Com apenas 13 anos, Alena Analeigh Wicker, do Texas, acaba de se tornar a estudante mais jovem a ser aceita na faculdade de medicina.
Ela conta que começou a ler livros aos 3 anos de idade e já estava estudando no Ensino Médio aos 11. Com 12, ela se inscreveu em duas faculdades pensando em obter dois diplomas separados.
“O que é idade?”, Alena fez essa pergunta durante uma entrevista ao Washington Post, explicando que, para ela, o foco não está na idade, mas no potencial para fazer as coisas.
Com o pensamento nisso, ela afirma: “Ninguém é novo demais para conquistar algo, desde que tenha o coração e a mente voltados para isso”. E aponta para sua fonte de segurança ao declarar em seu Facebook: “Não importa o que aconteça na vida, escolho confiar em Deus em tudo que faço”.
“Ainda sou uma garota normal de 13 anos”
Embora a jovem sempre esteja alguns passos à frente dos colegas da mesma idade, ela faz questão de dizer que não se sente diferente deles.
“Ainda sou uma garota normal de 13 anos”, destacou ao compartilhar que gosta de ir ao cinema, jogar futebol, cozinhar e sair com os amigos.
“Só tenho habilidades de gerenciamento de tempo extremamente boas e sou muito disciplinada”, explicou.
Atualmente, Alena é uma estudante universitária na Arizona State University e na Oakwood University do Alabama, onde ela está fazendo dois cursos de graduação separados em ciências biológicas, através de aulas online.
Incentivada por sua família, educadores e conselheiros, ela se candidatou à aceitação antecipada na faculdade “Escola de Medicina de Heersink da Universidade do Alabama”, para 2024.
Em maio, ela foi aceita no programa, mesmo sendo mais de 10 anos mais nova do que a média dos estudantes de medicina.
Obstáculos superados
De acordo com as estatísticas, as chances de Alena eram bem pequenas, com apenas 7% dos candidatos sendo aceitos nas faculdades de medicina dos EUA e, além disso, apenas 7% destes sendo estudantes negros.
“Pelas estatísticas eu nunca teria conseguido”, escreveu Alena em um post no Instagram compartilhando as emocionantes notícias no mês passado.
“Uma garotinha negra adotada de Fontana, Califórnia. Trabalhei tanto para alcançar meus objetivos e viver meus sonhos”, continuou.
“Mamãe, eu consegui. Eu não poderia ter feito isso sem você. Você me deu todas as oportunidades possíveis para ser bem sucedida. Você me animou, enxugou minhas lágrimas, me deu conforto. Você nunca me permitiu parar e me disciplinou quando precisei. Você é a melhor mãe que alguém poderia ter. Eu consegui!”, escreveu ainda.
‘Educada em casa por vários anos’
“Alena sempre foi talentosa, desde criança”, disse a mãe, Daphne McQuarter, ao compartilhar que ela sempre se mostrou muito avançada.
Depois que a filha foi intimidada por ser uma criança “inteligente demais” no início do Ensino Fundamental, Daphne decidiu educá-la em casa por vários anos.
Quando voltou à escola normal na quinta série, continuou seus cursos avançados de Ensino Médio por meio de um currículo criado por sua mãe. Os esforços foram redobrados durante a pandemia de coronavírus.
“Eu estava entediada. Os estudos do Ensino Médio foram fáceis e acabei me formando aos 12 anos. Eu amo a escola, tenho fome e desejo de aprender”, compartilhou a adolescente que foi convidada a estagiar na NASA, no verão de 2021.
Seu mentor, Clayton Turner, diretor do Langley Research Center da agência, recrutou Alena depois de ler uma notícia sobre o engenheiro iniciante. “Eu não poderia estar mais orgulhoso”, disse Turner sobre a aceitação de Alena na faculdade de medicina.
“Ela quer ajudar as pessoas”
Entre as qualidades de Alena, Turner destacou: “Ela quer ajudar os outros, quer elevar as pessoas”. Ao longo dessa trajetória, a garota já ganhou vários prêmios e já foi finalista de concursos, mas disse que não vai perder seu foco. “Quero ajudar os outros”, reforçou.
Entre seus maiores sonhos está o de se tornar médica aos 18 anos. “Quando fiz minha primeira aula de biologia, soube naquele momento que era isso que deveria estar fazendo”, disse ela.
“Uma grande parte do que quero fazer é imunologia viral, e quero defender comunidades sub-representadas que carecem de assistência médica. É algo pelo qual me apaixonei”, revelou.
Atualmente, ela está a caminho de concluir seus dois cursos de graduação até a primavera de 2024 e começar a faculdade de medicina no outono. Além dos estudos, Alena fundou a organização Brown STEM Girl para inspirar e dar bolsas de estudo para jovens negras.
“É incrível poder criar um caminho para garotas que se parecem comigo. Não importa quantos anos você tem. Você consegue. Não deixe ninguém te dizer não”, inspirou.
“Eu diria a qualquer garotinha que esteja lendo isso: nunca desista de você, nunca deixe alguém dizer que você não pode fazer algo”, concluiu.
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