A experiência do sofrimento nos assusta e nos levanta inquietações. Por isso mesmo, não é fácil lidar com o sofrimento. Muitas vezes nos faltam respostas para o porquê de tantos dissabores. Qual a razão pela qual enfrentamos a fúria de intensos ventos contrários, de vendavais tão destruidores? Entre a dúvida e o medo nos tornamos fragilizados emocionalmente, como também enfrentamos crises espirituais.
Na verdade, o sofrimento é pedagógico. Embora dolorosas, as experiências negativas têm o seu valor. Nos fazem crescer. Elas contribuem para o nosso amadurecimento espiritual. Sem a experiência da dor, nossa alma ficaria vulnerável e seríamos muito periféricos, vivendo no limiar das superficialidades. Não raro, nossas lágrimas transformam-se em adubos, regando o solo de onde brotará, a nossa alegria.
As lágrimas, quando caem, têm algo a dizer-nos. A dor possui uma pedagogia própria. É possível, é preciso, aprender com o sofrimento. A humildade, o louvor, a resignação, a confiança em Deus, a determinação para vencer e a persistência em lutar até o fim fazem muita diferença diante das adversidades.
Nem mesmo Cristo foi poupado dessas experiências. Na dimensão da sua humanidade, conheceria a dor. A minha alma está profundamente triste até a morte. Este desabafo revela quanto sofrimento estava presente no coração do Filho de Deus.
Todos precisamos lidar com as crises da vida. Encará-las de frente é bem mais sábio do que negá-las. Só os fracos vivem à sombra dos seus medos. Muitas vezes o triunfo só começa quando decidimos assumir e confrontar o mal que nos ameaça. Elaborar atitudes mentais positivas, associadas a reflexões profundas e decisões sábias, pode ser um bom caminho para tornar-se um vencedor.
Nenhuma dor dura para sempre! Todo problema tem solução. Por isso, não devemos entrar em pânico, tampouco nos entregarmos à prostração. Jamais devemos tomar decisões radicais em momentos de crise. Tudo passa, inclusive as crises da nossa vida e as dores da nossa alma.
Às vezes, algumas atitudes contribuem para piorar a situação. Murmurar, blasfemar, revoltar-se e desejar morrer em nada tornam a dor mais amena. Ao contrário, são estímulos para o sofrimento à medida que impedem que se tenha uma reflexão crítica sobre o momento difícil e, a partir de então, que se estabeleça um canal de diálogo com a vida, possibilitando novas perspectivas, nova esperança.
Levante a sua cabeça e dirija o seu olhar na direção do céu. De cabeça erguida, vislumbre, pela fé, as cores da vitória, adornadas sob a luz de um novo dia. Não há noite escura que resista à força de um novo alvorecer. Erga suas mãos para o céu. Sua vitória chegou!
Pastor Estevam Fernandes
Estevam Fernandes ingressou no Seminário Teológico de Recife (PE) ainda jovem, em 1976, influenciado pelo seu irmão, Eli Fernandes (atualmente também pastor). Em1980, ainda seminarista assumiu o cargo de pastor auxiliar temporariamente na Igreja de Ilhéus (BA). Atualmente pastoreia a Primeira Igreja Batista de João Pessoa (PB).
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