Graças a Deus pela fraqueza do pastor

Graças a Deus pela fraqueza do pastor

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:03
pastorHavia uma tensão na igreja de Corinto! A igreja desta cidade estava dando guarida para falsos pregadores e questionando a autoridade do Apóstolo Paulo. Porém ao ser questionado Paulo, em humildade, fala de sua fraqueza, leia o texto antes, clicando na referência: 2 Coríntios 12:1-14
 
Paulo afirma que Deus lhe entregou um espinho na carne, e que Deus entregou para humilhá-lo. Ele agora se gloria nas suas fraquezas, pois quando ele é fraco, ai é que ele é forte. O que podemos aprender com Paulo nesta passagem?
 
1. Paulo não queria tietagem, nem fã clube gospel:
Paulo diz que não convém ficar falando de suas revelações. Ele sempre tomou precauções para que as pessoas não se aproximassem do evangelho por causa dele. Por isso que ele fala de Cristo crucificado, e só. Ele sabe que não convém ao ministro se gloriar de determinadas coisas, mesmo que verdadeiras. Devemos nos preocupar em não fazer discípulos de si mesmos, mas discípulos de Jesus. A revelação de Paulo havia ocorrido 14 anos antes. Isso nos ensina que ele não possuía revelações todos os dias, constantemente.
 
Paulo também fala de si mesmo na terceira pessoa, mostrando humildade e relutância. Ele evita por os holofotes sobre si. Ao contrário de muita gente que vai de igreja em igreja dando testemunhos sobre o que viu e sobre o que lhe foi revelado, Paulo não sai contando sua experiência como um troféu. A preocupação de Paulo é que ele não seja colocado em uma posição que a ele não pertence. Raramente um pastor que conhece as Escrituras faz referências de si mesmo. Por isso hoje temos ministérios baseados em personalidades, e não na Palavra de Deus.
 
2. Paulo sabe que situações de humilhação “as vezes” servem como princípio pedagógico, e não necessariamente como “levante satânico”
Quando volta da presença dos anjos dos céus, existe um anjo do diabo esperando por ele. Ele poderia estar se referindo a uma aflição física ou uma aflição de natureza espiritual. Sabemos que era alguma coisa extremamente dolorosa. A palavra “espinho” era usada para as estacas que eram introduzidas nos corpos de condenados para produzir uma morte lenta e agonizante.
 
O que podemos perceber é que era algo humilhante, este mensageiro de satanás foi mandado para o “esbofetear”, que é uma referência àquele tapa que você dá com as costas da mão. Era uma ação maligna que tinha como objetivo produzir dor e humilhação do apóstolo Paulo. Mas podemos ver é que o propósito de Deus era que Paulo não se exaltasse. Ele orou por três vezes. Não é errado pedir a Deus para que ele te livre do sofrimento e da humilhação. O problema é o falso evangelho que diz que a vontade de Deus sempre é fazer você se sentir bem e te fazer feliz. Aprendemos também que Deus nem sempre responde, que o silencio também é resposta e que quando ele responde, talvez não seja como nós esperamos. É preciso mais fé para dizer “seja feita a tua vontade” do que para dar ordens a Deus.
 
3. Paulo diz que quando a fraqueza do homem é evidente, a Graça de Deus se torna visível.
Paulo nos ensina que a intenção de Deus não é nos fazer grandes, fortes e poderosos, mas fieis. Infelizmente temos o hábito de julgarmos as pessoas que contam experiências sobrenaturais como “especiais”. Mas na verdade qualquer testemunho por mais extraordinário que seja deve apenas evidenciar a Graça de Deus.
A compreensão de Paulo é que o pastor bem sucedido não é aquele que possui muitos bens, posses ou fama ministerial, mas alguém que permanece fiel diante de Deus.
 
Não havia nenhuma falha de caráter em Paulo para “merecer” este espinho, este enviado de Satanás. A dor e o sofrimento em Paulo apenas tornavam evidente a Graça de Deus em Paulo. Ele queria deixar claro que nada acontecida por conta de Paulo, mas de Deus. Paulo não roubava a glória de Deus em nenhum momento do seu ministério, de seu testemunho ou de sua pregação. Para Paulo a humilhação que sofria mostrava que ele mesmo não tinha necessariamente poder para si mesmo, pois suas orações não surtiram efeito pessoal, portanto tudo que acontecia na vida de Paulo fazia parte da Graça de Deus. 
 
Paulo poderia se engrandecer dado o nível da revelação que ele teve. Esta situação mantinha Paulo com os pés no chão. Deus está mais preocupado em formar em mim um caráter do que no meu bem estar. Infelizmente não podemos ter virtudes cristãs sem algum nível de sofrimento. As vezes precisamos abrir mão de facilidades, para possuir verdadeira felicidade. Deus não existe para me fazer feliz, mas filho do Altíssimo.
 
 
- Pr. Bruno dos Santos
 

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