Aproximadamente a duas décadas atrás começou a história de uma empresa que revolucionaria o nosso jeito de usar a internet. Larry Page e Sergey Brin, na época, dois estudantes da universidade de Stanford nos Estados Unidos, começaram algo que provavelmente eles não tinham noção do quão gigante seria aquela idéia e quais caminhos ela ajudaria a trilhar nas descobertas de quem a usasse. A partir de então, Google.com tornou-se o endereço mais conhecido e acessado do mundo virtual, onde milhões de pessoas encontram respostas para dúvidas e problemas dia após dia. É fonte de informação, pesquisa, notícias e curiosidades de todo tipo.
Inicialmente, o projeto foi chamado de Backrub, para em 1998 ser registrado oficialmente como Google - o nome vem da palavra "googol", que corresponde a um termo da matemática que designa um número 1 seguido de 100 zeros, e então a empresa tornou-se em pouco tempo o maior site de busca na internet lá nos idos do ano 2000.
A questão é que o Google é um empreendimento sério, feito, mantido e constantemente aprimorado por um time altamente qualificado de engenheiros e cientistas da computação. O nome Google ou o termo "googlar" não virou sinônimo de busca por uma jogada de marketing ou por um simples modismo, mas sim por se focar naquilo que oferece: a busca de informações que ajudam as pessoas. Um dos lemas da companhia é o slogan; "Don't be evil" (não seja mau). Todo funcionário deve primar pela ética, bom senso e apoiar toda iniciativa que ajude e desenvolva melhoras para os usuários da ferramenta Google.
O mundo das informações na internet é tão complexo e abrangente, tão rico e diversificado, que seria impossível usar a internet sem um bom site de busca. O Google atualiza sua base de informações diariamente e sua eficiência de armazenamento é impressionante, uma vez que após um assunto estar na mídia, podemos consultar o Google sobre esse fato em qualquer computador do mundo para obtermos os links que nos levarão para a informação mais recente sobre aquilo que estamos consultando. Para se ter uma idéia da abrangência de uma ferramenta como o Google, na noite de 25 de Junho de 2009, a morte do cantor Michael Jackson foi consultado no site do Google perto de 1 bilhão de vezes, a ponto de ficar incapacitado por algumas horas de responder a quantidade de acessos. Naquele dia a mídia tradicional, tvs, rádios, etc, ficaram reféns dos sites e obviamente do google em sua pesquisa sobre a morte do cantor.
A TEOFANIA DO GOOGLE
Teofania é um conceito de cunho teológico que representa a manifestação de Deus em algum lugar, pessoa ou coisa. Este conceito foi estabelecido para explicar manifestações sobrenaturais que causaram espanto e contemplação em indivíduos que estabeleceram um relacionamento com Deus sem os pressupostos religiosos.
A partir deste conceito de Teofania pude perceber muitas características, obviamente numa dimensão menor, que fazem do Google uma ferramenta quase teofânica, uma espécie de Sarça Ardente do século XXI. A partir do Google podemos perceber conceitos presentes apenas no princípio divino ou na pessoalidade de Deus. Vejamos:
O google é uma idéia muito próxima do que chamamos de onisciência divina, pois é o maior banco de informações armazenadas do planeta, o Google hoje é um amontoado de mais de 9,5 bilhões de documentos on-line.
O conceito da onipresença parece ser uma das outras características do Google, assim como o conceito que temos de Deus que pode ser acessado de qualquer lugar do planeta, desde que haja "sinal" para esse acesso.
O Google além de imortal, por não ser orgânico, pode considerar-se também infinito, é necessário apenas que mais computadores se conectem a ele e acrescentem mais e mais informações aos seus algarítimos que estão espalhados entre os seus servidores.
O que isso tudo significa? Que o Google pode ser uma ótima inspiração para a nossa espiritualidade. Que na verdade o princípio que organizou e desenvolveu o Google pode ser o princípio que desenvolverá o nosso jeito de divulgar e contextualizar melhor o Cristianismo.
Durante anos cristãos lutaram e pensaram em uma filosofia, a qual chamamos hoje de apologética, que gerasse respostas para as mais difíceis perguntas existenciais. Perguntas do tipo; Por que existo? Deus existe? Quem é Deus? Foram e são temas que traduzem anos de debate, identidade, e principalmente uma profunda e sincera busca interior. Assim como o Google, a fé cresce e se desenvolve com base nesse anseio, nessa busca existencial de propósito e razão das coisas. O mais interessante é que o Google não possui respostas para essas perguntas. O "buscador" indica os caminhos e a pessoa inicia uma "jornada" em direção as repostas que procura. Isso também é o que temos de mais próximo com a proposta de Jesus nos evangelhos, a proposta do "IDE".
Fiquei admirado ao descobrir que quando digitamos a palavra "preciso" (em língua portuguesa), os complementos (aquelas palavras posteriores que aparecem abaixo do quadro da busca) estão relacionados com: preciso me encontrar, preciso mudar, preciso dizer que te amo, preciso de você, preciso de Deus, preciso desabafar..., ou seja, as pessoas acessam um buscador para resolver seus problemas existenciais e encontrar saídas para seus problemas pessoais. Isso é uma boa informação de alerta, mostrando que mais do que o Google, as pessoas precisam de Deus. Pense nisso...
Bruno dos Santos é Diretor do VidaSat Comunicações, Coordenador Geral da CIA (Coalizão das Igrejas Apostólicas) e pastor da Igreja Vida Nova em São Paulo. Escritor e Conferencista, é formado em Teologia com especializações em Novo Testamento e Liderança. Casado com Silvia Regina, é pai do Lucas, da Laís e da Ana Luiza.
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