A Sedução do Halloween: Quando o Macabro Encontra o Fascínio!

Neste artigo, exploraremos a sedução do Halloween, examinando como essa festa consegue dissimular o mal como se fosse bom.

Fonte: Guiame, Fernando MoreiraAtualizado: segunda-feira, 30 de outubro de 2023 às 18:13
(Foto: Unsplash/Eyestetix Studio)
(Foto: Unsplash/Eyestetix Studio)

O Halloween, celebrado na noite de 31 de outubro, é uma data que desperta uma mistura de sensações nas pessoas. Essa festividade tem raízes pagãs, incorpora elementos “sobrenaturais” de forma sedutora e encantadora.

O termo halloween, vem da expressão inglesa, “All Hallows Eve” ou “All Hallows”, que significa, “Véspera de todos os santos” ou “Todos os santos”, por ser a noite anterior ao dia de todos os santos. A tradição chegou nos EUA através de imigrantes irlandeses e escoceses e foi sincretizada com influências de imigrantes haitianos e africanos com crenças em vodu (santeria), tradições afro, feitiços, demônios, fogo e bruxaria.

Neste artigo, exploraremos a sedução do Halloween, examinando como essa festa consegue dissimular o mal como se fosse bom; minimizar os efeitos da bruxaria, possessão demoníaca, adoração aos mortos, necromancia, hematofagia, transvestindo-se de normalidade, mas ocultando a rebeldia contra Deus.

A Bíblia não menciona especificamente o termo Halloween, pois é um termo do século XIV em diante, mas revela os princípios de ocultismo por trás. Aspectos do Halloween contrários aos princípios Bíblicos:

- Bruxaria e Feitiçaria: A Bíblia proíbe a prática da bruxaria e da feitiçaria em passagens como Êxodo 22:18, Deuteronômio 18:10-12 e Levíticos 17:10-12. O Halloween faz apologia a elementos relacionados à bruxaria, espíritos demoníacos, encantamentos e à magia.

- Comunicação com os Mortos: A Bíblia desaprova a comunicação ou adoração aos mortos, como mencionado em Deuteronômio 18:11. O Halloween, com suas representações de cadáveres, fantasmas e espíritos, promove a simpatia para com essa temática e assimilação de tradições pagãs.

- Idolatria: A Bíblia condena a adoração de ídolos e deuses falsos (Êxodo 20:3-4; Levítico 19:4; Salmos 115:4-8). As representações de figuras sobrenaturais no Halloween se assemelham a enaltação de demônios e ídolos.

- Foco no Medo e no Macabro: O Halloween é conhecido por seu foco em temas assustadores, incluindo decorações relacionadas à morte e ao horror. A Bíblia ensina a fugir de toda aparência de mal (1 Tessalonicenses 5:22; Romanos 14:21; I Coríntios 8:7-13). Tudo que pode levar o outro ao pecado deve ser evitado.

- Um Passado Ocultista - O Halloween tem origem nos festivais pagãos, como o celta Samhain, que marcava o fim do verão. Veneravam os mortos, e nesse período do ano, iniciava-se o ano Celta, e na sua crença, o momento em que os mortos passeavam entre os vivos. Essa conexão com o mundo dos espíritos e a morte é uma parte fundamental da aura macabra do Halloween. Tal origem se repete na história de formas diferentes, como a adoração à deusa Astarote (Juízes 3:7, Juízes 6:28, Juízes 10:6).

- Fantasias e Máscaras: A Sedução do Anonimato: Uma das atrações mais evidentes do Halloween é a tradição de se vestir com fantasias e máscaras. Isso permite que as pessoas se transformem em qualquer coisa que desejem, muitas vezes assumindo identidades misteriosas ou assustadoras. Nesse contexto, a “brincadeira” do anonimato gera uma assimilação com o ocultismo e a Bíblia é clara ao ser contrária a isso.

