‘A igreja é protegida pela Constituição e não pode ser fechada’, diz juiz durante culto

O juiz federal William Douglas destacou que a reunião nos templos é um direito humano, garantido pela Constituição Federal.

Fonte: GuiameAtualizado: quinta-feira, 16 de julho de 2020 às 14:45
O juiz federal William Douglas durante culto na Assembleia de Deus em Madureira, no Rio de Janeiro. (Foto: Instagram)
O juiz federal William Douglas durante culto na Assembleia de Deus em Madureira, no Rio de Janeiro. (Foto: Instagram)

O juiz federal William Douglas, titular da 4ª vara federal de Niterói, defendeu a reabertura das igrejas na flexibilização do isolamento social durante ministração no último domingo (12) na Assembleia de Deus em Madureira, no Rio de Janeiro.

Pouco antes de iniciar sua mensagem, o juiz leu uma mensagem que havia publicado em seu perfil no Instagram, falando sobre a “alegria estar na casa do Pai, como é costume dos cristãos e um direito humano, garantido pela Constituição Federal”.

Ele continuou: “A igreja tem distribuído cestas básicas, dado apoio aos necessitados, ajudado os casais, os suicidas, os deprimidos, os angustiados. Como sempre, aliás. Hoje cedo fui à padaria, atividade essencial, comprar o pão para o corpo. É uma alegria agora estar no templo, atividade essencial, para receber de graça o pão espiritual”.

No fim da postagem, ele ainda deixa uma observação “As pessoas estão de máscara, com distanciamento, uso de álcool gel etc”.

Em sua mensagem à congregação, o juiz continuou comentando sua publicação no Instagram: “Isso podem pedir da gente. A máscara podem pedir, o distanciamento podem pedir, o álcool podem pedir, mas não queira fechar a igreja”.

“E quando eu falo em fechar a igreja, eu falo sobre o templo, porque é o que eles conseguem fechar. Porque a Igreja somos nós, onde estivermos. Mesmo trancados dentro de casa, nós somos a Igreja. Então a Igreja nunca fecha”, acrescentou.

“Mas o templo, que é onde nos reunimos, é um lugar protegido pelos Direitos Humanos e pela Constituição, é atividade essencial, não pode ser fechado por ninguém. Isso é um direito civil. Eu não estou falando de religião, eu estou falando de direito constitucional. Temos o direito de nos reunir, está na Constituição, e temos que conhecer os nossos direitos”, explicou William Douglas.

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