Espiritualidade e oração, algumas respostas

Espiritualidade e oração, algumas respostas

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:20

- Escalei o Jaraguá… foi demais!

- Te entendo. Mas, se você quer realmente saber o que é "escalar", terá de encarar o Everest!

Em todas as áreas existem os conceitos, lugares e pessoas "inquestionáveis". É o Pelé no futebol, o Michael Jordan no basquete, o Bolt na corrida, o Phelps na natação, a Torre Eiffel em Paris, as pirâmides no Egito, as artes no Louvre, entre outros. Embora "inquestionáveis" sempre surgem questionamentos, duvidando, discordando, rejeitando, desqualificando, diminuindo. Porém, resistentes ao tempo, às críticas, aos ataques, seguem altos e imponentes, sendo cada um o "Everest" na sua área.

E quanto à espiritualidade? À oração? Para onde olhar? A lista de mestres e orientadores é rica. Alguns nomes conquistaram o status de "inquestionáveis", embora passíveis de questionamentos: Lutero, Calvino, Wesley, Spurgeon, Madre Teresa, Ghandi, Martin Luther King, Moody, Charles Finney, Billy Graham. Outros prováveis nomes, anônimos para a opinião pública, conquistaram para você a posição de "inquestionáveis", seu pai, sua mãe, amigo, avô, talvez seu pastor, um conselheiro. Outros nomes, graças à fonte de onde os conhecemos, também usufruem da condição de "inquestionáveis": Isaías, Jeremias, Abraão, Jó, Elias, Eliseu, Paulo, João, Timóteo.

Mesmo com uma lista tão grande, às vezes ficamos confusos sobre qual exemplo seguir. Na dúvida, para não errar, firme os olhos em Jesus. No homem Jesus.

Olhei para os evangelhos. Comecei a ler sobre a vida do verbo que se fez carne. Ele, o unigênito do Pai, agora, homem entre nós. Sua humanidade surpreende pela acomodação, quando abre mão de sua glória, humilha-se e submete-se a um plano de resgate, acomodando-se aos impensáveis limites humanos para quem era, é e sempre será eternamente divino.

Olhe fixa e atentamente para o homem Jesus. Sim, é Ele o Filho único de Deus, o Messias aguardado, o desejado das nações. Olhe e surpreenda-se com Ele. Preste muita atenção em algumas palavras e reações: "… tudo o que quereis que os homens vos façam, fazei-o também vós… quando entrardes nalguma casa, saldai-a; e, se a casa for digna, desça sobre ela a vossa paz; mas, se não for digna, torne para vós a vossa paz… odiados de todos sereis por causa do meu nome… hipócritas, sabeis diferençar a face do céu, e não conheceis os sinais dos tempos?… fariseu cego!… sois semelhantes aos sepulcros caiados… serpentes, raça de víboras… então nem uma hora pudeste velar comigo?… Deus meu, por que me desamparaste?… É-me dado todo o poder no céu e na terra.".

As frases do parágrafo acima são todas do evangelho de Mateus. Revelam amor, indignação, inconformismo, denúncia, insatisfação, tensão. Nenhuma destas emoções, no entanto, sugerem que Jesus não fosse espiritual nestes momentos de protesto. Em Cristo somos espirituais durante todo tempo. Lógico, Ele sabia dosar e controlar suas emoções, nós, como sabemos, falhamos demasiadamente no controle das nossas emoções. Mas ao olharmos para Jesus e a forma autêntica e corajosa como viveu sua humanidade, somos inspirados e motivados a imitá-lo.

Olhar a vida na perspectiva que Cristo olhou e olha, naturalmente nos levará para uma vida de oração. Como diz a opinião da Lucimar, no comentário do post da semana passada, "há como viver uma vida em oração sem ser um ser espiritual?", concordo com ela. As duas posições são na verdade uma só. Orar todo tempo é entregar e confiar a Deus todos os momentos, refeições, lazer, compras, viagem, reunião, estudo, relacionamento. Para ficar claro, vou compartilhar com você uma resposta que me foi enviada para as perguntas que fiz, Flavia, a autora, me autorizou a publicar. Leia com atenção e perceba como uma espiritualidade integral pode mudar e melhorar radicalmente nossas vidas.

