Com a influência da lei sharia no domínio do Talibã, punições extremas como execuções e amputações passaram a ser retomadas no Afeganistão. No sábado (25), um cadáver foi pendurado em público para alertar os criminosos de que “eles não estão seguros”.
O problema é que, de acordo com a lei sharia, muçulmanos que deixaram o Islã para seguir Jesus são considerados apóstatas e sujeitos à execução.
Relatando os acontecimentos no campo missionário ao site Mission Network News, o Dr. Mark Morris, parceiro da organização cristã Heart4Iran e diretor de estudos teológicos urbanos na Union University, contou:
“Uma irmã no Senhor ligou e disse: 'O Talibã levou meu marido e o decapitou por causa de sua fé'. Outro irmão contou: 'O Talibã queimou minha Bíblia'. Essas são as coisas que podemos checar [que são verdadeiras]”.
Morris explica que há também algumas notícias falsas em torno do que tem acontecido no Afeganistão: “Ouvimos rumores de que uma igreja inteira foi martirizada e sabemos que não é verdade. Mas não queremos menosprezar nenhuma história que ouvimos; queremos investigá-las”.
No entanto, Morris lembra que a realidade tem sido cada vez mais cruel com aqueles que decidiram ficar no Afeganistão.
“Há cristãos que fizeram uma escolha de partir o coração, algumas semanas antes do Talibã assumir o controle. Eles disseram: 'Queremos nos registrar no governo. Não queremos ser conhecidos como muçulmanos... e eles conseguiram se registrar”, ele relata. “O Talibã tem todas essas informações. Essas pessoas correm um grande risco.”
Por meio de parceiros locais, a Heart4Iran está ajudando os cristãos afegãos oferecendo acesso online à Igreja, aconselhamento, Bíblias e muito mais.
“Há caos e medo. Há muitas buscas porta a porta. Ouvimos relatos sobre seguidores de Jesus que foram martirizados por sua fé”, disse Morris. “Na maioria das vezes, as pessoas estão incertas sobre o que o futuro reserva.”
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