Sionismo não é igreja evangélica.
Sionismo não é igreja católica.
Sionismo não é judaísmo.
Sionismo não é uma nova seita religiosa.
Sionismo: Bíblia ou política?
Não existe o termo Sionismo na Bíblia. O termo "Sião" refere-se a Jerusalém e ao Monte Sião, vem de Sião (Zion), elevado. Onde se encontram a colina em Jerusalém em que o Templo de Salomão foi construído (atual Domo da Rocha), tornando-se um símbolo espiritual para os judeus, cristãos e muçulmanos.
Apesar de não ser bíblico, mas político, algumas passagens bíblicas que são frequentemente citadas em relação ao Sionismo:
1. A promessa da Terra de Israel: A Bíblia contém muitas promessas de Deus ao povo judeu sobre a Terra de Israel, incluindo a promessa de que a terra seria dada a eles como herança.
2. O retorno dos exilados: As Escrituras também falam sobre o retorno dos judeus do exílio à Terra de Israel, o que é interpretado por alguns como apoio bíblico ao Sionismo.
3. A importância de Jerusalém: Jerusalém é mencionada em numerosas passagens da Bíblia como um local sagrado e central para a fé judaica. No entanto, é importante observar que as interpretações dessas passagens bíblicas variam e os judeus não veem o Sionismo como uma obrigação religiosa. O Sionismo é um movimento político e nacionalista que tem objetivos políticos e territoriais, além de suas raízes religiosas. Portanto, a relação entre o Sionismo e as escrituras bíblicas é complexa e diversificada.
Embora o Sionismo tenha sido influenciado pela conexão religiosa com a Terra de Israel, é baseado em princípios políticos e nacionalistas, buscando a criação de um estado judeu soberano na região.
O caso Dreyfus
O estopim para esse nacionalismo, de buscar uma terra judaica, foi o caso Dreyfus. Ocorrido na última década do século XIX. O oficial do exército francês, de origem judaica, Alfred Dreyfus, foi acusado de espionagem, vender segredos militares a um adido alemão, no período da Guerra Franco-Prussiana. Ele foi condenado culpado, somente porque era judeu, não havia nenhum outro tipo de prova acusatória contra ele, mas somente o fato de ser judeu.
Ter um Estado Judaico, não é uma questão de filosofia política, mas de voltar a própria terra, que foi dada a Abraão por Deus. Em Gênesis 12:1-5 lemos: Ora, disse o SENHOR a Abrão: Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei; de ti farei uma grande nação, e te abençoarei, e te engrandecerei o nome. Sê tu uma bênção! E em Gênesis 13:15, Toda a terra que vês, Eu ta darei, a ti e à tua descendência, para sempre.
Visão política
O Sionismo não está associado à esquerda ou à direita no espectro político. É um movimento político e nacionalista que transcende essas categorias tradicionais. O Sionismo atraiu apoiadores de várias orientações políticas ao longo de sua história.
Dentro de Israel, há partidos políticos sionistas em todo o espectro político, desde partidos de esquerda até partidos de direita. Isso reflete a diversidade de opiniões políticas dentro do país em relação a questões como segurança, economia, relações internacionais e a questão palestina. Portanto, o Sionismo em si não é de esquerda ou direita, mas as abordagens específicas em relação à implementação das políticas sionistas podem variar de acordo com a orientação política de indivíduos e grupos.
O Sionismo foi fundado por Theodor Herzl em 1897 durante o Primeiro Congresso Sionista em Basileia, Suíça.
Theodor Herzl
Ele foi um jornalista e ativista político judeu-austríaco. Ele é considerado o fundador do moderno movimento Sionista. Herzl acreditava que a única solução para os problemas dos judeus na Europa, incluindo o antissemitismo, era a criação de um Estado judeu na Terra de Israel. Ele desempenhou um papel fundamental na promoção do Sionismo e na organização do Primeiro Congresso Sionista em 1897 em Basileia, Suíça, onde o movimento Sionista foi oficialmente fundado.
Antissemitismo x Sionismo
O Sionismo tem raízes tanto políticas quanto históricas, com conexões à fé judaica. Muitos sionistas consideram a criação do Estado de Israel em 1948 como a realização do objetivo do movimento.
O Sionismo não está diretamente relacionado ao antissemitismo, mas o surgimento do movimento foi influenciado pela perseguição e discriminação que os judeus enfrentaram na Europa, especialmente durante os pogroms e o Holocausto.
Alguns fatores que contribuíram para a criação do Sionismo incluem:
1. Antissemitismo: Os judeus enfrentavam discriminação, perseguição e violência em várias partes da Europa. Isso culminou em eventos como os pogroms na Rússia e a divulgação do notório caso Dreyfus na França, em que um oficial judeu foi falsamente acusado de traição.
2. Nacionalismo: O final do século XIX foi uma época de fervor nacionalista na Europa, com muitos grupos étnicos buscando sua autodeterminação e independência. Os sionistas judeus viram isso como uma oportunidade para buscar a autodeterminação para o povo judeu.
3. O papel de Theodor Herzl: Ele acreditava que a única solução para os problemas dos judeus na Europa era a criação de um Estado judeu.
4. Mudanças na região do Oriente Médio: Nessa época, o Império Otomano estava enfraquecendo, e a região da Palestina estava sob seu domínio. Isso levou a oportunidades para o estabelecimento de um estado judeu naquela área.
Recordando de forma resumida, que o nome Palestina, relacionado a Filisteus, um dos maiores inimigos dos judeus, foi estabelecido pelo imperador Romano Adriano, como uma forma de afrontar o povo judeu. Quando o império turco-otomano venceu os romanos, e assumiu a região, mantiveram o termo Palestina, mas não estava relacionado a filisteus, mas aos povos judeus e árabes que moravam ali.
Com a queda do império Otomano, os Britânicos passaram a administrar a região e mantiveram o nome Palestina, nunca relacionado a povo palestino, mas à região em si. Com o aumento dos conflitos entre judeus e árabes da região, viu-se a necessidade de criar um estado judaico e outro para os árabes que não queriam voltar para suas terras originais, mas se firmaram como palestinos.
Esses fatores contribuíram para o contexto que levou à criação do termo Sionismo e ao movimento político e nacionalista que buscava a criação de um estado judeu na Terra de Israel.
Vantagens e desvantagens do Sionismo
As vantagens do Sionismo incluem a autodeterminação do povo judeu, a preservação da identidade judaica e um refúgio seguro para os judeus. No entanto, as desvantagens incluem conflitos com a população árabe nativa e tensões geopolíticas na região. O conflito israelo-palestino é um exemplo de uma das principais controvérsias associadas ao Sionismo.
Os grupos terroristas Hamas, Hezbolah, Estado Islâmico etc., não querem o estado judaico, porque em seus Manifestos está a destruição de Israel. Enquanto a ONU, os partidos Comunistas, Socialistas, MST, Black Live Matter, Feministas, Pró Aborto, LGBTQ+ etc., com suas devidas exceções, continuarem flertando com grupos terroristas anti Bíblia, anti família judaico-cristã, esses conflitos continuarão a existir até a volta de Jesus, o Messias.
Conclamamos oração por Israel e pelos cidadãos Palestinos e árabes, que buscam a paz.
Fernando Moreira é pastor na Igreja Batista do Povo. Bacharel em Ciência da Computação e Teologia, com mestrado em Ciência da Computação e doutorado em Teologia. É membro da Academia de Letras, Artes e Cultura do Brasil, associado do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC). Executivo numa multinacional de tecnologia, mentor de carreiras executivas, membro de conselhos administrativos, palestrante, conferencista e autor de 8 livros.
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