Você quantifica e valoriza o que Deus fez por cada um de nós?
Eu, durante muito tempo, participei da Santa Ceia do Senhor lembrando o que Jesus fez por nós na cruz. Assisti uma vez aquele filme do Mel Gibson “Paixão de Cristo” e, então, fiquei mais sensibilizado com a atitude de Jesus. Passaram-se alguns anos e fui a Israel, onde pude visualizar de perto o preço que Ele pagou pelos erros da humanidade. Mas foi quando eu entendi, verdadeiramente, na palavra de Deus, que não só a cena que Jesus passou por nós de sofrimento, mas sim a profundidade desse amor por cada um de nós, que, aí sim, consegui quantificar e amá-lo não só como uma forma de pagamento, de troca, mas como Ele é, um Pai, com uma paternidade incrível. Assim pude reconhecer-me na minha identidade verdadeiramente como um filho para com Ele.
Em Mateus 26:26-28, Jesus fala que derramou sangue para remissão dos nossos pecados, ou seja, Adão pecou e por esse pecado junto com Eva nós teríamos uma dívida impagável. Adão não completou, não cumpriu, o que Deus tinha colocado como responsabilidade sobre sua vida.
Mas Jesus, com Seu amor, veio em forma de homem e fez o que Adão deveria ter feito. Por isso que Ele é chamado de último Adão em 1 Coríntios 15:45, onde mostra que Jesus obedeceu a Deus até o final, cultivando e guardando tudo o que deveria fazer no propósito para o qual foi chamado. Ele se entregou como Cordeiro imaculado para pagar a nossa dívida e para nos fazer voltar a ter a possibilidade da vida eterna; a termos acesso e intimidade com o Pai, o que foi perdido, após a entrada do pecado.
A palavra “remir” no Latim é redimere, que quer dizer “adquirir de novo”, ou seja, Jesus através da Cruz nos tirou da escravidão e da morte do pecado para nos trazer vida eterna, dando-nos uma nova chance na nova Aliança da Cruz, no Evangelho da Graça, o favor imerecido, pois não merecemos, mas de graça recebemos esse perdão, o pagamento da dívida, e desfrutamos o privilégio da nova oportunidade que nos foi outorgada.
Outra demonstração de amor por nós é quando lemos o livro de Romanos 8:15, onde Paulo diz que temos o Espírito de Adoção, que mostra a nossa importância. No contexto referido nesse livro, Paulo escreve para os romanos e, naquela época, existia uma tradição chamada “Dias Lustricos”, onde a criança ficava até 9 dias sem nome e, no nono dia, era levada pela mãe até o pai, que podia escolher se a aceitaria ou a rejeitaria. Se houvesse algo que o Pai não o quisesse por qualquer motivo, a criança não era aceita. Mas ao contrário deste fato, nessa mesma época, o não dar muita importância para um filho biológico, muitas vezes, existia, em contrapartida à grande valorização e importância no processo de adoção, onde uma criança quando era adotada era muito valorizada, muito respeitada e não poderia mais revogar a adoção feita por essa criança. Ela era considerada para sempre desse pai, e vista com bons olhos por tudo e todos na sociedade, onde todos veriam que essa criança foi honrada, amada e, não por uma obrigação, mas sim por escolha própria do Pai que decidiu tê-la.
Por isso, quando a Escritura diz que recebemos um Espírito de adoção, devemos quantificar, valorizar mais uma vez nossa importância para Deus, um amor do maior e melhor Pai que decidiu nos escolher para nos ter com Ele. Quando olhamos para a cruz, vemos Jesus, filho de Deus, clamando “Pai por que me abandonaste”, mas ali Ele estava nos adotando.
Que Deus abençoe! Shalom!
Por Adriane Ferretti Salvitti, pastora da Igreja Apostólica Restaurando Nações - IARN Japão, palestrante nas áreas de saúde e espiritualidade fisioterapeuta e Health Coach
Rodrigo Salvitti, pastor da Igreja Apostólica Restaurando Nações - IARN Japão, palestrante na área de espiritualidade e fisioterapeuta.
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