O trono do mundo está vago

Eis o perigo real, cada um fazer o que bem entende, cada um defender como certo o que acha que é certo, mesmo que não seja.

Fonte: Guiame, Edmilson Ferreira MendesAtualizado: quinta-feira, 12 de setembro de 2019 às 15:28
(Foto: Pinterest)
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Monarquias são boas sempre que governadas por reis bons. Reis que sejam sábios, justos, éticos e focados no bem-estar das pessoas, sempre foi o sonho de consumo de muitos povos ao longo da história. Mas numa rápida investigação logo se descobre que existiram muitos reis decepcionantes, homens que não mereciam a coroa que ostentaram.

Reis fracos, glutões, lascivos, desonestos, violentos, inconsequentes, deixaram seus rastros de destruição por onde passaram. Fizeram sofrer, gemer e morrer inocentes, indefesos, milhares de pessoas incapazes de qualquer reação. Exploraram bens e terras que não lhes pertenciam. Possuíram mulheres proibidas. Como consequência de suas insanidades, enfraqueceram e destruíram nações. Reis, enfim, que nunca foram dignos.

Onde estão os bons reis deste mundo? Procure nos palácios, nos castelos, nos morros, nas assembleias, nos desfiles, nas paradas, nos congressos, o que se acha são apenas tronos vazios. Os reis sumiram. Vivemos num reino sem rei, num reino sem comando equilibrado, sem justiça segura, sem vida, sem esperança.

Plebeus, súditos, escravos, servos, serviçais, explorados, soldados, enfim, gente à procura de um rei, esperando por um rei que as oriente, não falta. Mas sem o rei o que se vê é a falta de um mínimo de ordem. O trono do mundo está vago e, sem uma voz para se ouvir, respeitar, honrar, obedecer e se deixar guiar, uma grande bagunça é o que presenciamos.

Homens e mulheres fracos no caráter, na moral, nas virtudes, nas palavras, nas promessas, nos pactos, nos votos, nos acordos, se multiplicam invadindo templos, comunidades, contaminando famílias inteiras, assustando corações que outrora apostaram suas fichas em tais pessoas.

Políticos não cessam de roubar o futuro das pessoas. Artistas querem porque querem impor sua agenda desconstrutivista, detonando a fé, a crença, os ritos, as liturgias, os pudores, a sacralidade, os símbolos, tudo. E nesse tudo não existe dó nem pena, não se poupa ninguém, todos os mais belos e puros sonhos têm de ser destruídos, inclusive de crianças, a fim de se estabelecer o reino de confusão e decadência que tanto veneram.

Houve um tempo assim no antigo Israel. O que se via era uma deplorável ruína de valores, de decência, de amor. Aquele tempo foi sintetizado no último versículo do livro de Juízes, capítulo 21, versículo 25: “Naquele tempo Israel não tinha rei. Cada um fazia o que achava que estava certo.”

Eis o perigo real, cada um fazer o que bem entende, cada um defender como certo o que acha que é certo, mesmo que não seja. E ai de quem discordar. Esse tempo chegou, o trono do mundo está vago e a confusão destruidora avança sem qualquer apelação. Mas o trono que interessa, o trono eterno, o trono do céu, este está ocupado pelo Rei que ressuscitou e reina para todo o sempre! Não importa o caos, nEle a gente pode e deve confiar, pois somente Ele devolverá a ordem que tanto necessitamos. Maranata!

Edmilson Ferreira Mendes é teólogo. Atua profissionalmente há mais de 20 anos na área de Propaganda e Marketing. Voluntariamente, exerce o pastorado há mais de dez anos. Além de conferencista e preletor em vários eventos, também é escritor, autor de quatro livros: '"Adolescência Virtual", "Por que esta geração não acorda?", "Caminhos" e "Aliança".

* O conteúdo do texto acima é uma colaboração voluntária, de total responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal Guiame.

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