O pior cego é aquele que não quer ver. O número de cegos propositais não para de crescer. O impensável está acontecendo. O que antes se resumia em profundas cicatrizes na alma, como choro, frustração, desapontamento, decepção, hoje virou motivo de festa. Atingimos o ápice da inversão de valores e o beboche se instalou de forma oficial entre nós.
Estou falando dos descasados, desquitados, separados, enfim, daqueles que chegaram no ponto de romper com os votos apaixonados feitos num passado cada vez menos distante e, diferente da ainda grande parte daqueles que vivem tais situações, em vez de chorar o fracasso, dão gargalhadas do mesmo. É o que indica a indústria que organiza Festa de Descasamento. Segundo alguns organizadores, as festas têm tido média de 500 participantes, bebendo e se regalando em cima da separação de um casal.
Tente imaginar o tamanho do mico. Receber 500 convidados custa caro, muito caro. Fantasiar-se de noiva, ou de noivo, novamente. Alugar carro. Entrar sozinha sorrindo o riso da vingança e ao final, num último toque fatal de mau gosto, lançar um buquê de camisinhas abertas para as solteiras presentes. Pensa que acabou? Tem mais, e pior. Algumas mulheres colocam a foto do ex-marido numa parede, como alvo, para que todos os convidados se divirtam atirando dardos. Outras, oferecem rolos de papel higiênico com a foto do ex ou da ex estampada, credo! E chega.
Cegos dirigindo cegos. O pecado e suas falências se acha o tal. Com orgulho se ergue a bandeira da separação. Com ar de superioridade não se chora nem se arrepende sobre os pedaços destruídos de antigos amores. Sem qualquer pudor se estoura rojões comemorando a destruição de um lar, torrando muita grana em todo esse louco processo. É a festa da cegueira virando epidemia numa sociedade míope por conta dos seus própriospecados.
Antes, casamentos terminavam num velório: até que a morte os separe. Hoje, começa a terminar numa festa. É a oficialização da decadência como símbolo de status, mascarando sentimentos e produzindo cada vez mais inimizade contra Deus. A família segue sendo atacada, mas, mesmo em meio a tanta gente e tantos deuses, aquela voz desafiadora precisa continuar insistindo: Sigam as modinhas e os deuses que quiserem, mas eu e minha casa serviremos ao Senhor.
Paz!
Por Edmilson Mendes
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