Um amigo meu costuma dizer que “os teóricos não herdarão o reino dos céus”. Concordo, gente que passa a vida apenas fazendo planos e nunca parte para a ação sobra em todos os lugares. Teorias, por melhores que aparentem ser, precisam de teste. É na prática que se comprovará ou não a eficiência e qualidade daquilo que no papel prometia ser bom.
A esperança também transita por este dilema. Como teoria é perfeita. Todos sabemos o quão bom é ter esperança. Esperança que os dias serão melhores, que a cura finalmente chegará, que as portas irão se abrir, que o reconhecimento por nossas habilidades acontecerá, que teremos um lar, que a vida prosperará, enfim, cada sonho acompanhado de uma boa esperança imagina que um dia será realidade.
Aristóteles afirmava que “a esperança é o sonho do homem acordado”. Exato. No sonho eu nada controlo ou defino, apenas sonho passivamente. Na esperança eu crio, eu projeto, eu planejo, e tudo isso faço acontecer da melhor forma possível no campo da minha imaginação, é de fato um sonhar acordado, com a diferença que vou controlando e definindo como quero que as coisas um dia aconteçam.
E por que paralisar apenas num tipo de sonho acordado? O sentimento do desespero explica. Imaginamos coisas grandes e altas, tudo é lindo no campo do que vamos arquitetando no pensamento, a não realização, no entanto, nos frustra. A medida que o tempo vai passando e as coisas não vão acontecendo, a desesperança vai tomando o lugar daquilo que parecia ser esperança. Victor Hugo sintetizou muito bem este sentimento: “A esperança seria a maior das forças humanas, se não existisse o desespero.”
Espera-se de quem declara ter esperança que esta esperança seja acompanhada de atitude. É bom ter esperança. É bom esperar nas promessas do Criador. É bom cultivar uma viva e convicta esperança nos cuidados e controle do Pai. Mas a sabedoria dos hebreus cantada através do salmo 31, no verso 24, ensina quais atitudes devem acompanhar aqueles que declaram ter esperança: “Sejam fortes e corajosos, todos vocês que têm esperança no Deus eterno!”.
Leia novamente e observe em quem os Hebreus depositavam sua esperança, no Deus eterno! Ou seja, nossa esperança deve ser direcionada única e exclusivamente ao Senhor, o Criador dos céus e da terra. Porém, mesmo sendo ele meu provedor, meu salvador, meu libertador, portanto absolutamente suficiente, ainda assim minha esperança precisa ser responsável e acompanhada de força e coragem, as atitudes que farão toda diferença em minha vida.
Todos nós precisamos de força e coragem para encarar as demandas de um mundo cada vez mais confuso, intimidador, ameaçador, perigoso. Somente fortes e corajosos resistem as provocações para se jogar fora um casamento. Somente fortes e corajosos preservam uma amizade cultivada durante anos, e que corre o risco de ser desperdiçada por pequenos deslizes que necessitam apenas de perdão e compaixão. Somente fortes e corajosos arregaçam as mangas e vão à luta eticamente, crendo que o Eterno está junto.
Seus planos são grandes? Seus projetos são maravilhosos? Suas ideias para o futuro são inovadoras? Sua visão ministerial é revolucionária? Para tudo isso você tem cultivado uma grande esperança em Deus? Bom. Você já tem os planos e a esperança, que tal agir? Que tal ser forte e corajoso e colocar as mãos na massa? Se errar, tente de novo, e de novo, e de novo, Thomas Edison tem muito a nos ensinar sobre força e coragem para não entrar em desespero quando as tentativas dão errado. Enfim, coloque o ingrediente da atitude para fortalecer sua esperança, afinal, como afirmou Clarice Lispector, “atitude é uma pequena coisa que faz uma grande diferença.”
Paz!
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