Ninguém curtiu meu post. Somente dez pessoas curtiram meu post. Meu post bombou, mais de cinquenta pessoas curtiram. Estas são frases comuns ditas pelo pessoal que usa o face com regularidade, lamentando e se alegrando conforme o número de curtidas.
Se o número de curtidas é importante, quem curte também é. Ás vezes as curtidas são poucas, mas são das pessoas que importam. Ás vezes aparecem curtidas de gente que nunca se viu, estão ali só para fazer uma média, como se diz.
Para mim, o problema é que falta um botão no facebook, o botão “não curti”. Devido ao seu vertiginoso crescimento, tudo cresceu no face, inclusive os posts “nada a ver”, enfim, tem muita coisa sendo postada que mereceria um “não curti”.
Sempre vai existir a possibilidade da indiferença e da rejeição. Mas as vezes é pouco. Declarar “não curti” poderia ter um efeito melhor. Como, por exemplo, diminuir o número de baixarias e publicações de gosto no mínimo duvidoso. Seria mais ou menos como essas pesquisas de preferências, o autor do post saberia se sua publicação mais agradou ou mais desagradou.
Creio que diminuiria também por outro motivo. Poucas pessoas ficam a vontade com reprovações públicas. Ou seja, ter um número maior de “não curti” do que “curti” faria muitos repensarem postagens. Eu sei, muitos podem alegar que existe a área de comentários, porém muitas publicações não inspiram qualquer comentário, além do tempo que se necessita. Enfim, um simples “não curti” resolveria.
O que não curto? Postagens pornográficas através de fotos ou textos. Ofensas. Calúnias. Zueiras descabidas com qualquer grupo: brancos, negros, amarelos, ateus, cristãos, budistas, espíritas, homos, héteros, católicos, torcidas. Lógico, esta é a minha lista. Cada um terá a sua. E cada lista terá concordâncias e discordâncias que serão defendidas ou atacadas via liberdade de expressão. Tudo bem. E também por isso um botãozinho com um simples “não curti” se encaixaria muito bem.
A proposta do evangelho tem essa dinâmica, “quem crer e for batizado...” Ou seja, a mensagem do evangelho respeita opiniões, “quem crer” e “quem não crer”. Lógico, não se trata de “curtir”. Crer é bem diferente e atinge profundidades transformadoras incomparáveis com uma simples curtição. Enfim, como tudo na vida, onde posso me expressar, eu curtiria se houvesse também o botão “não curti”.
Paz!
- por Edmilson Mendes
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