Pastora e psicóloga, coach, especialista em Educação, autora dos livros Na intimidade há cura, Viva sem compulsão e A equação do amor. Foi gestora do Núcleo Assistencial Heliópolis, onde implantou diversos programas educativos.
A vida humana, em sua essência, pode ser comparada a porcelanas e cristais: frágeis, preciosos e, muitas vezes, sujeitos a rachaduras provocadas pelas pressões do dia a dia.
A psicologia pastoral nos ensina que, quando nos aproximamos das pessoas com cuidado, amor e empatia, nos tornamos instrumentos de restauração.
O apóstolo Paulo fala a respeito disso em Gálatas 6:1: “Irmãos, se alguém for surpreendido em algum pecado, vocês que são espirituais deverão restaurá-lo com mansidão. Cuide-se, porém, cada um, para que também não seja tentado.”
Nesse processo de cuidado, estão ouvir as pessoas e acolhê-las. Uma das maiores necessidades humanas é serem ouvidas. Para isso, precisamos aprender com Jesus a forma certa. Em vez de julgá-las, devemos ter empatia, nos colocar no lugar delas e orientar de acordo com o que Jesus faria. Sobre isso, temos inúmeros exemplos na Bíblia.
Carl Rogers, renomado psicólogo humanista, disse: “Quando alguém nos ouve com empatia, sem nos julgar, isso nos dá asas para crescer.” Embora não fosse um teólogo, seu princípio encontra respaldo no ministério pastoral, que busca refletir o cuidado compassivo de Cristo.
Jesus mesmo afirmou em Mateus 12:20: “Não quebrará o caniço rachado, e não apagará o pavio que fumega, até que conduza à vitória a justiça.” Ele é o modelo de quem cuida sem esmagar a fragilidade.
A psicologia pastoral reforça que a restauração não é apenas curar feridas emocionais, mas também conduzir a pessoa a reencontrar – ou descobrir – seu propósito.
É necessário lembrar que restaurar não é simplesmente “consertar” alguém, mas caminhar junto com a pessoa apoiando em sua jornada.
Quando temos esse comportamento, estamos sendo como Deus gostaria que fôssemos. Por isso o salmista diz: “Perto está o Senhor dos que têm o coração quebrantado, e salva os de espírito abatido.”
É dessa forma que devemos atuar, sendo conselheiros restauradores, sendo um cooperador do Deus que cura corações. O cuidado pastoral é, portanto, mediador da graça divina.
Para isso, precisamos ter paciência, empatia e amor. Restaurar porcelanas e cristais exige tempo, dedicação e mãos firmes. Da mesma forma, acompanhar vidas quebradas requer perseverança.
O apóstolo Paulo, em 1 Tessalonicenses 5:14, nos exorta: “Aconselhem os desordeiros, confortem os desanimados, auxiliem os fracos, sejam pacientes para com todos.”
O cuidado que restaura é uma expressão viva do Evangelho. Ao estender misericórdia, mansidão e amor, revelamos ao mundo o caráter de Jesus, aquele que devemos imitar (1 Coríntios 11:1).
Quando tratamos pessoas como cristais e porcelanas preciosas, participamos da obra de Deus que transforma dor em beleza e fraqueza em testemunho.
O Pai ama você!
Darci Lourenção (@pra_darci_lourencao) é psicóloga, pastora, coach, escritora e conferencista. Foi Deã e Professora de Aconselhamento Cristão. Autora dos livros “Na intimidade há cura”, “A equação do amor”, “Viva sem compulsão” e “Devocional Minha Família no Altar”.
* O conteúdo do texto acima é de colaboração voluntária, seu teor é de total responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal Guiame.
Leia o artigo anterior: Deus me ama. Mas eu amo a Deus?
Sua avaliação é importante para entregarmos a melhor notícia
O Guiame utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência acordo com a nossa Politica de privacidade e, ao continuar navegando você concorda com essas condições