Cristãos protestam nas ruas do Iraque após ter representantes excluídos da Suprema Corte

Após a notícia, centenas de cristãos foram às ruas protestar pela injustiça.

Fonte: Guiame, com informações da Portas AbertasAtualizado: quinta-feira, 21 de março de 2024 às 16:52
Imagem ilustrativa. Suprema Corte do Irã. (Foto: Wikimedia Commons/Erfan Kouchari)
Imagem ilustrativa. Suprema Corte do Irã. (Foto: Wikimedia Commons/Erfan Kouchari)

A Suprema Corte do Iraque passou a considerar “inconstitucionais” as onze cadeiras de minorias no Parlamento. Seis dessas cadeiras eram destinadas a cristãos. O Parlamento que tinha 111 membros, em breve deve passar a ter apenas 100. 

Após essa notícia, centenas de pessoas da comunidade cristã iraquiana ficaram indignadas e organizaram um protesto na cidade de Erbil, no início de março, conforme a Portas Abertas. 

Os cristãos tomaram as ruas e caminharam entre Ainkawa e um subúrbio na cidade de Erbil onde muitos cristãos moram. Eles levavam cartazes com texto acusando os políticos atuais de “falhar no exercício da coexistência e dos direitos humanos”. 

Outros diziam “cristãos estão em grande perigo por causa da decisão injusta e inconstitucional da Corte Federal”. 

‘Violação dos direitos humanos das minorias’

Ainda segundo a organização, vários representantes de territórios curdos se uniram para entregar uma declaração onde solicitam que a Suprema Corte volte atrás na decisão e garanta que apenas as minorias tenham direito de decidir sobre os assentos reservados pela cota. 

Anteriormente, os 11 assentos eram ocupados por cinco turcos, cinco cristãos de origem assíria, caldeia ou siríaca e um cristão de origem armênia.  

Um líder político chamado Jinan Jabbar, afirmou que a decisão das autoridades de excluir as cotas das vagas é uma “grande injustiça” e “uma grande violação dos direitos das minorias”. 

Enquanto isso, a Igreja no Iraque continua vivendo sob pressão, sendo discriminada pelo governo e sofrendo ataques por partes de extremistas islâmicos.

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