Contextualizando Amós: Deus se agrada da Igreja deste século?

Série Reflexões.

Fonte: Guiame, Cris BeloniAtualizado: segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025 às 16:29
(Imagem ilustrativa criada por IA)
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“Ai de vocês que anseiam pelo dia do Senhor! O que pensam vocês do dia do Senhor? Será dia de trevas, não de luz. Será como se um homem fugisse de um leão, e encontrasse um urso; como alguém que entrasse em sua casa e, encostando a mão na parede, fosse picado por uma serpente. O dia do Senhor será de trevas e não de luz. Uma escuridão total, sem um raio de claridade”. (Amós 5.18-20)

Se uma pessoa se considera boa e ainda cristã, do que ela teria que se arrepender? Essa pode ser a pergunta de muitos que frequentam uma igreja e acham que estão cumprindo a lei de Deus.

O problema está na forma como enxergamos a nós mesmos. Aparentemente, pode parecer tudo bem, mas quando nos deparamos com a cosmovisão bíblica, que é totalmente diferente de tudo o que aprendemos com o mundo e com as pessoas, chegamos à conclusão de que não está tudo tão bem assim.

O profeta Amós confrontou as pessoas de sua época dentro de um cenário de religiosidade. O povo estava sendo exortado sobre seus cultos, sacrifícios, ofertas e até músicas. Será que tudo aquilo era mesmo para Deus?

“Eu odeio e desprezo as suas festas religiosas; não suporto as suas assembleias solenes. Mesmo que vocês me tragam holocaustos e ofertas de cereal, isso não me agradará. Mesmo que me tragam as melhores ofertas de comunhão, não darei a menor atenção a elas. Afastem de mim o som das suas canções e a música das suas liras”. (Amós 5.21-23)

Por que será que Deus falou assim com aquelas pessoas? Segundo o profeta Amós, porque elas viviam no conforto desprezando os pobres, eram injustos, desonestos e idólatras. Vivendo assim, tudo o que faziam pensando em Deus era nulo. Eles fingiam santidade.

Como nós estamos?

Analisando as profecias de Amós e contextualizando, como seríamos classificados diante de Deus? Como será que Ele recebe a nossa adoração e as nossas canções? E os nossos dízimos e ofertas? E nossos eventos e comemorações?

O livro de Amós nos faz refletir sobre tudo isso. Deus deixa claro que para Ele é importante o relacionamento e a intimidade. Além disso, nossos corações precisam estar alinhados com o coração Dele.

De nada adianta ter uma vida espiritual de aparências, onde praticamos rituais religiosos e desprezamos as pessoas necessitadas. Deus não se agrada de quem age de forma incorreta nos relacionamentos e ainda comete injustiças.

A verdadeira espiritualidade é refletida a partir do nosso estilo de vida, da forma como tratamos as pessoas, independente de quem elas sejam. Deus quer obediência, pureza, sinceridade e retidão.

Todos nós cometemos erros e pecamos, mas Deus perdoa aqueles que se arrependem de verdade. A verdadeira religião se manifesta por meio do amor e da justiça. Deus é misericordioso e dá oportunidade para todas as pessoas, de todas as nações para que alcancem a salvação.

E essa foi a reflexão de hoje. Espero ter tirado sua dúvida e também colaborado para seu crescimento espiritual. Beijo no coração e até a próxima, se Deus quiser!



Por Cris Beloni, jornalista cristã, pesquisadora e escritora. Lidera o movimento Bíblia Investigada e ajuda as pessoas no entendimento bíblico, na organização de ideias e na ativação de seus dons. Trabalha com missões transculturais, Igreja Perseguida, teorias científicas, escatologia e análise de textos bíblicos.

*O conteúdo do texto acima é de colaboração voluntária, seu teor é de total responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal Guiame.

Leia o artigo anterior: Será que a profecia de Joel 2 já se cumpriu no Pentecostes de Atos 2?

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