“Vai bem, obrigado”, acho que essa não é a resposta de ninguém. A geografia do deserto não é um lugar aonde se vá bem. Respostas a respeito de como está o nosso particular deserto apontam para outra direção: “Está mal. Tá doendo. É muito sofrimento. Estou só. O calor está insuportável. Sinto muita sede. Não tenho ninguém pra me ajudar. Sinto que vou morrer nesta situação. Ninguém se lembra de mim.”
Deserto, já se disse, não é lugar de morada, é lugar de passagem. E não é de morada exatamente por não ter condições de habitação, tudo é escasso, nada atende nossas necessidades principais, as condições são contrárias a qualquer dignidade pra se viver minimamente bem. Mesmo assim, como lugar de passagem, é didático, ensinador e inevitável. Todos passamos por lá, alguns passam mais de uma vez e, ao sair de lá, todos levam consigo novas lições e amadurecimentos que de outra forma não aconteceriam.
O deserto é tão importante em nossas vidas que a Bíblia nos deixou grandes ensinamentos pra nossa edificação. Moisés fracassou no palácio, mas venceu no deserto. O primeiro Adão fracassou num jardim, o segundo venceu numa cruz. O problema é que não existe um padrão sobre quanto tempo dura um deserto? Um mês? Um dia? Um ano? Dez anos? Esta é a pergunta que muitos fazem, afinal, o problema não é o antes e nem o depois, o problema do deserto é o durante.
Quando estamos no deserto, a impressão que se tem é que aquela situação nunca terminará, nunca vai passar. É quando vacilamos na fé, duvidamos do favor de Deus, questionamos se de fato somos filhos perdoados, amados e aceitos na família do céu. É quando perdemos equilíbrios social, emocional e espiritual. É quando ficamos confusos, vulneráveis e totalmente fragilizados e expostos as armadilhas da vida. Isso é deserto, lugar árido, sem vida, sem esperança, sem alegria.
Acredite! Este é um lugar no qual Deus tem impossíveis guardados para cada um dos seus filhos que não desistem de esperar, que não desistem de confiar. O profeta Isaías deixou para mim e para você uma palavra de confiança para todas as vezes que formos colocados nos mais inescrupulosos desertos: “Agora vou fazer uma coisa nova, que LOGO VAI ACONTECER, e, DE REPENTE, vocês a verão. Prepararei um caminho no deserto e farei com que estradas passem em terras secas.” Isaías 43:19.
O Senhor nos dará um caminho de paz, de bênção e de felicidade no deserto. No passado, para o seu povo, Ele providenciou um caminho em meio ao mar. Que tipo de mar está a nossa frente? Que tipo de inimigos nos perseguem em nossos desertos? Não sei quais tipos, mas sei qual o Deus que adoro, sirvo e aguardo! Ele é Único, Soberano, Suficiente, Invencível. Não estamos sozinhos, Ele continua olhando do céu as aflições do seu povo, continua ouvindo o clamor de cada um de seus filhos, uma hora Ele desce, entra em cena e transforma cada deserto em campos floridos por seu amor, seu perdão e sua paz.
Edmilson Ferreira Mendes é teólogo. Atua profissionalmente há mais de 20 anos na área de Propaganda e Marketing. Voluntariamente, exerce o pastorado há mais de dez anos. Além de conferencista e preletor em vários eventos, também é escritor, autor de quatro livros: "Adolescência Virtual", "Por que esta geração não acorda?", "Caminhos" e "Aliança".
* O conteúdo do texto acima é uma colaboração voluntária, de total responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal Guiame.
Leia o artigo anterior: Aquela hora de culto, resolve?
Sua avaliação é importante para entregarmos a melhor notícia
O Guiame utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência acordo com a nossa Politica de privacidade e, ao continuar navegando você concorda com essas condições