"Ser espiritual é levar a vida com o foco em Jesus, isto é, lembrando que não pertencemos a esse mundo, que estamos só de passagem, que o nosso objetivo é termos uma vida santa e dedicada à pregação do evangelho.

Colocar isso em prática que é a questão.

Por exemplo, trabalho em um laboratório onde o que mais se faz é reclamar (o segundo é fofocar). Enquanto eu me mantinha afastada dessas práticas, tudo corria bem; embora também não tivesse contato com as pessoas, o que criava uma certa inimizade.

Quando comecei a me envolver, também me deixei influenciar, e aos poucos fui percebendo minha mudança: vivia reclamando, fazia "comentários não muito agradáveis" de algumas pessoas e reclamava mais um pouco. Ou seja, o clima era insuportável!

O Espírito Santo me incomodava, lembrando que não era essa a atitude de um cristão. Mas ao mesmo tempo, dava ouvido às reclamações das minhas amigas e concordava com elas. O problema foi que ouvi mais as minhas amigas do que o Espírito Santo. Resultado: entrei em depressão.

Foi quando me lembrei de quem é o meu Pai (coisa que eu não teria me esquecido jamais se eu levasse uma vida espitirual). Voltei a dar ouvidos ao Espírito Santo, que me lembrou do verdadeiro motivo para trabalhar naquele lugar: fazer a diferença para alguém (foi o "trato" que fiz com Deus, no qual eu fosse trabalhar onde eu pudesse fazer a diferença na vida de alguém).

Parei de reclamar, as pessoas em volta de mim também pararam de reclamar, o clima ficou melhor, e eu me recuperei da depressão. Como resultado: aprendi uma valiosa lição (não deixar de dar ouvidos ao Espírito Santo, que habita em mim), aumentei ainda mais a minha fé e voltei para mais próximo do Pai, de onde nunca deveria ter me afastado.

Mas o fato mais interessante é que, com a minha mudança de atitude, atingi as pessoas próximas a mim, que também mudaram de atitude. E aquelas que não gostavam de mim (por pura implicância ou até sem motivo nenhum), passaram a me respeitar. E mesmo quando uma delas ainda implicava comigo, "como nos velhos tempos", eu não desviava meu foco de Jesus. Logo depois, a verdade aparecia e a justiça era feita.

Portanto, para mim, isso é ser espiritual: colocar em prática todos os ensinamentos de Jesus."

Somos, enfim, cidadãos de outro reino, com o dever de influenciar os reinos daqui. Assuma uma postura que testemunhe uma espiritualidade pontuada por orações de fé, com atitudes inequívocas que revelam caráter, temperamento e amor transformados para a glória de Deus.

Paz!

pr. Edmilson Mendes

Edmilson Ferreira Mendes é teólogo. Atua profissionalmente há mais de 20 anos na área de Propaganda e Marketing. Voluntariamente, exerce o pastorado há mais de dez anos. Além de conferencista e preletor em vários eventos, também é escritor, autor de quatro livros: '"Adolescência Virtual", "Por que esta geração não acorda?", "Caminhos" e "Aliança".

Contatos com o pastor Edmilson Mendes:

[email protected]

www.mostreatitude.com.br  

- Escalei o Jaraguá… foi demais!

- Te entendo. Mas, se você quer realmente saber o que é "escalar", terá de encarar o Everest!

Em todas as áreas existem os conceitos, lugares e pessoas "inquestionáveis". É o Pelé no futebol, o Michael Jordan no basquete, o Bolt na corrida, o Phelps na natação, a Torre Eiffel em Paris, as pirâmides no Egito, as artes no Louvre, entre outros. Embora "inquestionáveis" sempre surgem questionamentos, duvidando, discordando, rejeitando, desqualificando, diminuindo. Porém, resistentes ao tempo, às críticas, aos ataques, seguem altos e imponentes, sendo cada um o "Everest" na sua área.

