Repreender os filhos. Até que ponto os pais podem chegar?

Repreender os filhos. Até que ponto os pais podem chegar?

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:38

Hoje é comum escutarmos sobre violência doméstica nos noticiários. Precisamos de leis que incentivam o diálogo e não a violência, mas eximir os pais da possibilidade de corrigir os filhos através de um “corretivo no bumbum”, chega a ser um disparate. A questão que quero levantar é sobre a famosa “Lei da Palmada. O projeto, que ficou conhecido como “lei da palmada”, se propõe a alterar o artigo 18 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Nele, fica proibido o uso de castigos corporais de qualquer tipo na educação dos filhos. O castigo corporal é definido como “ação de natureza disciplinar ou punitiva com o uso de força física que resulte em dor ou lesão à criança ou adolescente”.

É claro que espancamento é crime, seja dos pais ou de quem quer que seja, mas a palmada jamais pode ser enquadrada neste artigo. A grande maioria das pessoas sabe a exata diferença entre a palmada e o espancamento. A palmada tem uma função educativa, enquanto que o espancamento pressupõe a violência. Chamar pais que educam seus filhos com palmadas de criminosos é um acinte.

Vivemos em um época, em que as tradições estão sendo atacadas sistematicamente, e hoje fica cada vez mais difícil a educação adequada dos filhos diante de tantas barreiras, o estado muitas vezes legisla sobre questões que não lhe compete legislar. Neste caso, os limites dados pelos pais aos filhos, através de uma palmada corretiva.

Gostaria de deixar alguns pontos para a reflexão dos pais que encontram dificuldades na educação dos filhos, e como usar a palmada corretiva de maneira adequada?

É preferível ensinar seu filho(a) sobre as coisas certas e erradas antes que ele(a) cometa esses erros, do que repreendê-lo(a) depois do erro cometido.

Ensine seu filho(a), de que eles são filhos de Deus, e portanto precisam ter um compromisso não somente com os pais naturais, mas também com o Pai Espiritual. Mesmo que os pais naturais não estejam por perto. Deus está com eles onde estiverem e vendo tudo o que fazem.

Filhos(as) maiores de 12 anos já não podem mais receber corretivo físico, pois eles possuem plenamente suas capacidades intelectuais. “Portanto, mais vale uma boa repreensão para alguém inteligente, do que cem palmadas para um tolo.”

O corretivo físico só deve ser tomado com o objetivo estritamente educacional. Jamais os pais poderão bater nos filhos como vítimas de mal humor ou problemas outros. Neste caso o filhos saberá que está apanhando pelo mau humor ou nervosismo, e não porque ele errou, isto é uma grande injustiça contra as crianças.

Devemos tomar o cuidado de não bater nos filhos(as) em lugares do corpo que prejudicam sua saúde. O “bumbum” foi anatomicamente desenvolvido com essa finalidade.

Ensine sempre o seu filho que tudo o que não é dele, é da propriedade de alguém e que é proibido pegar, que precisamos fazer uso de uma linguagem correta e bonita, e que é necessário orar ao acordar e ao dormir para termos um dia abençoado

Estes pequenos passos podem ajudá-lo(a) a melhorar o comportamento do seu filho(a).É importante salientar que devemos educar nossos filhos desde pequenos, através do diálogo e da explicação das coisas, e que é permitido a “palmada corretiva” até uma certa idade e com o único intuito de educar, concluindo que os pais devem ter controle emocional nestas horas para não tornar essa atitude antieducacional e maléfica.

Quanto a “lei da palmada”, mais uma vez o Congresso age desmoralizando a democracia neste país. O Congresso não tem a capacidade de desautorizar os pais, mesmo porque eles são incapazes de lidar com os criminosos já existentes. Não precisamos de mais jovens inconsequentes porque não receberam a educação adequada.

Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele. (Pv 22:6)

Bruno dos Santos   é Diretor do VidaSat Comunicações, Coordenador Geral da CIA (Coalizão das Igrejas Apostólicas) e pastor da Igreja Vida Nova em São Paulo. Escritor e Conferencista, é formado em Teologia com especializações em Novo Testamento e Liderança. Casado com Silvia Regina, é pai do Lucas, da Laís e da Ana Luiza.  

Este conteúdo foi útil para você?

Sua avaliação é importante para entregarmos a melhor notícia

Siga-nos

Mais do Guiame

O Guiame utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência acordo com a nossa Politica de privacidade e, ao continuar navegando você concorda com essas condições