Brasileiros madrugam para ver o casamento real

Brasileiros madrugam para ver o casamento real

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:45

Não é preciso muito esforço para achar brasileiros no meio da multidão que se acotovela na rota por onde passa a procissão do casamento real em Londres. Turistas ou residentes do Reino Unido, muitos acordaram no meio da madrugada desta sexta-feira (29) para tentar ver alguma coisa do evento que comemora o enlace do príncipe William, segundo na linha de sucessão do trono britânico, com   Kate Middleton , após cerca de nove anos de namoro.   “Desde criança que sonho com o príncipe William. E, agora que ele está se casando, não poderia perder isso por nada. É um conto de fadas. Mesmo que a gente não consiga ver muito, já vai ter valido a pena”, diz a brasiliense Gil Walker, 29 anos, que é casada há três com um inglês. Ela acordou as 3h da manhã (23h no horário de Brasília) para pegar o trem de Briton, cidade onde mora, até Londres.“Levamos só uma hora, mas o problema foi que nos informaram errado e pegamos o outro trem, mais caro, e tivemos que pagar outra passagem”, conta Juliana Di Colli, 24, que veio com a amiga. Pelo engano, a companhia prometeu reembolsá-las, mas, mesmo que o dinheiro não venha, elas não se importam. “É tudo de bom estar aqui, nem acredito. É a minha primeira vez na Europa e eu sempre via pela televisão esses grandes acontecimentos. Desta vez, estou aqui para ver com meus próprios olhos”, anima-se Juliana, que chegou na cidade há apenas 15 dias. As duas foram acompanhadas da sobrinha de Gil, Barbara Salomão, 14 anos, que entende bem o português, mas, por ter vindo com a família aos dois anos de idade ao Reino Unido, não fala quase nada do idioma.Quem também estava ali perto do palácio de Buckingham para ver a festa eram os amigos Karita Luisa da Silva, 33, grávida de quatro meses, e o casal Renato de Oliveira Gonçalves, 33, e Dayse Michele Menezes, 32. “A festa em si já é divertida”, afirma Gonçalves, que chegou por volta das 7h. Isoladas com grade de proteção, as calçadas nas avenidas por onde os noivos vão desfilar estão tomadas de gente. E, a cada banda de música ou carro oficial que passa, a gritaria toma conta da massa humana, que agita bandeirolas freneticamente. O movimento intenso contrasta com a calmaria no restante da cidade, que, por ser um dia de feriado, amanheceu às moscas.A vendedora Luísa Vera, 22 anos, saiu às 7h de casa com as amigas Danielle Maria Conceição, 23, e Brenda Torres, 20, todas de Teresina (PI), para disputar um lugar em algum pedaço de calçada. Apesar do esforço, Luisa não conseguirá ficar até o fim da cerimônia, que começa às 11h e deve durar uma hora. “Sairei daqui às 11h30, porque entro no trabalho ás 12h”. Mas e o feriado? “É que trabalho numa loja de souvenires, e, então, não tem jeito, iremos abrir para aproveitar os turistas”, diz ela, conformada. 

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