Páscoa, urgente!

É preciso entrar em comunhão com a vida poderosa de Cristo, única força capaz de resistir a fúria dos Faraós modernos.

Fonte: Guiame, Edmilson Ferreira MendesAtualizado: quinta-feira, 25 de abril de 2019 às 13:01
Homem chora em funeral no Sri Lanka. (Foto: Reprodução/VN)
Homem chora em funeral no Sri Lanka. (Foto: Reprodução/VN)

Cristãos no mundo inteiro relembraram a noite na qual a décima praga passou por todo o Egito e condenou primogênitos de todas as classes e categorias à morte. As invenções posteriores tentam emplacar um dia de tédio, coelhinhos, chocolate, pegadinhas pelo chão da casa... Páscoa, no entanto, nunca será isso.

Páscoa é uma cerimônia urgente. Êxodo 12:11 imprime bem o tom: “Assim, pois, o comereis: os vossos lombos cingidos, os vossos sapatos nos pés, e o vosso cajado na mão; e o comereis apressadamente; esta é a Páscoa do Senhor.” Ou seja, o Senhor passaria naquela noite, pouparia apenas os que estavam aliançados com Ele.

Nenhuma chance deveria ser dada no sentido de se ficar para trás, de ser esquecido ou indiferente, portanto, todos tinham de estar prontos. A ordem era clara, sacrifiquem o cordeiro à noite, porque o sonho acalentado por séculos se realizará logo pela manhã. Faraó finalmente se curvará e autorizará a partida do povo de uma escravidão que parecia interminável.

Se você for daqueles que gostam de explorar o texto bíblico, vai descobrir que a ira de Faraó voltou triplicada e saiu em perseguição ao povo com uma sede implacável por sangue. Opa! Agora começa fazer sentido a ordem de Deus, estejam vestidos, calçados, equipados, prontos para partir! Muitas vezes não compreendemos as ordens de Deus. Mas aprenda, na escola do Mestre, obedecer vem antes de compreender, foi isso que Ele em João 13:7 disse a Pedro: “o que eu faço, não o sabes tu, agora, mas tu o saberás depois.”

Faraó continua perseguindo cristãos no mundo. Dia 21 de abril, domingo de Páscoa, cristãos celebravam a data ao redor do mundo. No Sri Lanka as comemorações não foram tão tranquilas. Atentados terroristas suicidas contra vários lugares, incluindo muitas igrejas cristãs, levaram à morte mais de 290 pessoas e deixaram mais de 500 feridos. Por sua fé, cristãos continuam a ser o grupo mais perseguido e executado ao redor do mundo, principalmente em países e cidades do oriente.

Choramos por Notre-Dame. Mas é mais que necessário chorar, protestar e bradar aos quatro cantos gritos e lágrimas pelas inúmeras mortes de Moçambique, causadas por ventos furiosos, e agora, também pelos atentados no Sri Lanka. Tragédias não se excluem, não podemos ser seletivos quando vidas estão sendo perdidas.

Mas parece que a mídia seleciona quais mortes e perseguições interessam à sua pauta. A de cristãos, como você já deve ter notado, não interessa muito. A Páscoa continua sendo urgente e assim será até a volta de Cristo, o nosso Cordeiro Pascal. E por que a sua urgência? Porque ela celebra e traz em si a única resposta capaz de curar o planeta: a ressurreição do Cordeiro que morreu uma única e definitiva vez para nos resgatar da morte eterna.

Mas eu não morri, argumentam alguns. Mas a bondade, a tolerância, a capacidade de perdoar, a doação, a ajuda sacrificial, o respeito, o temor ao Pai, as virtudes morais, o amor incondicional, tudo isso precisa ressuscitar urgentemente. Para que isso aconteça, seja real e faça a diferença em nossos dias, é preciso se aproximar do pão e do vinho, é preciso entrar em comunhão com a vida poderosa de Cristo, única força capaz de resistir a fúria dos Faraós modernos, sistemas, culturas e pessoas que descaradamente tratam como invisíveis os milhares que estão morrendo em perseguições sem fim.

Vigie em todo o tempo. Esteja sempre pronto a responder a razão da sua fé. Pregue, ensine, testemunhe. O Senhor continua passando nos lares, continua protegendo famílias, continua libertando cativos. Não se impressione com a confusão dos eventos loucos dos nossos dias, apenas obedeça a voz do seu Senhor através da sua Palavra revelada. A Páscoa é pra sempre, Cristo é pra sempre, teremos toda a eternidade para compreender as dores que não entendemos nesta presente era. Maranata!

Edmilson Ferreira Mendes é teólogo. Atua profissionalmente há mais de 20 anos na área de Propaganda e Marketing. Voluntariamente, exerce o pastorado há mais de dez anos. Além de conferencista e preletor em vários eventos, também é escritor, autor de quatro livros: '"Adolescência Virtual", "Por que esta geração não acorda?", "Caminhos" e "Aliança".

* O conteúdo do texto acima é uma colaboração voluntária, de total responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal Guiame.

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