequeno grupo no campus.
“Ele fez perguntas muito boas”, lembra Negron.
Já no segundo ano, Tenzin sentiu um chamado de Deus para ser missionário.
“Quero estar lá para as crianças e deixá-las saber que não precisam ser sobrecarregadas com as pressões da vida, porque Jesus carregou aqueles na cruz”, diz Tenzin. “Quero fazer discípulos.”
Nesta primavera, Tenzin se formou em ciências da terra. No outono, ele será um Missionário em Treinamento do Campus Chi Alpha estagiária na UND.
Os pais de Tenzin o deserdaram por se tornar um cristão e um missionário. Ele espera que eles aceitem Jesus como Salvador, mesmo que leve décadas.
Negron, que agora é diretor na UND, está impressionado com o fato de Tenzin mostrar amor incondicional por seus pais, embora eles tenham repetidamente dificultado sua caminha com Cristo.
“Tenzin tem um coração para o evangelismo e ficou mais confiante em compartilhar Jesus com qualquer pessoa”, diz Negron, um ministro credenciado da Assembleia de Deus. “Ele será motivado a pregar.”
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