OS DOIS CAMINHOS - E os muitos caminhantes

OS DOIS CAMINHOS - E os muitos caminhantes

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 9:58

Olhe bem para este quadro, e perceba suas características:

  O antigo quadro chamado: "os dois caminhos" era quase unânime nas casas dos protestantes nas décadas de 50 e 60 no Brasil. Uma gravura que trazia uma mensagem espiritual para todos. Basicamente são dois caminhos opostos que saem de uma mesma estrada. O quadro simbolizava a decisão que na caminhada da vida, num determinado momento, a pessoa deveria tomar.

Um dos caminhos é estreito, de abstenção e sacrifício, de fidelidade e justiça, mas que leva diretamente para o céu. O outro é um caminho largo, cheio de prazeres e mundanismo, mas que conduz ao fogo eterno. Um olho que enxerga tudo o que acontece nos dois caminhos, não possui pálpebras, pois ele jamais dorme. Simboliza a visão de Deus sobre a impiedade e a santidade das escolhas humanas. Segundo estudiosos e sociólogos, a primeira impressão da idéia deste quadro (ele foi sendo alterado ao longo das décadas) aconteceu em Londres em 1856, intitulada de: Two way of life.

O fato é que de lá pra cá, muita coisa mudou, tanto no mundo, quando na igreja. E o quadro tomou outras proporções. Ao analisar o quadro diante do que vemos acontecendo hoje no meio evangélico, temos certeza que já não saberíamos definir que caminho alguns evangélicos estão tomando.

A mente evangélica está conformada com um evangelho que não prega mais a abstenção, senão a aquisição de bens, como prova de bem-aventurança. A multidão passa a ser o alvo da maioria das igrejas, não importando se eles são transformados a imagem e semelhança de Deus.

O show gospel mudou de lado, e algumas igrejas se transformaram em verdadeiros cassinos cristãos, onde tudo se faz por um pouco mais de dinheiro. Já não se pensa mais no, certo ou errado? Mas no resolve ou não resolve? Tudo está relativisado e os caminhos já estão confusos pra muita gente.

Na pobreza do cenário gospel, o quadro torna a ser uma lembrança de que o Evangelho não mudou, quem mudou fomos nós, e mudamos pra pior. Sempre que o vejo reconforto o meu coração com a seguinte reflexão: "O estreitamento do caminho de Deus, nos serve para o alargamento de nossas metas espirituais, quanto menos ajuntarmos aqui, mais teremos lá, e isso não é um voto à pobreza, mas um chamado a consciência verdadeiramente cristã". Bruno dos Santos   é Diretor do VidaSat Comunicações, Coordenador Geral da CIA (Coalizão das Igrejas Apostólicas) e pastor da Igreja Vida Nova em São Paulo. Escritor e Conferencista, é formado em Teologia com especializações em Novo Testamento e Liderança. Casado com Silvia Regina, é pai do Lucas, da Laís e da Ana Luiza.

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