- Decorações de Halloween: Uma Estética Macabra - A decoração desempenha um papel importante na criação do ambiente sedutor do Halloween. Abóboras iluminadas, teias de aranha falsas, esqueletos e morcegos pendurados são apenas alguns dos elementos que contribuem para a atmosfera macabra e sedutora. Esses adornos transformam casas e espaços públicos em cenários de conto de fadas sombrio, convidando as pessoas a explorarem o desconhecido.

As abóboras iluminadas, vem do Jack-o’-lanterns (“Zé das lanternas”), na Irlanda e na Escócia se utilizava de beterrabas ou nabos como lanternas no Halloween. Segundo a tradição folclórica irlandesa, Jack-o’-lanterns, vem do senhor Jack, que estava amaldiçoado a não ir nem para o céu e nem tampouco para o inferno, por isto foi forçado a andar pela terra eternamente, com um carvão do inferno para acender sua lanterna. Até se diz que deriva dos vigias noturnos que acendiam as laternas das ruas todas as noites, de qualquer forma, simbolizava um homem amaldiçoado e com itens do inferno para se consolar.

- Travessuras e Guloseimas: Uma Doçura Irresistível – Doces ou Travessuras iniciou-se na Irlanda e no Reino Unido, em que se ia de casa em casa praticando o “souling”, rezas ou feitiços para os mortos, em troca recebiam os “soul cakes”, bolos das almas, como se fosse o agradecimento dos mortos pelas rezas. Os adultos pediam bebidas e comidas em troca de danças e músicas celtas (com o foco nos deuses pagãos).

Para muitos, a tradição de pedir "doces ou travessuras" é uma das partes mais cativantes do Halloween. As crianças e até mesmo adultos vestidos com fantasias percorrem as vizinhanças em busca de guloseimas, criando um senso de comunidade e diversão. A guloseimas oferecidas durante o Halloween, muitas vezes em formatos criativos e temáticos, são irresistíveis e contribuem para o apelo sedutor da festa. Entretanto, numa “brincadeira” se normaliza o contato com os mortos, a “intimidação” ou até mesmo a vingança, torna-se aceitável revidar por não se aceitar o costume. Qualquer apologia ao contato com os mortos não é bíblica. Uma coisa é respeitar, recordar, mas não venerar.

- Histórias Assustadoras: O Poder da Narrativa - Contar histórias assustadoras é uma tradição profundamente enraizada no Halloween. A sensação de medo, seguida pela liberação de risos nervosos, é uma experiência emocionante. Essas histórias e lendas urbanas aumentam a sensação de suspense e mistério, alimentando o fascínio por tudo o que é sombrio e desconhecido.

- Atividades Questionáveis: Em alguns casos, o Halloween pode envolver comportamentos questionáveis, como vandalismo e travessuras maliciosas. Isso é contrário aos princípios de amor ao próximo e respeito ensinados na Bíblia. Além de eventos ocultistas e a normalização de encantamentos e sugestionamento de que todos são bruxos ou feiticeiros. Além da grande propaganda nos filmes, séries, desenhos, objetos etc., pró ocultismo, feitiçaria e demônios.

A decisão de comemorar ou não o Halloween é uma escolha pessoal, e as razões para não o celebrar podem variar de pessoa para pessoa. No final das contas, é importante ressaltar que o Halloween é incompatível com a Bíblia, com a fé Judaico-Cristã devido à sua apologia à morte, aos espíritos demoníacos, ocultismo e feitiçaria.

Fernando Moreira é bacharel em Ciência da Computação e Teologia, com mestrado em Ciência da Computação e doutorado em Teologia. É membro da Academia de Letras, Artes e Cultura do Brasil, associado do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), pastor na Igreja Batista do Povo, executivo numa multinacional de tecnologia, mentor de carreiras executivas, membro de conselhos administrativos, palestrante, conferencista e autor de 8 livros.

* O conteúdo do texto acima é de total responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal Guiame.

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