E quanto à espiritualidade? À oração? Para onde olhar? A lista de mestres e orientadores é rica. Alguns nomes conquistaram o status de "inquestionáveis", embora passíveis de questionamentos: Lutero, Calvino, Wesley, Spurgeon, Madre Teresa, Ghandi, Martin Luther King, Moody, Charles Finney, Billy Graham. Outros prováveis nomes, anônimos para a opinião pública, conquistaram para você a posição de "inquestionáveis", seu pai, sua mãe, amigo, avô, talvez seu pastor, um conselheiro. Outros nomes, graças à fonte de onde os conhecemos, também usufruem da condição de "inquestionáveis": Isaías, Jeremias, Abraão, Jó, Elias, Eliseu, Paulo, João, Timóteo.

Mesmo com uma lista tão grande, às vezes ficamos confusos sobre qual exemplo seguir. Na dúvida, para não errar, firme os olhos em Jesus. No homem Jesus.

Olhei para os evangelhos. Comecei a ler sobre a vida do verbo que se fez carne. Ele, o unigênito do Pai, agora, homem entre nós. Sua humanidade surpreende pela acomodação, quando abre mão de sua glória, humilha-se e submete-se a um plano de resgate, acomodando-se aos impensáveis limites humanos para quem era, é e sempre será eternamente divino.

Olhe fixa e atentamente para o homem Jesus. Sim, é Ele o Filho único de Deus, o Messias aguardado, o desejado das nações. Olhe e surpreenda-se com Ele. Preste muita atenção em algumas palavras e reações: "… tudo o que quereis que os homens vos façam, fazei-o também vós… quando entrardes nalguma casa, saldai-a; e, se a casa for digna, desça sobre ela a vossa paz; mas, se não for digna, torne para vós a vossa paz… odiados de todos sereis por causa do meu nome… hipócritas, sabeis diferençar a face do céu, e não conheceis os sinais dos tempos?… fariseu cego!… sois semelhantes aos sepulcros caiados… serpentes, raça de víboras… então nem uma hora pudeste velar comigo?… Deus meu, por que me desamparaste?… É-me dado todo o poder no céu e na terra.".

As frases do parágrafo acima são todas do evangelho de Mateus. Revelam amor, indignação, inconformismo, denúncia, insatisfação, tensão. Nenhuma destas emoções, no entanto, sugerem que Jesus não fosse espiritual nestes momentos de protesto. Em Cristo somos espirituais durante todo tempo. Lógico, Ele sabia dosar e controlar suas emoções, nós, como sabemos, falhamos demasiadamente no controle das nossas emoções. Mas ao olharmos para Jesus e a forma autêntica e corajosa como viveu sua humanidade, somos inspirados e motivados a imitá-lo.

Olhar a vida na perspectiva que Cristo olhou e olha, naturalmente nos levará para uma vida de oração. Como diz a opinião da Lucimar, no comentário do post da semana passada, "há como viver uma vida em oração sem ser um ser espiritual?", concordo com ela. As duas posições são na verdade uma só. Orar todo tempo é entregar e confiar a Deus todos os momentos, refeições, lazer, compras, viagem, reunião, estudo, relacionamento. Para ficar claro, vou compartilhar com você uma resposta que me foi enviada para as perguntas que fiz, Flavia, a autora, me autorizou a publicar. Leia com atenção e perceba como uma espiritualidade integral pode mudar e melhorar radicalmente nossas vidas.

"Ser espiritual é levar a vida com o foco em Jesus, isto é, lembrando que não pertencemos a esse mundo, que estamos só de passagem, que o nosso objetivo é termos uma vida santa e dedicada à pregação do evangelho.

Colocar isso em prática que é a questão.

Por exemplo, trabalho em um laboratório onde o que mais se faz é reclamar (o segundo é fofocar). Enquanto eu me mantinha afastada dessas práticas, tudo corria bem; embora também não tivesse contato com as pessoas, o que criava uma certa inimizade.

Quando comecei a me envolver, também me deixei influenciar, e aos poucos fui percebendo minha mudança: vivia reclamando, fazia "comentários não muito agradáveis" de algumas pessoas e reclamava mais um pouco. Ou seja, o clima era insuportável!

O Espírito Santo me incomodava, lembrando que não era essa a atitude de um cristão. Mas ao mesmo tempo, dava ouvido às reclamações das minhas amigas e concordava com elas. O problema foi que ouvi mais as minhas amigas do que o Espírito Santo. Resultado: entrei em depressão.

