Onde é mesmo que se compra o “grãozinho de mostarda”?

Fico tentando resolver as situações racionalizando, sublimando, espiritualizando, psicologizando, teologizando, psicoteologizando...

Fonte: Guiame, Clarice EbertAtualizado: sexta-feira, 20 de março de 2020 às 18:58
(Foto: Shutterstock)
(Foto: Shutterstock)

"Se vocês tivessem fé do tamanho de uma semente de mostarda, poderão dizer a esta amoreira: 'Arranque-se e plante-se no mar', e ela lhes obedecerá". (Lucas 17.6).

Ao mergulhar reflexivamente na questão "onde é mesmo que se compra o 'grãozinho de mostrada'?", descubro um portal dentro de mim que me transcende para um mundo à parte, quase como nos contos de fada. Porém, não é um mundo de fantasia, e sim um mundo plenamente real, cheio de sobrenaturalidades e sentidos que minha racionalidade não consegue compreender e organizar.

Percebo certa dificuldade em adentrar esse portal muitas vezes. Fico, tantas vezes, tentando resolver as situações racionalizando, sublimando, espiritualizando, psicologizando, teologizando, psicoteologizando. Assim, vou descobrindo que essas tentativas de resoluções só geram canseira e enfado, quando se trata da necessidade de transcender em fé.

No entanto, quando adentro esse portal, acesso o mundo real da sobrenaturalidade, transito no jardim do Senhor, me alimento dos frutos fartamente ali servidos e encontro dentre eles também o pequenino "grãozinho de mostarda". Percebo, então, o brotar de nova fé, confiança e esperança para continuar vivendo sobriamente no mundo ilusório dos egos e das racionalidades.

Com essa experiência, vou me dando conta de que a ausência de uma ínfima porção desses "grãozinhos de mostarda" está ligada à repetição do erro primário de me entreter demasiadamente com a oferta de sementes falsas, me iludindo e achando que posso "comprar" desse precioso grão do lado das ilusões. Voltar ao portal transcendente, silenciar meus egos, gritos, performances e apenas confiar no Soberano. Somente ali encontro a realidade de um celeiro inesgotável desse precioso grãozinho, e servido gratuitamente.

Por Clarice Ebert, Psicóloga (CRP0814038), Terapeuta Familiar, Mestre em Teologia, Professora, Palestrante, Escritora. Sócia do Instituto Phileo de Psicologia, onde atua como profissional da psicologia em atendimentos presenciais e online (individual, de casal e de família). Coordenadora e palestrante, em parceria com seu marido, do Ministério Vida Melhor (um ministério de cursos e palestras). Membro e docente de EIRENE do Brasil.

* O conteúdo do texto acima é uma colaboração voluntária, de total responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal Guiame.

Leia o artigo anterior: Por que Deus criou a mulher?

Este conteúdo foi útil para você?

Sua avaliação é importante para entregarmos a melhor notícia

Siga-nos

Mais do Guiame

O Guiame utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência acordo com a nossa Politica de privacidade e, ao continuar navegando você concorda com essas condições