A juíza Amy Coney Barrett, de 48 anos, teve seu nome aprovado pelo Senado dos Estados Unidos nesta segunda-feira (26) para ocupar uma vaga na Suprema Corte. No mesmo dia, a magistrada tomou posse em cerimônia na Casa Branca.
Católica de perfil conservador, Amy foi escolhida há um mês pelo presidente Donald Trump para substituir a progressista Ruth Bader Ginsburg, que faleceu em setembro.
A aprovação era esperada porque o Partido Republicano, o mesmo do presidente Trump, detém a maioria do Senado. Foram 52 votos a favor e 48 contra. O resultado espelha bem a divisão entre os senadores: todos os democratas votaram para barrar Barrett, enquanto do lado republicano apenas uma senadora se opôs à juíza.
Logo após a confirmação no Senado, o presidente Trump recebeu Barrett na Casa Branca para o evento de posse da juíza. Em discurso, o republicano agradeceu aos senadores republicanos pelo processo que permitiu a nomeação da nova magistrada da Suprema Corte.
Um dos pastores mais proeminentes dos EUA, John Hagee comemorou a nova integrante da Corte: “Nossas orações foram atendidas! Deus nos deu uma juíza justa que trará verdade e honra à nossa Suprema Corte. A Bíblia diz, “quando os justos estão em autoridade; o povo se alegra...”. É hora de o povo americano se alegrar! Obrigado Senhor!”.
Sobre Amy
Amy Vivian Coney Barrett tem 48 anos, é casada e tem sete filhos.
Nascida em New Orleans (Louisiana), em 1972, Barrett se formou em Direito na Universidade de Notre Dame em 1997. Trabalhou em uma firma de advocacia e depois, em 2002, se tornou professora de Direito na mesma instituição. Defensores de extrema direita já apoiavam a possível nomeação de Barrett em razão dos artigos em que fala sobre fé e lei.
Trump também mencionou que a juíza é mãe de 7 crianças. "Hoje, a juíza Barrett é a primeira mulher mãe de crianças em idade escolar a ocupar a Suprema Corte", comentou.
Em seguida, Barrett prestou juramento diante do juiz Clarence Thomas, o mais antigo da Suprema Corte, ato que a oficializou como nova juíza da Suprema Corte dos EUA.
Ao discursar, a magistrada disse que o trabalho de uma juíza se difere da atuação do senador: Barrett disse que, enquanto o parlamentar elabora políticas a partir de suas convicções, um juiz não pode agir da mesma forma.
Barrett passou nas últimas semanas por uma série de sabatinas entre senadores. Ela evitou se antecipar sobre casos judiciais polêmicos nos Estados Unidos, como a decisão da década de 1970 que permitiu o aborto em todo o país — setores políticos mais conservadores esperam que a nova maioria ampliada na Suprema Corte reverta a decisão.
Com a nova juíza, serão seis conservadores contra três progressistas. Veja como fica a Suprema Corte.