Pichadores, cuidado!

Pichadores, cuidado!

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:31

Rick Nóia. Por este nome é conhecido o líder dos pichadores de prédios de Campinas. Orgulhosamente ele diz: "Se o Homem-Aranha vier para Campinas, vai ficar desempregado, porque eu e os brothers escalamos qualquer prédio". Em relação ao filho, diz: "Meu filho tem 3 anos. Quero que ele seja pichador ou, pelo menos, grafiteiro". Quanto a prática de pichar prédios, sem o menor constrangimento, diz: "Sabe como é, uns gostam de futebol, outros de novela, nós gostamos de pichar. E não adianta tentar impedir, pois nossa pichação nunca acabará. Cada um faz o que gosta".

Essas falas são trechos de uma entrevista veiculada na CBN Campinas. E são a resposta à polícia local, que está desencadeando uma ação para prender os pichadores e acabar com esse tipo de vandalismo contra o patrimônio dos cidadãos atingidos.

Rick Nóia e os seus liderados vêem a pichação como arte, ou seja, eu chego na fachada da sua casa ou empresa, picho qualquer coisa, e você tem de aceitar, é arte, gostou?

O que chama a atenção quando se ouve a entrevista, é que não existe ironia nas suas declarações, Rick Nóia pensa exatamente daquela forma. Tudo é normal e legal, desde que se goste do que faz.

Infelizmente, silenciosa e sorrateiramente, as igrejas também estão cheias de "Rick Nóia". São crentes que a gente ouve falar, mas não vê. Eles têm nome na membresia da igreja, têm endereço, têm família. Mas também têm um codinome para as atividades proibidas. Também escalam as colunas da ética, da moral, e picham descaradamente. Adulteram contratos, sonhos, vidas. Levam uma vida dupla e não querem saber se estão destruindo o patrimônio do próximo, a dignidade, a decência. Simplesmente vão pichando. Uma fofoca ali, uma calúnia acolá. Um barzinho "inofensivo". Uma "baladinha" só, que mal fará, né? Uma reclamada a respeito do marido para outras irmãs. Uma ridicularizada na esposa perante os irmãos. Uma puxada de tapete no pastor. Uma clicada num site pornográfico. Enfim, pichar vicia, como diz Rick Nóia, não dá para parar.

E de tanto pecar anonimamente, repetitivamente, acaba-se por entender tudo como sendo normal, afinal, como se está fazendo o que se quer e o que se gosta, não cabe acusação ou condenação. Cada um na sua. E ai dos irmãos mais piedosos que se incomodarem!

Esta tem sido a realidade de boa parte do rebanho. Esconde-se no anonimato, onde tranqüilamente praticam propositalmente os seus pecados. Gostam do que fazem, não querem ser descobertos e nem penalizados. Para esta parte do rebanho o pecado transformou-se apenas num item a escolher, algo como "devo comprar uma camisa azul ou branca?". Ou seja, o pecado é só uma questão de gosto e estética, seja qual for a escolha não terá maiores conseqüências.

Engano. Perigoso engano. Pichar prédios, pontes, monumentos, fachadas, tem seus riscos. Muitos jovens que não saem nos noticiários têm perdido a vida nesta aventura. E mais, como diziam os antigos, a justiça tarda, mas não falha.

Aos pichadores da vida vale um alerta, nem tarda e muito menos falha, a perfeita justiça de Deus. Pichadores de prédio até se dão ao luxo de aproveitar a calada da noite e seu anonimato. Pichadores de vida não devem se iludir com esta possibilidade. O dono da igreja nunca dorme, a todos sonda, a tudo vê! Corações endurecidos, manchados e pichados pelo pecado, irreconciliáveis e irretratáveis, terão a sua paga, é isto que afirma Romanos 2.5-6: "Mas, segundo a tua dureza e teu coração impenitente, entesouras ira para ti no dia da ira e da manifestação do juízo de Deus. O qual recompensará cada um segundo as suas obras".

Existe solução para paredes pichadas? Sim, demanda gastos e trabalho, é só pintar de novo. E para corações pichados, existe solução? Sim, demanda arrependimento e confissão, é só pintar de novo. Com qual tinta? Uma bem vermelha! Aliás, não é bem uma tinta, é o sangue do Cordeiro, aquele que nos purifica de todos os pecados, aquele que não tolera vida dupla, mas nos aceita como somos e nos transforma para glória do seu nome.

Paz!

Edmilson Ferreira Mendes é teólogo. Atua profissionalmente há mais de 20 anos na área de Propaganda e Marketing. Voluntariamente, exerce o pastorado há mais de dez anos. Além de conferencista e preletor em vários eventos, também é escritor, autor de quatro livros: '"Adolescência Virtual", "Por que esta geração não acorda?", "Caminhos" e "Aliança".

Contatos com o pastor Edmilson Mendes:

[email protected]

www.mostreatitude.com.br

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