A música sacra ideal

A música sacra ideal

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:30

A música sozinha não é capaz de fazer as pessoas se tornarem cristãs; nem leva as pessoas a adorarem a Deus. De fato, a maior parte da música existente nas Igrejas não difere em estilo daquela usada no mundo secular. Diversos hinos de nossos hinários foram composições populares adaptadas para seu uso nos cultos. Hoje em dia, cânticos são compostos, sob a influência dos ritmos apreciados pelo povo. Muitas igrejas estão admitindo novos instrumentos em seus cultos, que imprimem maior vivacidade à música sacra. Os grupos de coreografia estão crescendo e agradando cada vez mais.

A diferença está no uso da música. A música sacra é apresentada com o claro propósito de alcançar as pessoas com a mensagem de Deus. Seu ministério é preenchido quando a apresentação é utilizada pelo Espírito Santo, tornando-se um veículo da grande verdade da salvação através de Jesus Cristo, que resulta na conversão de pessoas. Da mesma forma esta música é capaz de induzir nosso culto de adoração a Deus. Nem toda música apresentada na Igreja é usada com este objetivo em mente. Algumas músicas contribuem somente com a atmosfera do culto, outras misturam emoções, enquanto outras possuem um sentido profundo, parecendo vozes de anjos, por seu sentimento e espiritualidade.

Nas igrejas, também podem ser tocadas ou cantadas músicas que nada produzem na congregação. As causas podem ser:

1. Composição fraca e sem espiritualidade;

2. O executante e o ouvinte não estão preparados;

3. Falta de comunicação;

4. Problemas físicos: temperatura, arquitetura, som, acústica etc.

Por isso, o grande desafio da liderança de música nas igrejas é a criatividade no tocante à preparação do povo e à escolha dos cânticos. As dificuldades que as igrejas enfrentam em relação à música têm a ver com a coragem e a habilidade técnica. A verdadeira fonte do problema em geral é sempre a falta de uma teologia ou doutrina que oriente a postura do louvor. Tal opção gera uma força espiritual nas apresentações. As pessoas envolvidas na música devem começar com o motivo que as move a usar tal música nas igrejas e a quem estamos servindo (Js 24.15).

Os dirigentes da música também precisam equilibrar o uso de hinos e cânticos espirituais (Ef 5.19). Nem só os hinos, nem só os cânticos. Precisamos dar o mesmo valor a uns e a outros.

Além do motivo e do equilíbrio, é importante a escolha dos hinos e cânticos adequados à ocasião, à ordem do culto, à mensagem que transmitem. Devem ser hinos e cânticos que não contradigam nossas principais doutrinas; que não extrapolem aquilo em que cremos e o que pregamos. O objetivo dos hinos e cânticos sempre deve ser elevar a alma a Deus, falar do amor de Deus, incentivar o povo a se consagrar mais a Deus e a seu serviço.

Dr. Tácito da Gama Leite Filho é escritor, autor de 84 Livros; doutor em Teologia (Pontifícia Universidade Católica - RJ); doutor em Psicologia (Florida Christian University, Miame - FL - USA); fundador e diretor do CETEO - Centro de Estudos Teológicos Brasileiro - www.guiame.com.br

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