Atenção: As crises financeiras globais e a Bíblia Sagrada

Atenção: As crises financeiras globais e a Bíblia Sagrada

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 9:50

De acordo com alguns estudiosos, a maioria das últimas crises financeiras no mundo aconteceram entre os meses de Setembro e Outubro (de acordo com o calendário judaico, estes são os meses onde é celebrado o Ano Novo Judeu - Rosh Hashaná). Isto é significativo, pois deve ser um tempo de reflexão e arrependimento em relação as nossas atitudes com o semelhante e com o planeta, como nossa casa comum.

Temos visto que a maioria das crises financeiras mundiais, começaram ora com fatores naturais (catástrofes naturais, atos terroristas, etc.), ora com fatores internos de países que aparentemente parecem seguros em sua administração financeira (ex. o último caso foi a quebradeira de bancos americanos fortes, por conta do crédito imobiliário facilitado nestas instituições). É visível também, que a maioria das crises não possuem fatores lógicos claros, portanto, tudo isso merece um tempo de nossa atenção e reflexão. Por quê isto esta acontecendo no mundo todo? E de que forma tudo isso, pode afetar cada um de nós? E ainda, qual a relação disso tudo com a Bíblia?

Precisamos pensar em pelo menos dois pontos relevantes nesta reflexão sobre as crises financeiras globais, e o que a Bíblia fala sobre o assunto, vejamos:

Globalização: O mundo todo está conectado entre si, isso faz parte do sistema globalizado. Os espaços foram reduzidos e já não há barreiras para a crise afetar o mundo todo de uma só vez. Uma nação sofre com a crise de outra nação, e torna toda crise sistêmica. Há sempre um efeito dominó diante de cada crise. A globalização não poupa espaços diante das crises. É por isso que um país “sem expressão” econômica, pode desencadear uma crise nas maiores economias mundiais.

Analistas Financeiros: Eles são os sacerdotes dos mercados mundiais, prescrevem e enfatizam teorias com base no “jugo” da especulação. A especulação tem sua base na ganância humana, e é por isso que o mercado financeiro fala muito sobre “negócios futuros” (derivativos = dinheiro virtual). A maioria dos negócios gerados nas bolsas de valores mundiais, estão baseados nesse mercado de futuro, isto é, em um dinheiro que ainda será gerado, ou em valores que na verdade não são reais no presente momento (é este fator que gera as famosas bolas de ar financeiras). A maioria das pessoas que investem na bolsa, acabam vendendo seus “ativos” (negócios saudáveis, reais e rentáveis a longo prazo), para entrarem em investimento de risco nas bolsas.

Certa feita ouvi um rabino dizer: “Os homens mais ricos do mundo, como Warrem Buffett e Bill Gates não fizeram o seu dinheiro na Bolsa de Valores, mas com trabalho duro e criatividade” - e creio que ele estava coberto de razão.

Neste aspecto, a natureza torna-se um ótimo professor para nos ensinar como olhar para as finanças e como perceber a sabedoria divina no trato com as riquezas. De acordo com a tradição judaica, a chuva é uma grande benção, mas apenas quando chove no “lugar certo e no tempo certo”. Isto é, chuva só é benção quando cai na terra semeada e arada.

O trabalho dado ao homem, ao contrário do que muitos pensam, não é uma maldição por conta do pecado original, mas uma grande benção. Deus abençoa o fruto do nosso trabalho. Nunca foi a intenção de Deus ter filhos que nada fizessem ou construíssem no mundo. Deus trabalha pelo nosso trabalho. Deus valoriza com suas dádivas aquilo que fazemos e produzimos.

Todas as vezes que chove, o agricultor olhar para o céu, pois de lá vem a esperança da próxima safra. O verdadeiro sustento vem de Deus, pois sem ele aquilo que plantamos e produzimos não pode ser multiplicado pela “sua”chuva. Não temos ingerência sobre o céu, apenas sobre a terra, mas é o que vem do céu que é essencial para o crescimento. Temos apenas autoridade sobre a semente, mas não sobre a multiplicação dela.

Ao contrário do que pensam os banqueiros e bilionários do mundo todo, o controle das finanças globais ainda está nas mãos de Deus, o homem não é dono de nada, pois o mesmo não pode garantir a segurança “eterna” de seus bens e finanças. Dinheiro em hebraico, é também traduzido por sangue (hb: damim). O acúmulo desproporcional de bens é um grande insulto contra Deus. “Ter muito dinheiro”, assim como não querer ter “dinheiro nenhum” é uma grande falta de fé em Deus. É por isso que o salmista diz: “Foi-me bom ter sido afligido, para que aprendesse os teus estatutos. Melhor é para mim a lei da tua boca do que milhares de ouro e prata.” (Sl 119:71-72).

Concluo dizendo que as coisas mais monumentais que podemos fazer são falíveis, e o mercado financeiro é limitado e frágil. Deus ainda é a única coisa onde podemos DEPOSITAR nossa confiança, até mesmo em momentos trágicos e de grande dor. Nossa serenidade e equilíbrio emocional não podem estar na mão do mercado global, mas na mão do Criador de todas as coisas.

Bruno dos Santos   é Diretor do VidaSat Comunicações, Coordenador Geral da CIA (Coalizão das Igrejas Apostólicas) e pastor da Igreja Vida Nova em São Paulo. Escritor e Conferencista, é formado em Teologia com especializações em Novo Testamento e Liderança. Casado com Silvia Regina, é pai do Lucas, da Laís e da Ana Luiza.  

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