Um crescente número de líderes cristãos tem se posicionado abertamente sobre sua opção de voto para as eleições de 2018. Temendo que o comunismo, a total banalização de valores e o cerceamento da liberdade religiosa se instale definitivamente no Brasil, grande parte dos pastores e cantores cristãos expressaram publicamente sua intenção de voto no presidenciável do PSL, Jair Bolsonaro.
Entre eles, estão Ap. Rina (Bola de Neve), Estevam Hernandes (Renascer em Cristo), Silas Malafaia e Cláudio Duarte (Vitória em Cristo), Samuel Câmara (presidente da Convenção da Assembleia de Deus no Brasil - CADB), além de cantores como André Valadão, PG, Mattos Nascimento e Ana Paula Valadão.
Entre os motivos colocados para explicar suas decisões, os pastores estão apontando a crise moral que o Brasil vive atualmente, agravada por 13 anos de governo do PT.
“O País está mergulhado em uma crise moral. É uma crise também financeira, mas antes de mais nada, é uma crise moral. [...] Eu não consigo entender líderes evangélicos que se dizem marxistas”, disse o líder da Bola de Neve Church, Ap. Rina, durante uma de suas pregações.
“É a primeira vez, em todos esses anos, que a gente tem um candidato de direita de verdade, que pode não ser o mais preparado, o mais inteligente, o mais sensível, o mais polido, o que tem a melhor oratória, mas é o único que tem a chance de interromper esse governo eterno que os partidos de esquerda sonham em construir”, afirmou. “Quando eu vejo quem são os inimigos do Bolsonaro, penso: ‘Estou escolhendo o cara certo para votar”.
Contra a erotização infantil
O pastor e cantor André Valadão também expressou o seu apoio ao candidato do PSL com uma sequência de vídeos publicados nos stories de seu perfil no Instagram, após Bolsonaro dar uma entrevista para a rede Globo.
“A gente bateu na trave de começar a virar uma Venezuela da vida”, alertou.
André lembrou que Bolsonaro tem combatido a erotização infantil e ideologia de gênero nas escolas.
“Só quem tem filhos sabe a seriedade disso. Sem dúvida alguma, pessoas que são a favor da erotização infantil são pessoas que já têm distúrbios sexuais. Se você falar que apoia isso nas escolas com as crianças… Cara, você tem problemas”, acrescentou.
Liberdade de expressão
O cantor e pastor PG também declarou seu apoio a Bolsonaro e, após ser criticado por sua revelação ao público, fez um post em forma de “resposta”.
“Minha cara, quando ouço alguém dizendo: ‘Você não é cristão mesmo, eu sabia, vai votar no Jair Bolsonaro, vou parar de segui-lo’”, publicou em seu perfil do Instagram com as hashtags #CaradeIndignado #EleSim #17. ”Tem muita paixão e pouca razão nos dias de hoje viu!”.
"Esse é o nosso Brasil! Falar mal de candidato e acusá-lo do que os próprios acusadores são, é bem fácil! Quero ver fazer isso aí na imagem, ser um brasileiro, patriota de verdade e não de um ‘partido ideológico maquiavélico’. Vai pra cima, Brasil”, publicou PG em outro post do Instagram, no qual ele exibiu o vídeo da passeata em favor de Bolsonaro, realizada no último domingo (30) em São Paulo.
Em um vídeo com sua declaração pública de apoio a Bolsonaro, Cláudio Duarte lembrou que é contra a homofobia e o machismo, mas também é contra a erotização infantil e a favor dos direitos da família.
“Eu não tenho tempo para falar dos defeitos de outros candidatos, porque o meu tem muitas qualidades. Eu sou Jair Bolsonaro 17 para presidente”, disse o pastor.
Já o pastor Silas Malafaia tem se empenhado em publicar uma série de vídeos em apoio a Jair Bolsonaro, entre os quais defendeu o avanço nas investigações do atentado contra o candidato e também questionou se o presidenciável realmente seria um “intolerante”, como alguns dizem.
“Acusam Bolsonaro de incitar o ódio porque ele fala em combate a criminoso e porque ele acredita que a população deve estar armada para se defender. É isso que é incitar o ódio?”, perguntou Malafaia em um dos vídeos.
Assumidamente um opositor da instalação do comunismo no Brasil, Malafaia assegurou em outro vídeo que o dias da eleição será o momento de “dar uma resposta aos esquerdopatas”. “Dia 7 outubro é Bolsonaro neles”, afirmou.