Deixe as migalhas!

Na mesa do Pai há fartura para todos aqueles que reconhecem a verdade das promessas.

Fonte: Guiame, Darci LourençãoAtualizado: quinta-feira, 17 de outubro de 2019 às 19:43
(Foto: Kate Remmer/Unsplash)
(Foto: Kate Remmer/Unsplash)

Certa mulher deixou Jesus estupefato com sua declaração de fé, ao dizer que aceitaria se alimentar das migalhas que caíssem da mesa dos filhos (cachorrinhos).

Acredito que você conheça essa passagem descrita em Marcos 7.25-30. Mas o fato é que aquela mulher era estrangeira, de Sidom, não tinha nenhum direito ou promessa, porém ela entendeu, pela fé, que poderia usufruir o “resto” das bênçãos que os filhos desperdiçassem, que deixassem cair da mesa!

Aquela mulher, de fato, teve uma fé admirável e não se limitou ou se conformou em estar na presença de alguém como Jesus e não usufruir de seu poder, graça, misericórdia e amor.

Mas quero falar sobre outro aspecto, não de alguém que não tem promessa, que não segue a fé em Jesus, mas daquelas pessoas, como eu e você, que são “filhas”, que conhecem o “pai”, mas não usufruem de sua condição espiritual. São pedintes. Esmoleres. Pessoas que se contentam com as migalhas e se alimentam delas.

Quem age assim, na verdade, é um religioso. Aqueles que se penitenciam, que querem “pagar promessa”, que buscam o autossofrimento e autopenitências para, quem sabe, receber algo de Deus.

Mas esse não deve ser o seu caso. Por isso, quero desafiá-lo a usufruir do seu direito de filho (Jo 1.12) e a receber e viver suas verdadeiras promessas; sua herança, em Jesus Cristo. E hoje

É triste ver como tantos receberam o direito de ser filho, mas não vivem essa condição maravilhosa.

Este artigo, aliás, foi-me inspirado por uma pessoa assim. Uma paciente minha que não se deu conta de que estava vivendo de migalhas quando podia, há muito tempo, estar assentada à mesa! Mas ela não é a única a ter esse tipo de comportamento. Quantos vivem dessa forma... e morrem assim. Não experimentam o resultado da cruz.

Ficam a vida toda murmurando, chorando, reclamando, blasfemando, catando migalhas dispersas para tentar sobreviver delas

Vamos ver um exemplo contrário. De alguém que sabia que seu lugar era na mesa de Deus e com Deus. Davi! No conhecidíssimo (e até decorado) Salmo 23, ele diz: “Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos” (v. 5). Na Nova Versão Internacional diz: “Preparas um banquete para mim à vista dos meus inimigos”.

Com quem Davi estava falando? Com Deus, o seu Pai (o nosso Pai). A respeito de quem ele estava falando? Dos seus inimigos. Paremos aqui. Quem são os seus inimigos? O medo, a necessidade, a ansiedade, a depressão, o desassossego, a solidão, a doença... Veja, Davi pediu que Deus o colocasse numa mesa (farta = banquete) na presença do inimigo.

Isso significa que Davi confiava que seu Pai não o tinha como mendigo, que viveria à custa de migalhas. Mas que Davi era o filho amado, ao qual o Pai prepararia um “banquete”.

O banquete é a diversidade de respostas que só existe na mesa do rei. Como alguém poderia não querer experimentar desse banquete? Só quem não sabe que tem direito!

Por isso, digo (ou lembro) a você: na mesa do Pai há fartura para todos aqueles que reconhecem a verdade das promessas.

Minha pergunta a você hoje é: Por que não se senta na mesa? Deixe as migalhas.

Deixe as migalhas. Aprenda a sentar à mesa, e a se saciar com o banquete do Pai.

Não deixe que o medo que você abriga te impeça de alcançar o melhor de Deus para a sua vida.

Saia do passado; venha para os pastos verdejantes; usufrua as águas de descanso; deleite-se com aquilo que a mesa do Pai tem para você. Faça isso hoje!

Não se esqueça de que o Pai ama você!

Por Darci Lourenção, psicóloga, pastora, coaching, escritora e conferencista. Foi Deã e Professora de Aconselhamento Cristão. Autora dos livros “Na intimidade há cura”, “A equação do amor” e “Viva sem compulsão”.

* O conteúdo do texto acima é de colaboração voluntária, seu teor é de total responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal Guiame.

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