Os 5 principais erros teológicos da modernidade

Os 5 principais erros teológicos da modernidade

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 9:07

 

pastorInfelizmente, hoje é bastante comum vermos ensinamentos errados ocorrendo dentro da igreja. Doutrinas destrutivas que se fundiram juntamente com o Evangelho e desorientaram pessoas, fiéis inocentes, criando este estado apático que encontramos na maioria das igrejas.
 
Estes ensinos entram na igreja de muitas maneiras, produzindo desequilíbrio teológico, emocional, e principalmente espiritual. As vezes a verdade é ensinada de maneira exagerada indo além do texto, as vezes é ensinada de maneira obscura, retendo a sua essência, e isso faz mais mal do que bem.
 
Isso faz com que a mente das pessoas fiquem vulneráveis e expostas à pseudo-verdades, as coisas se tornam relativizadas pelo contexto, pela condição social ou emocional, enfim, a Palavra de Deus acaba senso utilizada como pretexto.
 
Paulo nos advertiu sobre estes dias, ele disse:
“Pregue a palavra, esteja preparado a tempo e fora de tempo, repreenda, corrija, exorte com toda a paciência e doutrina. Pois virá o tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, sentindo coceira nos ouvidos, segundo os seus próprios desejos juntarão mestres para si mesmos. Eles se recusarão a dar ouvidos à verdade, voltando-se para os mitos. Você, porém, seja sóbrio em tudo, suporte os sofrimentos, faça a obra de um evangelista, cumpra plenamente o seu ministério. (2 Timóteo 4:2-5).
 
Muitas igrejas tem se transformado em fábricas de ilusões. Não estão ensinando  sobre a fé, mas vendendo uma falsa ilusão, em um deus distante do Deus das Escrituras. Milhares de pessoas estão sucumbindo a estes ensinos, por isso é crucial identificarmos estes erros. Esta lista pode ser bem maior do que a que cito aqui, mas agora quero expor 5 erros infiltrados na igreja de hoje.
 
1) Ênfase excessiva na teologia do sucesso.
A maioria das igrejas não estão apenas motivadas pela prosperidade financeira, mas pela idéia de que o cristão terá o melhor desta vida secular, e não sofrerá dano nenhum.
Sabemos que Deus não é contra a idéia do crente ter dinheiro, mas é contra a idéia do dinheiro ter o crente. Estas igrejas estão promovendo a ganância, o acúmulo, o ganho financeiro acima dos princípios morais, como se toda a relação com Deus fosse apenas uma troca de mercadoria, de valores. Estão esquecendo do pobre, do necessitado, da viúva. A maioria das igrejas não produz quase nada em termos de ação social, quando comparadas com a aquisição de programas de tevês, rádio, megatemplos. Usando pessoas para alcançar coisas, e não o contrário.
Além disso, vendem a idéia de sucesso em tudo, como se crente não ficasse doente, não passasse por provações, por dificuldades. Estão julgando a espiritualidade de uma pessoa pelo carro que ela tem, pela casa que ela tem, como se estas coisas pudessem ser um aferidor da fé de uma pessoa.
 
2) Ênfase excessiva na liberdade da Graça
Sabemos que não vivemos mais pela condição da Lei, pelo rigor da Lei, pela ênfase no fazer, mas há um veneno tão ruim quanto o rigor da Lei, que é a liberdade exagerada da Graça. Isso tem gerado gente morna na igreja!
A liberdade exagerada da Graça alivia as consequências do pecado. Pregam um Deus de amor que nada condena, que nada julga, que nada avalia. A igreja tem dado através dessa ênfase, uma licença para a imoralidade.
Baseados nessa liberdade excessiva, muitos pregadores, líderes e membros da igreja de Cristo, estão justificando seus erros, seus desvios de caráter, apresentando o amor de Deus de uma forma tão exagerada que esse amor vira indiferença diante das ações contrárias aos princípios morais do Evangelho. É como se a maior parte das Escrituras não se aplicasse aos crentes da Nova Aliança.
Ser salvo pela Graça não é de Graça, custou o sangue do Filho de Deus. Sabemos que Cristo morreu por todos os pecados, porém, isso não me dá liberdade para continuar em pecado. Sempre me convertendo, sempre confessando, sempre melhorando. As pessoas parecem não estar mais conscientes dessa verdade. Afinal, não é o Espírito Santo que nos convence da justiça, do pecado e do juízo?
Será que estamos vivendo um tempo em que vale tudo dentro da igreja? Ser salvo pela Graça não significa estar livre da Lei, mas ir muito adiante dela.
 