Foi quando me lembrei de quem é o meu Pai (coisa que eu não teria me esquecido jamais se eu levasse uma vida espitirual). Voltei a dar ouvidos ao Espírito Santo, que me lembrou do verdadeiro motivo para trabalhar naquele lugar: fazer a diferença para alguém (foi o "trato" que fiz com Deus, no qual eu fosse trabalhar onde eu pudesse fazer a diferença na vida de alguém).

Parei de reclamar, as pessoas em volta de mim também pararam de reclamar, o clima ficou melhor, e eu me recuperei da depressão. Como resultado: aprendi uma valiosa lição (não deixar de dar ouvidos ao Espírito Santo, que habita em mim), aumentei ainda mais a minha fé e voltei para mais próximo do Pai, de onde nunca deveria ter me afastado.

Mas o fato mais interessante é que, com a minha mudança de atitude, atingi as pessoas próximas a mim, que também mudaram de atitude. E aquelas que não gostavam de mim (por pura implicância ou até sem motivo nenhum), passaram a me respeitar. E mesmo quando uma delas ainda implicava comigo, "como nos velhos tempos", eu não desviava meu foco de Jesus. Logo depois, a verdade aparecia e a justiça era feita.

Portanto, para mim, isso é ser espiritual: colocar em prática todos os ensinamentos de Jesus."

Somos, enfim, cidadãos de outro reino, com o dever de influenciar os reinos daqui. Assuma uma postura que testemunhe uma espiritualidade pontuada por orações de fé, com atitudes inequívocas que revelam caráter, temperamento e amor transformados para a glória de Deus.

Paz!

pr. Edmilson Mendes

Edmilson Ferreira Mendes é teólogo. Atua profissionalmente há mais de 20 anos na área de Propaganda e Marketing. Voluntariamente, exerce o pastorado há mais de dez anos. Além de conferencista e preletor em vários eventos, também é escritor, autor de quatro livros: '"Adolescência Virtual", "Por que esta geração não acorda?", "Caminhos" e "Aliança".

Contatos com o pastor Edmilson Mendes:

[email protected]

www.mostreatitude.com.br  

- Escalei o Jaraguá… foi demais!

- Te entendo. Mas, se você quer realmente saber o que é "escalar", terá de encarar o Everest!

Em todas as áreas existem os conceitos, lugares e pessoas "inquestionáveis". É o Pelé no futebol, o Michael Jordan no basquete, o Bolt na corrida, o Phelps na natação, a Torre Eiffel em Paris, as pirâmides no Egito, as artes no Louvre, entre outros. Embora "inquestionáveis" sempre surgem questionamentos, duvidando, discordando, rejeitando, desqualificando, diminuindo. Porém, resistentes ao tempo, às críticas, aos ataques, seguem altos e imponentes, sendo cada um o "Everest" na sua área.

E quanto à espiritualidade? À oração? Para onde olhar? A lista de mestres e orientadores é rica. Alguns nomes conquistaram o status de "inquestionáveis", embora passíveis de questionamentos: Lutero, Calvino, Wesley, Spurgeon, Madre Teresa, Ghandi, Martin Luther King, Moody, Charles Finney, Billy Graham. Outros prováveis nomes, anônimos para a opinião pública, conquistaram para você a posição de "inquestionáveis", seu pai, sua mãe, amigo, avô, talvez seu pastor, um conselheiro. Outros nomes, graças à fonte de onde os conhecemos, também usufruem da condição de "inquestionáveis": Isaías, Jeremias, Abraão, Jó, Elias, Eliseu, Paulo, João, Timóteo.

Mesmo com uma lista tão grande, às vezes ficamos confusos sobre qual exemplo seguir. Na dúvida, para não errar, firme os olhos em Jesus. No homem Jesus.

Olhei para os evangelhos. Comecei a ler sobre a vida do verbo que se fez carne. Ele, o unigênito do Pai, agora, homem entre nós. Sua humanidade surpreende pela acomodação, quando abre mão de sua glória, humilha-se e submete-se a um plano de resgate, acomodando-se aos impensáveis limites humanos para quem era, é e sempre será eternamente divino.

