“Não existe morte pior que o fim da esperança.” Esta frase é atribuída ao Rei Arthur. Concordo com ela, pois de forma bastante lúcida e clara, explica o volume que não cessa de aumentar em nosso meio, o dos mortos vivos. Gente que já não espera mais nada da vida, gente que desistiu, se cansou, jogou a toalha, colocou um ponto final na própria capacidade de ter esperança. Hoje apenas empurram a vida sem qualquer objetivo ou propósito.
Existe entre nós um Reino. Neste Reino existe um Rei. Porém o mundo tem feito cada vez mais a opção de rejeitar este Rei e seu Reino. Por conta desta infeliz escolha, a de simplesmente rejeitar, falta o Rei para colocar ordem no caos. O quadro é sob vários ângulos, desesperador. É neste caldo que se multiplicam juízes.
Tem juiz pra tudo, em toda hora e em todo lugar. Faça o que fizer, não faltarão olhares e celulares registrando cada expressão, palavra e comportamento. Sem falar naqueles eventos que se pensavam anônimos e, de repente, viralizam nas redes sociais. E dá-lhe memes, textões, teses, ataques, chacotas, julgamentos.
Como tem muito juiz e cada um julga como quer e de acordo com o código que bem entende, a noção de certo e errado, mentiroso e verdadeiro, imoral e moral, enfim, a noção do que seja bom ou mal fica diluída, confusa, evaporando-se no ar de ideias vagas, vazias, inconsequentes e muitas vezes absurdas, multiplicando protestos os mais diversos pelas causas mais bizarras e impensáveis.
Tudo, ou quase, é ideologizado. Muitos abraçam causas sem nem considerar seus conteúdos e pautas, desde que sejam discursos produzidos pela ideologia e ídolos que abraçaram, tudo o mais tá valendo, não importa se os resultados serão injustos, corrompidos, o que importa é se dar bem, vencer as discussões nas redes sociais, triturar reputações, abater aqueles que são rotulados como inimigos e ver sua ideologia triunfar, ainda que desonestamente. Enquanto isso, os milhares de “juízes” vão dando suas sentenças, usando argumentos rasos e parciais para validar o que pensam.
Esse tempo de juízes inconsequentes e senhores de si, também existiu na Bíblia. O livro de Juízes, em seu último capítulo e versículo, sintetiza o ambiente cultural, social e religioso daquela época: “Naquele tempo não havia rei em Israel, e cada um fazia o que bem queria.” Em outras palavras, caos total em toda nação.
Resta uma esperança, voltar-se para o Rei do Reino. No filme “O Rei Leão”, depois das terras do rei serem dominadas por um traidor e um bando de hienas que arrasaram com tudo, Nala, uma leoa que conseguiu fugir daquele caos, finalmente encontra Simba, o Rei por direito, e diz a ele: “A procura de ajuda eu encontrei você, será que não entende?! Você é a única esperança!” No caso de Jesus, fique em paz, se procurá-lo vai encontrar, e Ele não tem nenhuma dúvida quanto a ser nossa única, suficiente e verdadeira esperança. Ao Rei, a glória!
Edmilson Ferreira Mendes é teólogo. Atua profissionalmente há mais de 20 anos na área de Propaganda e Marketing. Voluntariamente, exerce o pastorado há mais de dez anos. Além de conferencista e preletor em vários eventos, também é escritor, autor de quatro livros: '"Adolescência Virtual", "Por que esta geração não acorda?", "Caminhos" e "Aliança".
* O conteúdo do texto acima é uma colaboração voluntária, de total responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal Guiame.
Leia o artigo anterior: E se faltar o pão de cada dia?
Sua avaliação é importante para entregarmos a melhor notícia
O Guiame utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência acordo com a nossa Politica de privacidade e, ao continuar navegando você concorda com essas condições