Que país é esse?

Que país é esse?

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:31

Há algum tempo uma revista de circulação nacional divulgou a seguinte manchete: Nação evangélica. Confesso, senti-me envaidecido, orgulhoso, tanto quanto um yankee ao ver seu pavilhão estendido pelo mundo. Senti-me acima dos demais, membro de uma casta superior. Confesso meu pecado. Afinal, sou ser humano feito dos mesmos materiais de qualquer um.

Com o andar da carruagem, comecei a dotar-me de uma visão crítica dessa dita "nação". Envergonhei-me, revoltei-me. Confesso mais esse pecado. Afinal, sou ser humano feito dos mesmos materiais de qualquer um.

Uma das principais premissas do evangelho de nosso Senhor é que essas boas novas são o poder de Deus manifesto, transformando o homem. Mudança para melhor, subida de degrau.

A idéia de uma verdadeira promoção não é sequer errada. Saímos de criaturas para filhos. Glória a Deus por isso.

Mas pergunto eu: o que todo esse poder transformador tem feito na nação brasileira? Se a mudança é para melhor, nossos índices têm que mudar. Aonde chega uma igreja o inferno tem que tremer, bares fecharem, prostíbulos serem transformados. Porém, o que vemos?

Jesus declarou que no fim dos tempos os homens seriam egoístas e amantes de si mesmos. Essa é uma palavra profética que tem que estar fora da igreja, e não retratá-la. É o perfil do mundo, o retrato fiel do que a carnalidade anseia. Porém, não creio que seja isso que vemos.

Será que nossos templos, nossa religião e fé têm agido como ente transformador? A nação evangélica aonde chega tem levado a marca da mudança da sociedade onde está inserida? Como estão nossos índices sociais? Violência, crime, analfabetismo, fome, entre outras mazelas da sociedade, têm experimentado o poder transformador?

Acho que posso parar por aqui. Pense nisso, reflita e escreva você mesmo o parágrafo final deste artigo.

Ricardo Espindola é pastor, vice-presidente da Igreja Batista Central de Brasília (www.ibcb.org). Co-autor do livro "Os Frutos do Fruto do Espírito". Investe também nas ministrações para a televisão apresentando o programa "Um Novo Dia" que é exibido nacionalmente via TV a cabo e em TVs abertas do Distrito Federal. Graduado em Administração de Empresas pelo UniCeub, exerceu cargos públicos nas esferas federal e distrital, recebendo o título de Oficial da Ordem do Mérito Brasília pelo Governo do Distrito Federal.

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