Dia da Educação Cristã é comemorado em 11 de março em homenagem a um pastor protestante

O pastor brasileiro ficou conhecido por sua forma criativa de ensinar e pelos seus métodos diferenciados.

Fonte: Guiame, com informações de Portas Abertas e Spurgeon OnlineAtualizado: sexta-feira, 11 de março de 2022 às 18:09
“Os méritos de Cristo estão ao alcance de toda a alma”, disse José Manuel da Conceição. (Foto: Pixabay)
“Os méritos de Cristo estão ao alcance de toda a alma”, disse José Manuel da Conceição. (Foto: Pixabay)

O dia 11 de março ficou conhecido como o “Dia da Educação Cristã” graças a José Manuel da Conceição (1822-1873). Ele nasceu em 11 de março e ficou conhecido como o “primeiro pastor protestante brasileiro”.

Ele era padre mas, ao ouvir as pregações de um missionário, numa Igreja Presbiteriana, abandonou o catolicismo e passou a pregar o Evangelho no interior de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. 

Por sua forma criativa de ensinar a Bíblia e seus métodos diferenciados, começou a chamar a atenção dos fiéis. Ele chegou a declarar que “a Reforma veio de Deus”, como necessidade de mudar o pensamento dos líderes religiosos.

A Bíblia à disposição de todos

“Quando a Bíblia correr pelas mãos de todos os povos, então se hão de realizar as promessas do Salvador, que a religião dele prevalecerá em toda a terra”, escreveu o pastor. 

“Os méritos de Cristo estão ao alcance de toda a alma contrita e crente; a essência de uma vida cristã está na reabilitação do homem interior, e não há força capaz de efetuar tal transformação, exceto o Espírito de Deus, com quem estamos em contato imediato” disse também.

Conforme o blog Spurgeon Online, ele sonhava com um movimento profundo de reforma nos sentimentos e experiência religiosa do povo, aliado ao esclarecimento bíblico, que tornasse possível a criação de um cristianismo brasileiro puro e evangélico.

O líder cristão foi muito perseguido em suas peregrinações. Ele pregava em algumas cidades por um tempo depois seguia viagem, pois chegou a ser alvo de agressões físicas. Conforme a Portas Abertas, ele morreu após ser ferido gravemente.

O pastor foi sepultado no cemitério de Irajá, mas três anos depois, em 1877, seu corpo foi transferido para o Cemitério dos Protestantes de São Paulo, sendo sepultado ao lado do túmulo de Ashbel Simonton. 

Em sua lápide está gravado: “Não me envergonho do Evangelho de Cristo”, numa referência a Romanos 1.16. Durante vinte anos, ele foi sacerdote católico e durante oito anos atuou como pastor protestante. 

“O bem-estar de minha pátria, a moralização da sociedade, cuja felicidade só o evangelho pode assegurar, e a salvação eterna dos homens são os fins que tenho em vista. Estou nas mãos de Deus, e à disposição de todos a quem possa servir no evangelho de Jesus Cristo”, deixou essas palavras durante sua vida dedicado ao ensino bíblico.

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