Gostava de brincar de esconde-esconde. Os sustos, as surpresas e a emoção de achar os escondidos faziam a adrenalina dançar. Na minha infância, esconde-esconde não se limitava ao espaço do quintal ou do condomínio, a geografia era a vastidão do bairro, sem violência e outros perigos.
Como tudo, a infância passou. Segue a vida, mas continuamos a procurar. Mistérios se intercalam a cada novo dia, inúmeras perguntas nos inquietam nas mais variadas buscas, tornando-nos arqueólogos emocionais. Onde foi parar o sorriso despretensioso? E a alegria de ajudar? A contemplação na oração que só quer adorar e agradecer? O beijo afetuoso? O interesse de ouvir? A pausa nas notas musicais? Enfim, procuramos valores que se perderam.
Por que são tão poucos, tendo ou não fé, que conseguem encontrar? Talvez porque procurem com a motivação errada.
O falecido poeta Cazuza, numa de suas músicas dizia: "Ideologia, eu quero uma pra viver." Eu e você sabemos que ele encontrou algumas ideologias para as quais dedicou sua vida e, prematuramente, morreu. Caso tivesse abraçado a única ideologia capaz de transformar as demais ideologias da nossa vida, que é o ideal de seguir a Cristo, o caminho, a verdade e a vida, ele também conheceria, um dia, seu fim. Mas não seria o fim, pois é morrendo que se alcança a condição de ressuscitar para a vida eterna. No caso do Cazuza, como de qualquer ser humano, nosso limite termina aqui, a palavra final só o Soberano Deus sabe.
É justamente pelo fato de só Ele saber, que deveríamos procurar somente n?Ele o bocado de paz, felicidade e definitiva salvação que almejamos encontrar.
Quem procura, acha. Alguma coisa, qualquer coisa, mas acha. Quem procura com Cristo e em Cristo sempre acha. Encontra o melhor, descobrindo dia-a-dia a vontade de Deus para sua vida, "porque qualquer que quiser salvar a sua vida perdê-la-á, mas, qualquer que perder a sua vida por amor de mim e do evangelho, esse a salvará."- Mateus 8:35.
Volte novamente à infância, lembre-se dos bebês com os quais você se deliciou brincando de esconder o rosto e aparecer dizendo: "Achooou!!!" Na seqüência, o bebê gargalhava de prazer. Pode ser que não lembremos, mas fizeram esta brincadeira com a gente e também gargalhamos gostoso. É um prazer e um sorriso assim, puro e ingênuo, agradecido e satisfeito, que o Pai Celestial que provocar em nós, basta acha-lO. É só procurar.
Edmilson Ferreira Mendes é teólogo. Atua profissionalmente há mais de 20 anos na área de Propaganda e Marketing. Voluntariamente, exerce o pastorado há mais de dez anos. Além de conferencista e preletor em vários eventos, também é escritor, tendo escrito quatro livros: '"Adolescência Virtual", "Por que esta geração não acorda?", "Caminhos" e "Aliança".
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