" - Vocês deviam amar a todos, perdoar e aceitar...
- Como assim?
- Ora, como Jesus ensinou!
- Não seja ingênua, Jesus ainda não veio."
Tive conhecimento deste diálogo semana passada. Quem me contou foi Camila, minha sobrinha, que passa uma temporada nos Estados Unidos, trabalhando e estudando. Trabalha como "au pair" na casa de uma família judia ortodoxa, portanto, vive numa casa onde a prática do judaísmo é bem observada.
No diálogo acima, quem fala sobre Jesus é uma tia da família, de confissão batista. Quem responde é a mãe, ou seja, a patroa da minha sobrinha.
Toda a complexidade que envolve os séculos e séculos da história dos conflitos entre Israel e seus inimigos, só encontra uma explicação plausível se olharmos para aquele que eles não conseguem ver: Jesus.
Tente acompanhar as notícias, as entrevistas, os debates. Ouviremos professores de história, analistas políticos, diplomatas, presidentes, especialistas em táticas de guerras, sobreviventes de outras guerras, imigrantes, religiosos, judeus, muçulmanos, ateus, civis. Enfim, das variadas visões ouviremos sobre o direito a terra, necessidade de um estado palestino, proteção dos Estados Unidos a Israel, terrorismo islâmico, arrogância sionista, direito de defesa dos judeus etc, etc, etc. Independente da posição, cada opinião é dada com boa argumentação histórica, econômica, social, política, humanitária e religiosa. Ou seja, quanto mais se ouve, mais se percebe a enorme dificuldade para achar uma solução.
E é neste ponto que reside e resiste esta milenar complexidade. Os argumentos de ambos os lados são carregados de emoção, ódio e busca por justiça. Portanto, a dinâmica das reuniões e diálogos, ou mesmo das guerras, é uma dinâmica focada no legalismo. Se a lei diz assim, assim tem que ser, é o nosso direito!
De um lado, muçulmanos, adoradores de um único deus, Alá. De outro judeus, adoradores do único Deus, Adonai. Ambos os povos têm suas leis e doutrina a serem seguidas. Um segue o Alcorão, o outro, a Bíblia Hebraica, o Velho Testamento. Ambos entendem que o seu Deus dará a vitória final e definitiva, exterminando todos os inimigos. Esta é a dinâmica da lei, eu obedeço, então tenho méritos, tenho direitos.
Voltemos ao diálogo inicial. Nele, falta o Messias. Para ambos os povos, Jesus, o Messias, não veio. Jesus foi um sábio que existiu, talvez um profeta, um agitador, mas não o Filho de Deus que em breve virá outra vez.
Ao retirar Jesus da equação, fica apenas a letra fria da lei, pois tirar Jesus é abrir mão do amor. A lei diz "Bateu, levou". Jesus diz: "Bateu? Dê a outra face! Perdoe! Ame!". Mas como fazer isso sem Jesus? Impossível!
Gaza precisa de graça. Israel precisa de graça. Eu e você, nos conflitos dos nossos particulares relacionamentos precisamos de graça. Graça salvadora, libertadora, redentora. Ou Jesus morreu por todos, ou não morreu por ninguém! Estou absolutamente convicto, por causa de João 3.16, que Ele morreu por todos, judeus, muçulmanos, brasileiros, argentinos, todos! Sem exceção alguma, "Porque a Graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens." Tito 2.11
Seria simples assim? Seria! Pergunte a um judeu ou muçulmano convertidos, que já aceitaram Jesus como seu único e suficiente Salvador, eles choram por verem seus povos presos a crenças que não salvam, não libertam, não transformam. Mas sabem que, quanto a eles, mergulharam na graça de Cristo, único caminho para viver a profundidade do amor e da harmonia eternamente.
Paz!
Edmilson Ferreira Mendes é teólogo. Atua profissionalmente há mais de 20 anos na área de Propaganda e Marketing. Voluntariamente, exerce o pastorado há mais de dez anos. Além de conferencista e preletor em vários eventos, também é escritor, autor de quatro livros: '"Adolescência Virtual", "Por que esta geração não acorda?", "Caminhos" e "Aliança".
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