A Organização das Nações Unidos para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) aprovou nesta terça-feira (2), em uma reunião em Paris, a controversa resolução que retira a soberania de Israel sobre a cidade de Jerusalém.
O texto que indica que Israel não tem direitos legais ou históricos sobre Jerusalém foi aprovado por 22 países, incluindo Brasil, Rússia, China, África do Sul, Nigéria, Irã, Paquistão, Vietnã e outros países árabes. Dez países votaram contra a resolução, como Estados Unidos, Alemanha, Itália, Grã-Bretanha, Holanda, Grécia, Paraguai e Ucrânia.
A votação da resolução, que coincidiu com a comemoração do Dia da Independência de Israel, indica que o Estado judeu é uma “potência ocupante” em Jerusalém, alegando que a nação não tem vínculos jurídicos ou históricos sobre qualquer parte da cidade.
A resolução também critica o governo israelense pelos projetos de construção na Cidade Velha de Jerusalém e em locais sagrados de Hebrom, na Cisjordânia, além de pedir o fim do bloqueio de Israel em Gaza.
Esta versão, no entanto, foi ligeiramente menos severa do que as resoluções anteriores, já que o atual documento reconhece a importância da cidade para as “três religiões monoteístas”. Além disso, a atual resolução não se refere ao Monte do Templo e ao Muro das Lamentações com os nomes muçulmanos.
Logo após a votação, o embaixador de Israel na ONU, Danny Danon, se pronunciou sobre a resolução. “Esta decisão tendenciosa e descaradamente mentirosa, e as tentativas para disputar a ligação entre Israel e Jerusalém, não irão mudar o simples fato de que esta cidade é a capital histórica e eterna do povo judeu”.
Embaixador de Israel, Danny Danon, durante reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas. (Foto: ONU/Rick Bajornas)
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu também criticou duramente a resolução da Unesco. “Não há nenhum outro povo no mundo que vê Jerusalém como um lugar tão sagrado e importante como o povo judeu. Nenhuma reunião realizada na Unesco poderá tentar negar essa verdade histórica”, disse ele. “Denunciamos a Unesco e defendemos a nossa verdade, que é a verdade”.
No Brasil, a Frente Parlamentar em Defesa da Vida e da Família da Câmara dos Deputados também manifestou seu repúdio em relação à postura do presidente Michel Temer.
“Não podemos aceitar qualquer medida que seja contrária ao povo de Israel, e ao seu legado histórico de contribuição para a humanidade, e por consequência para os cristãos”, afirmou o deputado federal Alan Rick, presidente da Frente Parlamentar.
“O Brasil como um país predominantemente cristão deve se manifestar no sentido de unir forças a Israel em defesa de seu legado histórico, e do respeito ao legado histórico construído pelo povo judeu, e sua imprescindível colaboração com os cristãos no mundo”, Rick acrescentou.
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