Mesmo com perseguição, igrejas batizam mais de 100 pessoas por trimestre em país africano

Segundo cristãos locais, as igrejas têm enfrentado forte repressão no norte da África, mas o cristianismo tem se fortalecido.

Fonte: Guiame, com informações da Bibles For MideastAtualizado: quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019 às 13:19
Novos cristãos são batizados rio, em Ruanda, África. (Foto: itabaza)
Novos cristãos são batizados rio, em Ruanda, África. (Foto: itabaza)

À medida que a perseguição religiosa persiste e cresce nas muitas regiões, como Oriente Médio, Ásia e África, o simples fato de crianças e adolescentes aprenderem sobre Jesus pode trazer ameaças às suas famílias. Mas isso não impede que a Igreja, continue crescendo, como tem acontecido em um país do Norte da África, onde o extremismo islâmico oprime aqueles que praticam a fé cristã.

"Se você vê seu filho subitamente perdoando, alegre, feliz, ouvindo você, não discutindo, falando sobre não odiar, esses são os sinais de que eles podem estar indo para uma igreja clandestina. Isso é uma ameaça para sua família", contou um pai cristão.

Relatado pelo projeto "people on the ground", da rede cristã de TV por satélite 'SAT-7', o recente boletim da organização continua a detalhar algumas das condições mais reais e ameaçadoras nas quais os crentes vivem naquela região do continente africano.

"Não podemos celebrar a ceia regularmente em qualquer lugar", explicou um cristão da Argélia. "Seria muito perigoso e atrairia a atenção das autoridades. Estamos sempre sendo vigiados. Nós sempre mudamos os nossos locais de encontro e chegamos em horários aleatórios, usando rotas diferentes. Todo mundo está sempre vigilante".

O membro da igreja doméstica também explicou que quando a polícia localiza alguma casa ou estabelecimento onde se reunem cristãos, usam do abuso de autoridade para oprimi-los.

"Quando as autoridades encontram uma igreja clandestina, elas entram na sala, levam todos os nossos celulares, todos os nossos computadores - qualquer coisa que eles possam usar para extrair informações para encontrar outros como nós. Eles procuram por links para redes de cristãos, especialmente líderes de igrejas domésticas. Eles querem saber quem está nos influenciando. E eles nos acusam de trabalhar com 'inimigos estrangeiros' dizendo que estamos minando a nação", afirmou.

"Eles nos confrontam: 'Quem é o seu professor? Onde estão suas Bíblias? Quem é o seu pastor? Você está ilegal, propagando ensinamentos falsos e ilegais. Mostre-nos a sua licença para ensinar! Você não está registrado!'. Eles usam ameaças e intimidações. Sem motivo, nossos professores e pastores são detidos. Eles desaparecem por dias, semanas ou nunca mais são vistos", acrescentou.

Mas nem mesmo toda essa opressão tem sido suficiente para deter o avanço do evangelho na região. Igrejas continuam batizando centenas de pessoas e se fortalecendo a cada obstáculo vencido.

"O crescimento da igreja tem sido forte em meu país", disse outro cristão argelino. "Mas recentemente as igrejas foram sujeitas a uma repressão do governo, com várias delas sendo fechadas. A cada três meses, nossa igreja realiza um batismo, às vezes para mais de 100 pessoas. Então o governo fechou a nossa igreja, junto com outras quatro. Mas isso não para o trabalho, porque quanto mais problemas e perseguição as igrejas enfrentam, mais fortes elas ficam".

Este conteúdo foi útil para você?

Sua avaliação é importante para entregarmos a melhor notícia

Siga-nos

Mais do Guiame

O Guiame utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência acordo com a nossa Politica de privacidade e, ao continuar navegando você concorda com essas condições