“Para suportar as aflições dos outros, todo mundo tem coragem de sobra.” Benjamim Franklin. Não é? Para os outros geralmente temos boas receitas, estratégias e forças sobrando para resolver as aflições que não nos afligem! Quando olhamos de fora as críticas e soluções são fáceis, resolvemos tudo rapidamente e nem entendemos porque as vítimas estão sofrendo tanto.
Costumo dizer que dor é um sentimento que não deve ser comparado. Cada um sabe da sua. Como se diz no dito popular, cada um sabe onde dói o calo. É impossível sentirmos exatamente o que o outro sente. Mas é possível adotarmos uma posição de respeito, solidariedade e sincera oração pelas aflições dos outros.
Agora vamos falar com quem está no centro da aflição, todo aquele que foi diretamente atingido por um drama, uma doença, uma perda, uma decepção. E tudo em proporções incontroláveis, provocando aquelas situações que simplesmente fogem ao controle, restando apenas dor e lágrimas. Este é um quadro de aflições que afetam o coração e a alma.
A maioria quando se vê envolvida num poço de aflições logo começa a lamentar, reclamar, questionar e, por vezes, praguejar e blasfemar, concluindo que Deus não agiu com bondade, graça e amor. É neste ponto que a fidelidade ao Eterno vacila, se enfraquece e brechas gigantescas são abertas para a entrada de práticas e pecados que, nos tempos de bonança, seriam impensáveis.
Mantenha-se fiel, mesmo em meio a mais aguda aflição. A carta de Tiago, logo em seu primeiro capítulo, no versículo 12, traz uma palavra de extremo conforto e consolação: “Feliz é aquele que nas aflições continua fiel. Porque, depois de sair aprovado dessas aflições, receberá a vida, o prêmio que Deus tem prometido aos que o amam.” (BLH)
Não seja reprovado nas aflições, antes continue ainda mais fiel Aquele que por você deu a vida. Imagine se a infidelidade fosse automática a cada aflição, simplesmente não teríamos mais nenhum casamento, pois todos enfrentam aflições. Aproveitando a comparação, pergunte aos casais mais velhos sobre as aflições que já enfrentaram, certamente saíram delas mais maduros, mais felizes, mais profundos no amor.
Termino com um pensamento de Spurgeon: “Aqueles que mergulham no mar das aflições trazem pérolas raras para cima.” Tais pérolas só são encontradas em águas profundas. Não é difícil compreendermos a metáfora, basta olharmos para trás e lembrarmos de lições aprendidas em cada aflição que enfrentamos, suportamos e passamos. Foram lições que não teríamos aprendido de outra forma. Certamente foram lições que nos tornaram melhores em vários aspectos da vida e dos relacionamentos.
Ninguém mergulha porque quer no mar das aflições, mas indistintamente todos são empurrados pelos eventos da vida para as situações mais complicadas. Pense, lute, tente resolver, se esforce, mas acima de tudo, continue fiel ao seu Criador, pois ainda que não veja, grandes bênçãos resultarão ao final das aflições. Sim, ao final! Elas passam, existe um dia para o seu término, o dia no qual a aprovação chega e finalmente saímos das aflições. Paz!
Edmilson Ferreira Mendes é teólogo. Atua profissionalmente há mais de 20 anos na área de Propaganda e Marketing. Voluntariamente, exerce o pastorado há mais de dez anos. Além de conferencista e preletor em vários eventos, também é escritor, autor de quatro livros: '"Adolescência Virtual", "Por que esta geração não acorda?", "Caminhos" e "Aliança".
* O conteúdo do texto acima é uma colaboração voluntária, de total responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal Guiame.
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