3) Ênfase excessiva no divinização do homem
A maioria das pessoas estão olhando mais o homem de Deus, do que o Deus do homem. Este é outro grave perigo dentro da igreja. Palavras como ungido, homem de poder, oração forte, profeta de Deus, estão sendo usadas sem nenhum critério bíblico. 
Pessoas estão se auto-intitulando apóstolos, profetas, mestres, sem observar a responsabilidade destas funções. Usam isto apenas como um título hierárquico, e não como uma função ministerial que é completada e completa outras tão necessárias.
Eles vendem a idéia de que suas igrejas, seus ministérios e suas orações são mais poderosas que todas as outras. Eles promovem sobre si, dentro do sistema centralizador na imagem do líder, uma espécie de idolatria. A única diferença é que o ídolo não é de barro ou gesso, mas de carne e osso.
Há uma ênfase nas obras destes homens, seus testemunhos, sua história, como se isso fosse mais importante que a cruz e o Cordeiro de Deus.
 
4) Ênfase excessiva na revelação profética
Devemos sempre nos lembrar que o primeiro intérprete da Bíblia foi a serpente. E ela começou adulterando a fala divina, acrescentando palavras na boca de Deus, que ele não disse.
Infelizmente hoje é comum assistirmos até mesmo pela tevê, cultos que não dizem nada em relação a Palavra de Deus, nem mesmo a bíblia algumas destas pessoas levam para as suas reuniões. A palavra de Deus parece não ser necessária em alguns meios. Apenas a palavra da revelação profética.
Cria-se um ambiente, um clima, altera-se a emoção para ouvir a última revelação divina. É claro que Deus faz uso da profecia, dos sinais, das maravilhas para edificar a nossa fé, para desenvolve-lá, mas tudo isso é permeado pelo ensino centrado na Palavra de Deus. Revelação sem referência na Palavra, sem base bíblica não é profecia, mas adivinhação.
 
5) Ênfase excessiva na salvação universal
A doutrina chamada universalismo está cada vez mais forte entre as heresias do momento. Ela é baseada na idéia de que no final Deus irá salvar todo mundo. A própria rejeição à ideia do inferno é um sinal do universalismo. Não existe mais a preocupação com o inferno e com a Ira de Deus como consequência final e eterna aos perdidos.
Pastores de renome e até alguns teólogos estão abraçando estas doutrinas para levar a igreja para um caminho tortuoso. Eles defendem a idéia de que não precisamos nos arrepender, pois como todos morreram em Adão, em Jesus todos viveremos (Rm 5:12-21), e que Cristo reconciliou todas as coisas a Ele (Cl 1:20). É uma doutrina que ganha adeptos a cada dia no mundo.
 
Não deixemos o erro permanecer dentro da igreja. Se um seguidor do cristianismo pode se mundanizar, vários seguidores também podem, e aquele grupo estará dentro de um sistema mundano, e sabemos pelas Escrituras que o mundo está sobre o poder do Maligno. Como disse João:
 
“Sabemos que somos de Deus e que o mundo todo está sob o poder do Maligno. Sabemos também que o Filho de Deus veio e nos deu entendimento, para que conheçamos aquele que é o Verdadeiro. E nós estamos naquele que é o Verdadeiro, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna.” (1 João 5:19-20)
 
Portanto um grupo dentro de um sistema mundano, mesmo sendo uma igreja institucional, é um grupo controlado pelo poder do Maligno. Devemos abrir nossos olhos e tomar cuidado. Você é uma pessoa inteligente. Lembre das palavras de Jesus e fique com elas no seu coração: 
 
“Se o Senhor não tivesse abreviado tais dias, ninguém sobreviveria. Mas, por causa dos eleitos por ele escolhidos, ele os abreviou. Se, então, alguém lhes disser: ‘Vejam, aqui está o Cristo! ’ ou: ‘Vejam, ali está ele! ’, não acreditem. Pois aparecerão falsos cristos e falsos profetas que realizarão sinais e maravilhas para, se possível, enganar os eleitos. Por isso, fiquem atentos: avisei-os de tudo antecipadamente.” (Marcos 13:20-23)
 
 
- Pr. Bruno dos Santos
 

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