Olhe fixa e atentamente para o homem Jesus. Sim, é Ele o Filho único de Deus, o Messias aguardado, o desejado das nações. Olhe e surpreenda-se com Ele. Preste muita atenção em algumas palavras e reações: "… tudo o que quereis que os homens vos façam, fazei-o também vós… quando entrardes nalguma casa, saldai-a; e, se a casa for digna, desça sobre ela a vossa paz; mas, se não for digna, torne para vós a vossa paz… odiados de todos sereis por causa do meu nome… hipócritas, sabeis diferençar a face do céu, e não conheceis os sinais dos tempos?… fariseu cego!… sois semelhantes aos sepulcros caiados… serpentes, raça de víboras… então nem uma hora pudeste velar comigo?… Deus meu, por que me desamparaste?… É-me dado todo o poder no céu e na terra.".

As frases do parágrafo acima são todas do evangelho de Mateus. Revelam amor, indignação, inconformismo, denúncia, insatisfação, tensão. Nenhuma destas emoções, no entanto, sugerem que Jesus não fosse espiritual nestes momentos de protesto. Em Cristo somos espirituais durante todo tempo. Lógico, Ele sabia dosar e controlar suas emoções, nós, como sabemos, falhamos demasiadamente no controle das nossas emoções. Mas ao olharmos para Jesus e a forma autêntica e corajosa como viveu sua humanidade, somos inspirados e motivados a imitá-lo.

Olhar a vida na perspectiva que Cristo olhou e olha, naturalmente nos levará para uma vida de oração. Como diz a opinião da Lucimar, no comentário do post da semana passada, "há como viver uma vida em oração sem ser um ser espiritual?", concordo com ela. As duas posições são na verdade uma só. Orar todo tempo é entregar e confiar a Deus todos os momentos, refeições, lazer, compras, viagem, reunião, estudo, relacionamento. Para ficar claro, vou compartilhar com você uma resposta que me foi enviada para as perguntas que fiz, Flavia, a autora, me autorizou a publicar. Leia com atenção e perceba como uma espiritualidade integral pode mudar e melhorar radicalmente nossas vidas.

"Ser espiritual é levar a vida com o foco em Jesus, isto é, lembrando que não pertencemos a esse mundo, que estamos só de passagem, que o nosso objetivo é termos uma vida santa e dedicada à pregação do evangelho.

Colocar isso em prática que é a questão.

Por exemplo, trabalho em um laboratório onde o que mais se faz é reclamar (o segundo é fofocar). Enquanto eu me mantinha afastada dessas práticas, tudo corria bem; embora também não tivesse contato com as pessoas, o que criava uma certa inimizade.

Quando comecei a me envolver, também me deixei influenciar, e aos poucos fui percebendo minha mudança: vivia reclamando, fazia "comentários não muito agradáveis" de algumas pessoas e reclamava mais um pouco. Ou seja, o clima era insuportável!

O Espírito Santo me incomodava, lembrando que não era essa a atitude de um cristão. Mas ao mesmo tempo, dava ouvido às reclamações das minhas amigas e concordava com elas. O problema foi que ouvi mais as minhas amigas do que o Espírito Santo. Resultado: entrei em depressão.

Foi quando me lembrei de quem é o meu Pai (coisa que eu não teria me esquecido jamais se eu levasse uma vida espitirual). Voltei a dar ouvidos ao Espírito Santo, que me lembrou do verdadeiro motivo para trabalhar naquele lugar: fazer a diferença para alguém (foi o "trato" que fiz com Deus, no qual eu fosse trabalhar onde eu pudesse fazer a diferença na vida de alguém).

Parei de reclamar, as pessoas em volta de mim também pararam de reclamar, o clima ficou melhor, e eu me recuperei da depressão. Como resultado: aprendi uma valiosa lição (não deixar de dar ouvidos ao Espírito Santo, que habita em mim), aumentei ainda mais a minha fé e voltei para mais próximo do Pai, de onde nunca deveria ter me afastado.

