Os pequeninos assassinos de nossos dias

Os pequeninos assassinos de nossos dias

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:25

Histórias de crianças que cometem assassinatos ou crimes, é mais comum do que imaginamos. Infelizmente estamos vivendo em um mundo infestado de violência, cheio de incoerências sociais. E obviamente as crianças tornam-se presas fáceis desse sistema grotesco.

Assistimos a mais um caso absurdo de uma criança de 10 anos, cursando o 4 ano primário, que atirou na professora e depois se suicidou, na cidade de São Caetano do Sul, em São Paulo. Abalados, educadores e pais se perguntam por quê? O quê levaria uma criança a cometer essa barbaridade? Parece que a resposta é mais simples do que imaginamos: O convívio diário com o descaso da vida e a violência como linguagem comum em nossos dias são o adubo deste sistema cruel.

Violência faz parte do dia a dia das crianças. Noticiários, filmes, e porque não falar dos vídeo games? Será que não prevíamos que a médio-longo prazo, a constituição psicológica destas crianças seria abalada?

De quem é a culpa? Do pai ou da mãe? Não creio! A culpa é do sistema que aceitamos e introduzimos dentro de nossos lares, sem nenhum tipo de critério ou avaliação, e expomos nossas crianças à ele, sem qualquer tipo de defesa ou proteção.

Escolas deixaram de ensinar princípios de moral e bom costume, os educadores estão impedidos de chamar a atenção das crianças, sua autoridade está desmoralizada por conta de uma política de “proteção ao menor” que o joga no fundo do poço existencial, os pais não são capazes de conter toda a demanda que sobre eles é jogada, e pra ajudar, a “lei da palmada” é defendida com toda a força por pessoas que acham as crianças incapazes de fazer mal. Pra definir, é o seguinte: O sistema ruiu e as crianças são as vítimas mais eficazes deste sistema. Seus crimes chocam pela frieza e crueldade, sinais estes que acreditamos existirem apenas nos mais vis assassinos, jamais em uma crianças. Ledo engano, estamos fadados a uma sociedade patologicamente doente, se não mudarmos nossos conceitos e princípios. Drogas, sexo, violência, fazem parte do dia a dia das crianças desde a sua mais tenra idade. Pais, políticos, psicólogos estão amedrontados com estes sinais apocalípticos. A desestruturação da família e a perda de valores absolutos e verdades fundamentais criou uma sociedade suicida, que mata e que se mata. Neste caso, somos vítimas e réus com mártires como este menino de 10 anos de São Caetano do Sul. Que Deus tenha misericórdia de nós, do Brasil e do mundo todo que sofre estas notícias toda semana.

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