Na terça-feira (24), as forças armadas da China e da Rússia realizaram o primeiro exercício desde a invasão russa na Ucrânia.
A patrulha aérea aconteceu no Mar do Japão, no Mar da China Oriental e no Pacífico Ocidental, segundo o site do Ministério de Defesa da China.
O exercício conjunto durou 13 horas sobre os mares do Japão e do Leste da China, envolvendo bombardeiros estratégicos russos Tu-95 e chineses Xian H-6.
Segundo a Rússia, aviões das forças aéreas da Coreia do Sul e do Japão seguiram os jatos russos e chineses durante uma parte do exercício.
A patrulha faz parte do "plano anual de cooperação militar" firmado entre os dois países. Para um alto funcionário do governo dos EUA, o exercício conjunto mostra a parceria profunda entre a Rússia e a China.
Ele observou ainda que a patrulha aconteceu durante o final da viagem do presidente americano Joe Biden à Ásia, onde ele visitou os aliados Japão e Coreia do Sul.
"Achamos que isso mostra que a China continua disposta a se alinhar estreitamente com a Rússia, inclusive por meio da cooperação militar", afirmou o alto funcionário, explicando que exercícios militares são planejados com antecedência.
“A China não está se afastando da Rússia. Em vez disso, o exercício mostra que a China está pronta para ajudar a Rússia a defender seu leste enquanto a Rússia luta em seu oeste", avaliou.
Durante sua viagem à Ásia, que em parte teve o objetivo de combater a crescente influência chinesa na região, Biden ressaltou que os EUA está comprometido com seus aliados a pressionar por uma área do Indo-Pacífico livre e aberta.
Pequim e Moscou anunciaram uma parceria “sem limites” algumas semanas antes das forças russas invadirem a Ucrânia e a China não condenou o ataque.
Os dois países já realizam manobras militares juntos. Em agosto do ano passado, eles fizeram exercícios de grande escala na China, envolvendo mais de 10 mil soldados.
Autoridades dos EUA afirmaram que ainda não há indícios de que o governo chinês forneceu material bélico ao exército russo na guerra da Ucrânia. Uma ação que provocaria sanções econômicas à China, assim como aconteceu à Rússia.
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