Em julho de 2019, o presidente Jair Bolsonaro prometeu ao participar de um culto realizado pela bancada evangélica na Câmara dos Deputados que escolheria para o Supremo Tribunal Federal (STF) o nome de um evangélico. Com proximidade da aposentadoria do ministro Celso de Mello — que deve ocorrer em menos de dois meses — a vaga se abre e pastores de diversas denominações estão se mobilizando para indicar o nome para cumprimento da promessa do presidente.
Trata-se do juiz federal William Douglas Resinente dos Santos, que atualmente é titular da 4ª Vara Federal em Niterói (RJ). O magistrado já foi delegado de polícia e defensor público no Rio de Janeiro. Além de sua atuação jurídica, William também exerce o ministério pastoral (auxiliar) na Igreja Batista e prega com frequência em outras diversas denominações evangélicas.
O nome foi recomendado por um grupo de pastores de denominações, como Assembleia de Deus, Igreja Batista, Igreja Fonte da Vida, Igreja Quadrangular, M12 e Igreja da Graça, representados pelo presidente Conselho Interdenominacional de Ministros Evangélicos do Brasil, pastor Silas Malafaia e o apóstolo César Augusto em uma reunião com o presidente no Palácio do Planalto, no dia 2 de setembro.
Apesar da indicação dos pastores, outros nomes têm sido indicados por membros da bancada evangélica a Bolsonaro como boas opções para ocupar a vaga no STF. Um desses nomes é o do atual ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça.
Reabertura de igrejas na pandemia
Em julho deste ano (2020), o juiz William Douglas parecia alinhar seu discurso sobre a pandemia ao do presidente Jair Bolsonaro e defendeu a reabertura dos templos, anteriormente fechados em razão das medidas de quarentena.
Em uma pregação na Assembleia de Deus, no bairro de Madureira, na zona norte do Rio de Janeiro, o juiz explicou que apesar de igreja nunca se fechar, porque o Corpo de Cristo é formado pelo Seu povo, a comunhão e o ato de congregar também são importantes.
“E quando eu falo em fechar a igreja, eu falo sobre o templo, porque é o que eles conseguem fechar. Porque a Igreja somos nós, onde estivermos. Mesmo trancados dentro de casa, nós somos a Igreja. Então a Igreja nunca fecha”, disse.
“Mas o templo, que é onde nos reunimos, é um lugar protegido pelos Direitos Humanos e pela Constituição, é atividade essencial, não pode ser fechado por ninguém. Isso é um direito civil. Eu não estou falando de religião, eu estou falando de direito constitucional. Temos o direito de nos reunir, está na Constituição, e temos que conhecer os nossos direitos”, explicou.
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