É totalmente insano

É totalmente insano

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:11

A igreja x não respeita o vizinho y, e vice-versa, então a guerra se estabelece. Outro dia ouvi o relato de uma comunidade que trava um braço-de-ferro com um de seus vizinhos. É começar o louvor e a oração que o vizinho direciona as caixas de som da sua casa para a igreja, com o volume no último, com ritmos e letras obviamente opostos aqueles que se praticam no culto. As histórias de brigas intermináveis acontecem com crianças que disputam atenções e espaços, até árabes e israelenses. Ninguém cede, ninguém se curva, nada de acordo.

O título deste texto: É totalmente insano, foi o comentário de um empregado de uma loja de armas em Parker. Disse ele que ao chegar para trabalhar, algumas horas depois do assassinato de 12 pessoas no cinema da cidade de Aurora, dezenas de pessoas esperavam em frente à loja de armas. Muitos diziam: Não achava que precisaria de uma arma, mas agora sim.

Em média, a procura por armas aumentou mais de 40% depois do massacre na pré-estreia do novo filme do Batman. Em 49, dos 50 estados dos EUA o porte de arma em local público é legal. Diferentemente dos casos semelhantes a este, James Holmes, estudante de medicina com 24 anos, não se matou nem se opôs a ação policial na sua prisão. Segundo as últimas notícias, seus advogados de defesa planejam pedir a absolvição de James alegando loucura.

Mesmo que seja só uma estratégia da defesa, loucura é uma palavra que explica bem. Jovem, cursando medicina, sem nenhum antecedente criminal e tudo jogado pro alto. Ou pra baixo. De qualquer forma, jogado. 12 vidas jogadas na sepultura, 58 vidas jogadas nos ferimentos, as vidas dos amigos e familiares jogadas ao choque da situação, a vida do próprio jogada aos becos mais sinistros da própria consciência. É muita destruição. É muita violência sem explicação. É totalmente insano.  É loucura. 

Loucura de uma sociedade que combate a violência com mais violência. Sei que é um tema espinhoso. Sei que não apenas os cidadãos de bem, mas principalmente os bandidos tinham que ser desarmados. Mas mesmo sabendo, acho insano a procura por armas aumentar em mais de 40% pelo fato de um doido invadir um cinema e sair atirando.

E se tivesse aumentado em mais de 40% o interesse em se praticar o que a Bíblia diz? E se tivesse aumentado em mais de 40% a fidelidade nos relacionamentos, o respeito aos pais e autoridades, o perdão e amor ao próximo, a ajuda humanitária, a qualidade da educação, as orações, a fé, a perseverança? Já pensou o impacto que aumentos comportamentais como esses causariam no meio da nossa sociedade?

Mas não. Bateu, levou. Levou, bateu. Este é o ciclo interminável entre pessoas, instituições, países. Ciclo que só faz crescer o ódio, o medo, a insegurança, a destruição. Em meio a loucura de tanta violência nenhum dos envolvidos consegue se lembrar como o conflito começou, quem atirou a primeira pedra. Então segue o desfile de horrores, louco e totalmente insano.

As armas de Cristo surpreendem exatamente pelo contraste. Quanto mais ódio direcionavam à Ele, com mais amor Ele respondia. Penso que este é um bom critério para calcularmos o quanto estamos próximos ou distantes de Jesus. Como têm sido nossas respostas frente as provocações, laços e armadilhas que lançam contra nós? Que cada um responda para si mesmo. De preferência, longe da fila da loja de armas.

Paz!

por Edmilson Mendes
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