Tim Maia e o Apocalipse.

Tim Maia e o Apocalipse.

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:50

Chamem o síndico, foi refrão de alguns anos atrás, que colocava Tim Maia na posição de síndico do Brasil. Esta semana a justiça resolveu chamar o síndico. O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro atendeu um pedido feito por uma suposta filha do cantor que, através de seus advogados, exige que se proceda exames de DNA para a devida comprovação daquilo que ela afirma.

Tim Maia faleceu em 1998, portanto, considerando 2011, já se vão 13 anos de sepultura. Os herdeiros do cantor, seu filho e seus irmãos, fizeram o possível para que a exumação não fosse autorizada, mas a investigação de paternidade requerida pela suposta filha vai continuar. Ou seja, Sebastião Rodrigues Maia, o Tim Maia, terá seu túmulo aberto para colheita de material.

As possibilidades que motivam cada lado desta ação variam, deixando-nos no exercício da imaginação. Exemplos: A suposta filha só quer ser reconhecida ou, quem sabe, quer apenas colocar a mão na herança e resolver a vida. Os herdeiros querem preservar a honra do Tim ou, quem sabe, só querem preservar seus rendimentos sem ter que dividir com ninguém mais. Enfim, quando se trata de uma figura pública no centro da notícia, cada um pensa o que quer.

Não somos Tim Maia, somos anônimos. Mas, e se fosse com a gente? Já pensou? Nosso avô, nosso pai, sei lá, alguém da nossa maior estima, enterrado há 13 anos e termos que autorizar a realização de uma exumação, via judicial, portanto contra nossa vontade, pelo fato de ter aparecido alguém dizendo-se filha. Independente de ser ou não verdade, no mínimo machucaria, humilharia e faria sofrer um pouco mais o nosso já sofrido coração.

Ah, se o mundo inteiro me pudesse ouvir, tenho muito pra contar, dizer que aprendi. Com estes belos versos, a música de Tim Maia inspirou muitos sentimentos. Os meus, inclusive. No geral, sempre gostei da voz e de algumas músicas do Tim. Não apenas ele, mas cada um de nós, caso o mundo parasse para nos ouvir, teríamos muito para contar? E quanto aquilo que já aprendemos com a vida, seriam boas lições?

Passados 13 anos, o que ainda resta do corpo do Tim Maia vai ter de testemunhar numa investigação. Esqueça, esse texto não pretende julgar o que se fez ou não no passado, apenas pretende provocar a reflexão sobre o fato de que errar, erramos. Pecar, pecamos. Cair, caímos. Aventurar, aventuramos. E tudo gera uma conseqüência aqui e agora, ou lá e depois.

E onde entra o Apocalipse nesta história? Esta notícia sobre a exumação do Tim Maia me fez lembrar do texto de Apocalipse 14.13: Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem dos seus trabalhos, e as suas obras os sigam.

Exumações, freqüentemente e considerando o fato de já ter passado 13 anos, encontram ossos. No evento que a Bíblia chama de Juízo Final, ossos não serão o maior interesse, mas sim o coração com toda a carga de emoção, sentimento, bondade, paixão e vida que as escrituras representam nele. Vamos trabalhar bem para descansar bem. Ok, obras não salvam, mas todo salvo pela graça de Cristo evidencia tão imerecida salvação na prática de boas obras, mesmo que seja um anônimo, pois ainda que o mundo não veja ou se importe, Deus, a todos, continua vendo e se importando.

Paz!

Pr. Edmilson Mendes

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Edmilson Ferreira Mendes   é teólogo. Atua profissionalmente há mais de 20 anos na área de Propaganda e Marketing. Voluntariamente, exerce o pastorado há mais de dez anos. Além de conferencista e preletor em vários eventos, também é escritor, autor de quatro livros: "Adolescência Virtual", "Por que esta geração não acorda?", "Caminhos" e "Aliança".

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