Mas o fato mais interessante é que, com a minha mudança de atitude, atingi as pessoas próximas a mim, que também mudaram de atitude. E aquelas que não gostavam de mim (por pura implicância ou até sem motivo nenhum), passaram a me respeitar. E mesmo quando uma delas ainda implicava comigo, "como nos velhos tempos", eu não desviava meu foco de Jesus. Logo depois, a verdade aparecia e a justiça era feita.

Portanto, para mim, isso é ser espiritual: colocar em prática todos os ensinamentos de Jesus."

Somos, enfim, cidadãos de outro reino, com o dever de influenciar os reinos daqui. Assuma uma postura que testemunhe uma espiritualidade pontuada por orações de fé, com atitudes inequívocas que revelam caráter, temperamento e amor transformados para a glória de Deus.

Paz!

pr. Edmilson Mendes

Edmilson Ferreira Mendes é teólogo. Atua profissionalmente há mais de 20 anos na área de Propaganda e Marketing. Voluntariamente, exerce o pastorado há mais de dez anos. Além de conferencista e preletor em vários eventos, também é escritor, autor de quatro livros: '"Adolescência Virtual", "Por que esta geração não acorda?", "Caminhos" e "Aliança".

Contatos com o pastor Edmilson Mendes:

[email protected]

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- Escalei o Jaraguá… foi demais!

- Te entendo. Mas, se você quer realmente saber o que é "escalar", terá de encarar o Everest!

Em todas as áreas existem os conceitos, lugares e pessoas "inquestionáveis". É o Pelé no futebol, o Michael Jordan no basquete, o Bolt na corrida, o Phelps na natação, a Torre Eiffel em Paris, as pirâmides no Egito, as artes no Louvre, entre outros. Embora "inquestionáveis" sempre surgem questionamentos, duvidando, discordando, rejeitando, desqualificando, diminuindo. Porém, resistentes ao tempo, às críticas, aos ataques, seguem altos e imponentes, sendo cada um o "Everest" na sua área.

E quanto à espiritualidade? À oração? Para onde olhar? A lista de mestres e orientadores é rica. Alguns nomes conquistaram o status de "inquestionáveis", embora passíveis de questionamentos: Lutero, Calvino, Wesley, Spurgeon, Madre Teresa, Ghandi, Martin Luther King, Moody, Charles Finney, Billy Graham. Outros prováveis nomes, anônimos para a opinião pública, conquistaram para você a posição de "inquestionáveis", seu pai, sua mãe, amigo, avô, talvez seu pastor, um conselheiro. Outros nomes, graças à fonte de onde os conhecemos, também usufruem da condição de "inquestionáveis": Isaías, Jeremias, Abraão, Jó, Elias, Eliseu, Paulo, João, Timóteo.

Mesmo com uma lista tão grande, às vezes ficamos confusos sobre qual exemplo seguir. Na dúvida, para não errar, firme os olhos em Jesus. No homem Jesus.

Olhei para os evangelhos. Comecei a ler sobre a vida do verbo que se fez carne. Ele, o unigênito do Pai, agora, homem entre nós. Sua humanidade surpreende pela acomodação, quando abre mão de sua glória, humilha-se e submete-se a um plano de resgate, acomodando-se aos impensáveis limites humanos para quem era, é e sempre será eternamente divino.

Olhe fixa e atentamente para o homem Jesus. Sim, é Ele o Filho único de Deus, o Messias aguardado, o desejado das nações. Olhe e surpreenda-se com Ele. Preste muita atenção em algumas palavras e reações: "… tudo o que quereis que os homens vos façam, fazei-o também vós… quando entrardes nalguma casa, saldai-a; e, se a casa for digna, desça sobre ela a vossa paz; mas, se não for digna, torne para vós a vossa paz… odiados de todos sereis por causa do meu nome… hipócritas, sabeis diferençar a face do céu, e não conheceis os sinais dos tempos?… fariseu cego!… sois semelhantes aos sepulcros caiados… serpentes, raça de víboras… então nem uma hora pudeste velar comigo?… Deus meu, por que me desamparaste?… É-me dado todo o poder no céu e na terra.".

