Paes afirma que onda de ataques não vai impedir Copa e Olimpíadas no Rio

Paes afirma que onda de ataques não vai impedir Copa e Olimpíadas no Rio

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:06

O prefeito Eduardo Paes rechaçou qualquer possibilidade de que a onda de ataques criminosos no Rio de Janeiro ponha em risco a realização da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016. Durante a cerimônia de lançamento do pacote legislativo da Copa de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016, ele disse que a polícia não vai recuar diante das ações dos traficantes.

“A minha preocupação e a do governador Sérgio Cabral é com as pessoas, com os habitantes daqui do Rio, e com aqueles que vêm visitar (a cidade). Olimpíadas e Copa são grandes eventos e nós temos o apoio e a confiança do presidente da CBF, da Fifa, do COB e do COI. Todos sabem que o Rio vai fazer um grande evento. Nós estamos preocupados é com segurança das pessoas da cidade, com a tranquilidade e a paz na cidade, e com essa política de segurança que está funcionando”, afirmou no Palácio da Cidade, na zona sul do Rio, onde o evento foi realizado.

Diante do Ministro do Turismo, Luiz Barreto, do presidente da CBF e do comitê organizador da Copa 2014, Ricardo Teixeira, e do presidente do COI e do Comitê Organizador dos Jogos do Rio, Carlos Arthur Nuzman, Paes classificou como terrorismo o que vem acontecendo na cidade, mas garantiu que os bandidos não farão o que desejam.

"O que nós temos são ações de terrorismo, claramente para deixar as autoridades sem saída, para assustar a população e gerar um clima de que a política de segurança pública não está dando certo e de que eles fazem o que querem. Mas eles não fazem o que querem nessa cidade."

Veja, abaixo, mais trechos da entrevista de Eduardo Paes.

"Violência no Rio ocorre de forma distinta"

"Esse momento exige uma reflexão de todos nós. O Rio de Janeiro passou por um período de tempo muito maior do que seria aceitável sem que as autoridades tomassem qualquer tipo de atitude ou reação. A violência urbana acontece em qualquer cidade do mundo como Nova York, Miami, Paris, Londres, São Paulo, Recife... Mas ela se dá nessas cidades de uma forma distinta do que vinha acontecendo no Rio de Janeiro."

"Ninguém disse que problema estava resolvido"

"A gente vive um momento especial. Mas ninguém disse, nem o prefeito e nem o governador Sérgio Cabral, que esse problema estava resolvido. Não se vendeu isso durante a campanha eleitoral do Sérgio Cabral. Nós não encontramos a solução para tudo, mas nós encontramos um caminho a partir de uma política de segurança pública séria."

"Não vamos dar trégua aos marginais"

"Nós não estamos pedindo e nem vamos pedir trégua para terroristas, marginais e delinquentes, que de organizados não têm porcaria nenhuma. Essa que é a verdade. E não venham com essa conversa de que eles não tiveram alternativas na vida e, por isso, resolveram pegar um fuzil e sair atirando por aí. A única coisa que a gente não pode ter neste momento é aquela atitude tradicional da sociedade carioca dos últimos 30 anos, de querer dar um jeito para acalmar essa história pois vamos ter a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016."

Rio de Janeiro vive mais um dia de ataques e violência  

Enquanto isso, o Rio continua a enfrentar a onda de violência que começou no último domingo. O número de veículos incendiados chega a 14 até o fim da manhã desta quinta-feira (25), de acordo com o balanço oficial da Polícia Militar divulgado por volta das 11h30. Segundo informações do coronel Lima Castro, relações públicas da PM, foram 6 ônibus, 5 carros, 2 motos e 1 caminhão incendiados nesta quinta-feira. De domingo (21) até as 11h30 desta quinta (25), ainda segundo a PM, um total de 55 veículos foram queimados em ataques no Rio de Janeiro.

Ainda de acordo com o balanço oficial da corporação, de domingo (21) até as 11h30 desta quinta (25), a PM contabiliza 55 presos e 121 detidos. Além disso, foram apreendidas 29 armas curtas, além de 11 fuzis, 2 espingardas e 5 granadas.    

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