Quando Jesus visitou o TEMPLO em Jerusalém (João 2:15), não pegou em nenhum instrumento musical para cantar louvores, Ele não tomou uma bíblia nas mãos para pregar um versículo, Ele não emprestou de alguém um véu para orar, Ele simplesmente pegou um AZORRAGUE (chicote) e, tomado de indignação, com ele expulsou vendilhões do templo, exploradores da fé, comerciantes da religião.
Portanto, Jesus esperava encontrar uma “Casa de Oração”. O seu zelo pelas demandas que envolviam Deus não aceitou este tipo de comercialização da fé. O Templo havia se transformado numa grande loja de holocaustos, pedidos egocêntricos, reuniões de negócio, conferências de empoderamento social, de negociatas e comercialização da culpa, do medo e da ganância.
O TEMPLO virou um negócio pernicioso. E o remédio não foi pregar, ou conscientizar em “amor”, mas usar um AZORRAGUE no lombo dos que lideravam estas coisas. Veja bem, o TEMPLO deve ser um lugar de serviço ao próximo sempre. Um lugar de atendimento espiritual, emocional e social, um lugar de oração, intercessão e ação pelo outro. Um lugar onde podemos e devemos buscar ajuda, um lugar para encontrar restauração e não acusação, um lugar de enxergar no outro o próximo como referência de Deus.
O TEMPLO jamais será uma igreja, pois a igreja são as pessoas. Somos a igreja e vamos ao templo. O TEMPLO é o lugar onde reunimos e enxergamos a IGREJA DE DEUS agindo. Se não há nada disso no templo, então o templo é só uma loja da religião, é negócio eclesiástico, não possui nada que alimente a alma e engrandeça o espírito. É através do serviço que Deus fala. Sempre foi assim. Uma igreja/templo que não serve, não serve pra nada! Uma igreja/templo que só comercializa a fé, não serve. Uma igreja/templo onde se fala mais em MAMOM (riquezas) do que em Jesus não serve. Uma igreja/templo que não se coloca como fonte de ajuda ao necessitado não serve. Então penso que é com um chicote que Jesus há de começar a restaurar a sua igreja/templo! Portanto para nós líderes (usando uma expressão bem profética), cabe “cingir os lombos” esperando as devidas chibatadas, e jamais confundir em nossa reuniões ministeriais que Jesus ama a sua IGREJA (pessoas), mas abomina a falta de ética dos TEMPLOS (estruturas). Que Deus tenha misericórdia de todos!
Por Bruno dos Santos, Teólogo, Escritor, Lifecoaching e Palestrante nas áreas de Espiritualidade, Liderança e Autogestão.
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