Resultados das eleições: O que Deus espera de nós?

Não temos, a meu ver, o direito de torcer contra o país. Estamos todos num mesmo barco, mas é preciso entender e extrair lições importantes.

Fonte: Guiame, Alisson MagalhãesAtualizado: segunda-feira, 31 de outubro de 2022 às 16:35
(Foto: Piqsels)
(Foto: Piqsels)

"Procurai a paz da cidade para onde vos fiz transportar; e orai por ela ao Senhor, porque, na sua paz, vós tereis paz". Jeremias 29:7

Passada a chateação e revolta iniciais pelo resultado das eleições, que não é o que eu e quase metade dos brasileiros gostaríamos, é hora de refletir e enxergar nosso papel e responsabilidade para alinhar nossa reação ao que Deus espera de nós.

Não temos, a meu ver, o direito de torcer contra o país. Estamos todos num mesmo barco, mas é preciso entender e extrair lições importantes.

A Primeira é entender que numa democracia, perder faz parte do jogo, principalmente quando não se entende direito o jogo. O que nos resta é atender à recomendação de Deus e buscar a paz para o país, se quisermos tempos de paz.

A Segunda é que falamos e questionamos a mentalidade da geração atual - que quase unanimemente votou em Lula -, muitos inclusive filhos de muitos de nós que apoiamos Bolsonaro. Cabe, aqui, uma questão: Quem está criando essa geração? Somos eu e você, meu caro, e aqui reside, talvez, a reflexão mais importante que precisamos fazer: Onde está nosso legado? O que nossa vida está ensinando?

Se partirmos do pressuposto que o exemplo é um mestre poderoso, precisamos nos perguntar onde estamos falhando na transmissão de nossos valores para a nova geração.

Onde se quebraram os elos que imprimiam no coração de nossos filhos as nossas crenças mais fundamentais, aqueles valores que fazem de nós pessoas de bem?

Saímos de uma eleição (nós que perdemos) com uma sensação de desesperança e decepção que assolam nosso peito, com o sentimento de que toda uma geração corre perigo, mas também temos uma grande oportunidade aqui: a de olhar para dentro de nós com humildade para nos questionar e reencontrar os caminhos do coração desta geração.

Até lá, cabe-nos ser resilientes e orar pela paz de nossa querida nação, e pela sua prosperidade, entendendo que perder é um preço possível numa democracia.

Que Deus nos ajude e abençoe nosso Brasil.

Alisson Magalhães é Ministro Ordenado na Igreja do Nazareno, formado em Teologia pela Faculdade Nazarena do Brasil, professor de Teologia em cadeiras teológicas, pastorais e na área de música e adoração. Autor do livro Cristianismo 4.0 - Desafios para a comunicação cristã no século XXI, à venda pela Book Up Publicações. Atualmente serve com sua esposa, Elaine, como Pastor na Igreja do Nazareno em Otacílio Costa, na Serra Catarinense, onde também atua como jornalista e Secretário de Administração e Comunicação Institucional na Prefeitura de Palmeira/SC.

* O conteúdo do texto acima é uma colaboração voluntária, de total responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal Guiame.

Leia o artigo anterior: Inteligência emocional: O calcanhar de Aquiles de uma geração despreparada

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