Entre os dias 1 a 7 de setembro, em vários locais no Extremo Oriente da Rússia e no Mar do Japão, haverá “exercícios militares abrangentes”, conforme divulgou a Rússia, na última segunda-feira (29).
O Ministério da Defesa russo disse que o “exercício Vostok 2022” será realizado e envolverá 50 mil soldados, mais de 5 mil unidades de armas — incluindo 140 aeronaves e 60 navios de guerra.
Vale lembrar que os exercícios militares ou “jogos de guerra” têm a finalidade de treinar, avaliar estratégias e testar equipamentos, além disso, é a forma que uma nação pode demonstrar sua prontidão em caso de guerra iminente.
Tais exercícios envolvem forças da China e parecem ser uma “demonstração de laços de defesa cada vez mais estreitos entre Moscou e Pequim”, conforme a agência de notícias AP News.
Esses laços, porém, se apertam em meio à tensão entre Rússia e Ucrânia, desde o dia 24 de fevereiro, quando autoridades chinesas e russas prometeram “uma parceria sem limites”.
Antes disso ainda, em 2020, foi concluído o projeto da ponte rodoviária que liga a Rússia à China, aproximando os dois países também no âmbito comercial. A China é um grande comprador de recursos naturais e produtos agrícolas russos.
Tanque de guerra. (Foto ilustrativa: Unsplash/Kevin Schmid)
Rússia e a aliança com nações ex-soviéticas
O exército russo divulgou um vídeo de tropas chinesas chegando à Rússia em preparação para os exercícios, que serão conduzidos em 7 campos de tiro no extremo leste do país.
Tropas de várias nações ex-soviéticas, como a China, Índia, Laos, Mongólia, Nicarágua e Síria, estarão envolvidas também.
Além disso, o Ministério da Defesa disse que unidades de tropas aerotransportadas russas, bombardeiros de longo alcance e aviões militares de carga participarão dos exercícios junto com outras forças.
Ao anunciar o exercício, pela primeira vez no mês passado, os militares russos enfatizaram que “faz parte do treinamento de combate”, independente da ação militar que acontece na Ucrânia. Eles não mencionaram, porém, o número de soldados envolvidos no que o Kremlin chama de “operação militar especial” contra os ucranianos.
Sobre os exercícios militares
Enquanto a China apoia a Rússia, é importante destacar que a Rússia também apoiou fortemente a China, em meio às tensões com os EUA.
Na ocasião, ocorreu a visita a Taiwan, da presidente da Câmara dos EUA, Nancy Pelosi. O presidente russo, Vladimir Putin, traçou paralelos entre o apoio dos EUA à Ucrânia e a viagem de Pelosi a Taiwan, alegando que ambos faziam parte de supostos esforços americanos para fomentar a instabilidade global.
A Rússia e a China, desde então, realizaram uma série de jogos de guerra conjuntos, incluindo exercícios navais e patrulhas de bombardeiros de longo alcance sobre o Mar do Japão e o Mar da China Oriental.
No ano passado, tropas russas foram enviadas pela primeira vez ao território chinês para manobras conjuntas. Putin e o presidente chinês Xi Jinping desenvolveram fortes laços pessoais para reforçar uma “parceria estratégica” entre os ex-rivais comunistas, já que Moscou e Pequim enfrentam crescentes tensões com o Ocidente.
Ainda de acordo com a AP News, a Rússia tem compartilhado tecnologias militares altamente sensíveis com a China, que ajudaram a reforçar significativamente sua capacidade de defesa.
O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Alexander Fomin, especificou que os exercícios navais vão ocorrer na parte norte e central do Mar do Japão.
“O exercício não é dirigido contra nenhum país específico ou aliança militar e é puramente defensivo”, disse Fomin em uma reunião com militares estrangeiros agregados.
Aviões de guerra. (Foto ilustrativa: Unsplash/Arma UX)
A Bíblia e a Rússia moderna
Aproximadamente 2.500 anos atrás, Ezequiel previu eventos específicos que ocorreriam no futuro da Rússia. Em Ezequiel 38, o profeta lista as nações que atacariam Israel.
