Ser evangélico, estar evangélico, viver o evangelho

Ser evangélico, estar evangélico, viver o evangelho

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:29

Muitas pessoas hoje se autodenominam evangélicas. Mas o que isso quer dizer? Ser evangélico significa fazer parte de um segmento social, de uma classe religiosa ou viver compromissado com princípios bíblicos? Existe muita diferença entre estas três realidades de expressão religiosa. Vejamos de maneira mais explícita.

Tipo 1: Ser evangélico.

Alguém que se identifica com uma segmento religioso. Procura as aparências, a experiência, mas jamais um compromisso de mudança interior. Seu arqui-inimigo é o Diabo, adora participar de seminários de libertação espiritual, amarrando, destronando e decretando vitória sobre o Maligno. Gosta quando o pregador "desenrola o manto" e fala em "mistério", mas vive sempre na "misericórdia" de Deus. Boa gente, mas muito inocente, geralmente levado por vários ventos de doutrinas. Acredita que Deus é evangélico e que todas as pessoas que não são evangélicas são instrumento do capeta. Não ouve rádio que não seja "crente", e televisão, só se forem programas de conteúdo bíblico. A maioria é alienado ao que acontece fora do “arraial gospel”. E acreditam que  o Silas Malafaia seja o maior e melhor pregador de todos os tempos!

Tipo 2: Estar evangélico.

Alguém que nunca defendeu nenhum tipo de religião, mas encontrou no mercado gospel um espaço para vender seus produtos. Cd's, coletâneas, camisetas, enfim, todo tipo de badulaque. Cantores da década de 80 e 90, jogadores de futebol, pagodeiros, dançarinos e atores pornôs que tentam dar uma “guinada” na sua carreira e reputação se filiando com "igrejas marqueteiras", onde um usa o outro para trazerem público e prestígio (????) para a denominação. Mal se convertem e já são alçados a pregadores e "testemunhadores" profissionais. Vivem disso e as vezes cobram "cachê" para contarem o milagre da sua conversão. São tratados como celebridades pelos crentes desavisados, e os holofotes devem estar sobre eles. Quando caem no ostracismo novamente, geralmente deixam a denominação, a igreja e Jesus, pois nunca mantiveram um compromisso real com ninguém a não ser consigo mesmos.

Tipo 3: Viver o Evangelho

Este é o crente que possui compromisso com o Senhor. Que sabe que a salvação é um processo doloroso de transformação e mortificação pessoal. Seu arqui-inimigo é ele mesmo, que tentado pelas paixões e vontades, vence pela fé e pelo uso da Graça de Deus em sua vida. Não cultua homens, mas Deus. Sabe que homens são meros instrumentos, e que a experiência deve sempre estar atrelada a Palavra de Deus. Mesmo tendo prejuízo, cumpre a sua palavra, pois é sim ou não. Sua fé não é "bipolar", pois conhece Aquele em quem tem crido. E portanto mesmo diante de dificuldades e obstáculos não esmorece. O Diabo, na maioria das vezes é um instrumento de aperfeiçoamento e descoberta de seu próprio caráter. Sabe que apesar da fé e do conhecimento bíblico é total dependente de Deus em tudo, e que não há nada dele do que se deve gloriar a não ser o fato de ser Filho de Deus. Seu compromisso é com a Palavra de Deus e com os princípios da fé. Reconhece que muito mais do que uma religião, Jesus deixou um estilo de vida.

Bruno dos Santos   é Diretor do VidaSat Comunicações, Coordenador Geral da CIA (Coalizão das Igrejas Apostólicas) e pastor da Igreja Vida Nova em São Paulo. Escritor e Conferencista, é formado em Teologia com especializações em Novo Testamento e Liderança. Casado com Silvia Regina, é pai do Lucas, da Laís e da Ana Luiza.  

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