As frases do parágrafo acima são todas do evangelho de Mateus. Revelam amor, indignação, inconformismo, denúncia, insatisfação, tensão. Nenhuma destas emoções, no entanto, sugerem que Jesus não fosse espiritual nestes momentos de protesto. Em Cristo somos espirituais durante todo tempo. Lógico, Ele sabia dosar e controlar suas emoções, nós, como sabemos, falhamos demasiadamente no controle das nossas emoções. Mas ao olharmos para Jesus e a forma autêntica e corajosa como viveu sua humanidade, somos inspirados e motivados a imitá-lo.

Olhar a vida na perspectiva que Cristo olhou e olha, naturalmente nos levará para uma vida de oração. Como diz a opinião da Lucimar, no comentário do post da semana passada, "há como viver uma vida em oração sem ser um ser espiritual?", concordo com ela. As duas posições são na verdade uma só. Orar todo tempo é entregar e confiar a Deus todos os momentos, refeições, lazer, compras, viagem, reunião, estudo, relacionamento. Para ficar claro, vou compartilhar com você uma resposta que me foi enviada para as perguntas que fiz, Flavia, a autora, me autorizou a publicar. Leia com atenção e perceba como uma espiritualidade integral pode mudar e melhorar radicalmente nossas vidas.

"Ser espiritual é levar a vida com o foco em Jesus, isto é, lembrando que não pertencemos a esse mundo, que estamos só de passagem, que o nosso objetivo é termos uma vida santa e dedicada à pregação do evangelho.

Colocar isso em prática que é a questão.

Por exemplo, trabalho em um laboratório onde o que mais se faz é reclamar (o segundo é fofocar). Enquanto eu me mantinha afastada dessas práticas, tudo corria bem; embora também não tivesse contato com as pessoas, o que criava uma certa inimizade.

Quando comecei a me envolver, também me deixei influenciar, e aos poucos fui percebendo minha mudança: vivia reclamando, fazia "comentários não muito agradáveis" de algumas pessoas e reclamava mais um pouco. Ou seja, o clima era insuportável!

O Espírito Santo me incomodava, lembrando que não era essa a atitude de um cristão. Mas ao mesmo tempo, dava ouvido às reclamações das minhas amigas e concordava com elas. O problema foi que ouvi mais as minhas amigas do que o Espírito Santo. Resultado: entrei em depressão.

Foi quando me lembrei de quem é o meu Pai (coisa que eu não teria me esquecido jamais se eu levasse uma vida espitirual). Voltei a dar ouvidos ao Espírito Santo, que me lembrou do verdadeiro motivo para trabalhar naquele lugar: fazer a diferença para alguém (foi o "trato" que fiz com Deus, no qual eu fosse trabalhar onde eu pudesse fazer a diferença na vida de alguém).

Parei de reclamar, as pessoas em volta de mim também pararam de reclamar, o clima ficou melhor, e eu me recuperei da depressão. Como resultado: aprendi uma valiosa lição (não deixar de dar ouvidos ao Espírito Santo, que habita em mim), aumentei ainda mais a minha fé e voltei para mais próximo do Pai, de onde nunca deveria ter me afastado.

Mas o fato mais interessante é que, com a minha mudança de atitude, atingi as pessoas próximas a mim, que também mudaram de atitude. E aquelas que não gostavam de mim (por pura implicância ou até sem motivo nenhum), passaram a me respeitar. E mesmo quando uma delas ainda implicava comigo, "como nos velhos tempos", eu não desviava meu foco de Jesus. Logo depois, a verdade aparecia e a justiça era feita.

Portanto, para mim, isso é ser espiritual: colocar em prática todos os ensinamentos de Jesus."

Somos, enfim, cidadãos de outro reino, com o dever de influenciar os reinos daqui. Assuma uma postura que testemunhe uma espiritualidade pontuada por orações de fé, com atitudes inequívocas que revelam caráter, temperamento e amor transformados para a glória de Deus.

Paz!

pr. Edmilson Mendes

Edmilson Ferreira Mendes é teólogo. Atua profissionalmente há mais de 20 anos na área de Propaganda e Marketing. Voluntariamente, exerce o pastorado há mais de dez anos. Além de conferencista e preletor em vários eventos, também é escritor, autor de quatro livros: '"Adolescência Virtual", "Por que esta geração não acorda?", "Caminhos" e "Aliança".

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