Embora nenhuma delas tenha sido citada especificamente como Rússia, há teólogos afirmando que “Rosh” — como está em algumas versões bíblicas, no versículo 2 — seja uma versão abreviada da palavra “Rússia”.
A Bíblia descreve Rosh estando distante ao norte de Israel, como ponto de referência, conforme lembra o pastor e autor cristão americano, David Jeremiah, em seu blog. Segundo ele, a Rússia é a única nação na atualidade que corresponde às especificações bíblicas na profecia.
Sobre os demais países que vão se envolver no ataque contra Israel, Jeremiah escreveu: “Os nome e lugares que Ezequiel descreve são estranhos para nós hoje, mas um olhar mais atento às Escrituras e à história nos ajudará a traduzi-los em termos modernos”.
Países que vão atacar Israel
Sobre a “terra de Magogue”, o pastor acredita que é o local onde estão os antigos constituintes da União Soviética — Cazaquistão, Quirguistão, Turcomenistão, Tadjiquistão e, talvez, Afeganistão. “O que une os 60 milhões de habitantes desta região, é a sua religião: o islamismo”, ele observou.
Meseque e Tubal são Moscou e Tobolsk — uma cidade da Rússia, mas alguns estudiosos acreditam que Tubal é a atual Turquia. A Pérsia é o Irã — país que, hoje, é um aliado da Rússia e inimigo de Israel.
Gômer ficava no território onde hoje é a Alemanha moderna. “E ninguém precisa lembrar ao mundo a história da Alemanha com o povo judeu na Segunda Guerra Mundial”, apontou. Para o pastor, Togarma pode ser a Turquia. A Líbia, país que está tentando comprar armamentos da Rússia, é o único que manteve seu nome.
Bandeira de Israel. (Foto: Unsplash/Taylor Brandon)
Por que Israel ainda não foi atacada?
O pastor lembra que é necessário 3 requisitos para que Israel seja atacada. O primeiro é que o povo judeu precisa estar em sua terra. “Isso já foi cumprido”, lembrou.
O segundo é que Israel precisa ser próspera: “Israel é um centro de inovação e empreendedorismo — outro pré-requisito cumprido. E, terceiro, é que Israel deve estar em paz: “Isso é difícil de imaginar”, observou o pastor que acredita nessa possibilidade quando vier a Grande Tribulação.
“O Anticristo fará um acordo de 7 anos com Israel, no qual prometerá proteger a nação, que ficará dependente desse líder global e, sendo assim, poderá desarmar seu exército, dedicando toda energia para aumentar sua riqueza”, disse ainda.
“A invasão de Israel pelo norte não acontecerá no futuro imediato, mas talvez mais cedo do que pensamos”, ele acredita.
Fim dos tempos
De acordo com a revista Philadelphia Trumpet — publicada pela Igreja Assembleia de Deus na Filadélfia (EUA) — nos próximos anos, haverá uma reviravolta impressionante nos eventos mundiais.
“Uma superpotência asiática gigante, como Rússia ou China modernizadas, estará no comando e afetará dramaticamente o curso da história”, diz o artigo “Rússia e China na profecia”, com base nos livros de Herbert W. Armstrong, reforçando a ideia de que os dois países estão fortemente envolvidos nos eventos do fim dos tempos.
“De fato, à luz da profecia bíblica, devemos ver a ascensão da Rússia e da China como um provável gatilho para que este império se levante e ataque”, diz o autor.
O artigo ressalta ainda a união de grandes potências, a propagação do comunismo, a possibilidade de uma Terceira Guerra Mundial e a crise global que a humanidade já está vendo acontecer.
Além disso, pode-se ver que aumenta o interesse por armas nucleares como estratégia de defesa. “Nunca vimos tantas profecias se cumprirem tão rapidamente”, aponta.
“Tudo está acontecendo exatamente como Daniel e outros profetas profetizaram milhares de anos atrás. Esses eventos estão se aproximando da segunda vinda de Jesus Cristo”, concluiu.