Em tempos sombrios como o que estamos vivendo, os homens têm sido violentamente atacados pelas ideologias malignas contra a família. É sempre bom ressaltar a importância da figura de Deus como Pai amoroso (1Jo 4:8,16), sendo Ele próprio o referencial para seus filhos (Ef 5:1), o provedor (Gn 22:8,14, Mt 6:26) e o protetor (Sl 41:2).
Não é à toa que o primeiro mandamento com promessa é honrar os pais (Êx 20:12; Ef 6:2-3).
O Pai, o forte protetor da família
A figura masculina tem sido sistematicamente descaracterizada e ridicularizada. O objetivo é a destruição da família tradicional à luz da Palavra de Deus e as investidas de fragilizar o macho tem sido avassaladoras.
Talvez seja por isso que esse tema se torne tão importante lembrar que Deus se apresentou como “O SENHOR, forte e poderoso, o SENHOR, poderoso nas batalhas” (Sl 24:8) e “O SENHOR é homem de guerra” (Êx 15:3). O Pai carinhoso com seus filhos é também um forte guerreiro que se dispõe para proteger os seus amados que desfrutam de sua proteção dizendo: “O SENHOR dos Exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio.” (Sl 46:7)
Portanto, o ataque atual contra a figura do pai, bem como ao patriarcado é, na verdade, um ataque direto à “Deus Pai” (Gl 1:1; Ef 6:23; Fp 2:11; Cl 3:17; 1Ts 1:1; 1Tm 1:2; 2Tm 1:2; Tt 1:4; 1Pe 1:2; 2Pe 1:17; 2Jo 1:3; Jd 1:1).
O Pai e o Filho Especial
Certamente, para ser Pai, Deus precisa ter “Filho” e o ápice de sua paternidade se revela em Cristo Jesus, o Filho de Deus (1Jo 2:22; 3:23; 4:15; 5:5,20).
Jesus, o Filho Amado (Mt 3:17; 17:5; 2Pe 1:17) é também o Filho “Unigênito” de Deus (Jo 1:14,18; 3:16,18; 1Jo 4:9; cf. Zc 12:10) e nesse sentido Ele é o Único que detém todos os atributos divinos do Pai. Pois “nEle, habita, corporalmente, toda a plenitude da Divindade.” (Cl 2:9; cf. Fp 2:10,11) o que explica sua primazia sobre os demais “filhos” (Jo 1:15,30; Cl 1:18) que foram adotados e inseridos na grande família de Deus (Ef 2:19).
Deus, o “Pai Nosso” no Antigo Testamento
Nos Evangelhos, é o próprio Filho (Mc 1:1) que declara Deus como o “Pai Nosso, que estás nos céus”, que merece respeito absoluto (Mateus 6:9).
Mas, ao contrário do que muitos pensam, a ideia da paternidade divina não é uma inovação neotestamentária.
Moisés repreendeu Israel lembrando que Deus era o Pai e, portanto, merecia a devida honra: “É assim que vocês retribuem ao SENHOR, povo tolo e insensato? Não é ele o Pai de vocês, que os adquiriu, que os fez e estabeleceu?” (Deuteronômio 32:6)
Nos tempos do profeta Isaías, os hebreus tinham a clara noção de que o Oleiro e Redentor dos fiéis era o “Pai Nosso” que está nos céus: “Olha para nós lá do céu, da tua santa e gloriosa habitação [...] Mas tu és o nosso Pai. Abraão não nos conhece e Israel não nos reconhece, mas tu, ó SENHOR, és o nosso Pai; nosso Redentor é o teu nome desde a antiguidade... SENHOR, tu és o nosso Pai. Nós somos o barro, e tu és o nosso oleiro; e todos nós somos obra das tuas mãos.” (Isaías 63:15,16; 64:8)
Então no livro do profeta Jeremias, o Senhor lamenta profundamente a rebeldia de Israel: “Eu disse a mim mesmo: Como eu gostaria de colocá-la entre os filhos e dar-lhe a terra desejável, a mais bela herança das nações! Pensei que você me chamaria de ‘pai’ e não se desviaria de mim.” (Jeremias 3:19)
Mas, logo à frente Ele mesmo como um Pai que corrige ao filho que ama (Hb 12:6-11; cf. Pv 3:12) promete uma restauração no relacionamento desse “adolescente” rebelde: “Virão com choro, e com súplicas os levarei; eu os guiarei aos ribeiros de águas, por um caminho reto em que não tropeçarão; porque sou pai para Israel, e Efraim é o meu primogênito.” (Jr 31:9).
Filhos adotivos, amados pelo Pai
Em todos os tempos, o povo de Deus foi adotado (Rm 8:15,23; 9:4; Gl 4:5; Ef 1:5) o que nos dá o direito de sermos chamados “filhos” de Deus (1Jo 3:1,2)!
Quando Israel foi chamado de filho primogênito (Êxodo 4:22) isso está relacionado com o Cristo deveria surgir dentre os descendentes de Abraão, Isaque e Jacó (Gl 3:16). E, foi exatamente por isso, que o apóstolo Mateus, inspirado pelo Espírito Santo, fez essa conexão entre Israel e Jesus Cristo quando citou a profecia de Oséias (11:1) sendo cumprida no “êxodo” o Filho de Deus, no Egito (Mt 2:14-15).
O Pai e os seus muitos filhos
Em contrapartida à criação dos animais que, por ordem divina foram produzidos pelas águas e pela terra (Gn 1.20,24; 2:19), os seres humanos foram criado à imagem e semelhança de Deus (Gn 1:26,27; 9.6) e feitos pelas próprias mãos do Senhor (Gn 2:7; Jó 33:4)!
Assim sendo, Adão é considerado como filho Deus (Lucas 3:38) bem como todas as pessoas. Porquanto Deus, “de um só homem fez todas as nações” (At 17:26).
Porém, no plano espiritual, nem todos podem ser chamados “filhos” de Deus (Rm 9:8). Nesse sentido, existem os filhos de Deus, que obedecem ao Pai e os filhos do diabo (1Jo 3:10; cf. Mt 13:38; Jo 8:44; At 13:10) que vivem na prática das más obras.
A Bíblia diz que os filhos de Deus são apenas os que tem fé em Cristo Jesus (Jo 1:2; Gl 3:26). Portanto, os filhos de Deus são guiados pelo Espírito Santo (Rm 8:14; Gl 4:6) e por isso, procuram imitar a seu Pai (Ef 5:1), são pacificadores (Mt 5:9), amam e oram pelos inimigos (Mt 5:44-45) e evitam reclamações (Fp 2:14-15).
Por fim, como filhos, nos alegra dar glória a esse Deus, nosso “Senhor e Pai” (Tiago 3:9)
Felipe Morais é servo temente ao Senhor e atua como pastor na Igreja Batista do Reino, Bacharel em Teologia, escritor (Os Segredos da PÁSCOA: e a Salvação do Povo de Deus | Perdão: assim como nós perdoamos), atua como professor no YouTube pelos canais Curso Bíblico Online e Devocional Bíblico Online.
* O conteúdo do texto acima é de total responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal Guiame.
Leia o artigo anterior: Quem eram os eunucos?
Sua avaliação é importante para entregarmos a melhor notícia
O Guiame utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência acordo com a nossa Politica de privacidade e, ao continuar navegando você concorda com essas condições